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Detecção de mudanças paleoambientais no litoral do Rio Grande do Norte (RN) durante o Holoceno médio e superiorBATISTA, Edson José Louzada 16 August 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-08-16 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Durante o Holoceno a dinâmica da vegetação nativa no litoral nordeste do estado do Rio Grande do Norte (RN) foi caracterizada por fases de estabelecimento, expansão e contração de manguezais. A dinâmica dessa vegetação está relacionada principalmente com a dinâmica sedimentar e com as variações no nível relativo do mar (NRM) registradas para esse período. Durante o último milênio processos inerentes
principalmente à dinâmica sedimentar dessa planície costeira controlou a dinâmica da vegetação ao longo de perfis estratigráficos formados por sequências de canais ativos, seguidos pelo seu respectivo abandono. Portanto, com base em análises granulométricas, estruturas sedimentares, dados polínicos, dados isotópicos (δ13C e δ15N), razão C/N e datação 14C da matéria orgânica sedimentar de dois testemunhos (NAT 6 e NAT 8) coletados em uma planície de maré, propõe-se um modelo para a
evolução paleoambiental desde o Holoceno médio ao superior (~7 mil anos AP ao moderno), descrito em quatro associações de fácies sedimentares: (A) estuário/canal ativo, representada por depósitos arenosos maciços (fácies Sm) e deposições de lama; (B) canal abandonado, representada pelas fácies de acamamento heterolítico wavy (fácies Hw), acamamento heterolítico lenticular (fácies Hl) e pequenos intervalos com areia maciça (fácies Sm); (C) canal ativo, correspondentes a depósitos arenosos maciços (fácies Sm); e (D) planície de maré vegetada (manguezais/campos herbáceos e palmeiras), representada pelos depósitos de argila com acamamento heterolítico lenticular (fácies Hl). Neste contexto, variações de curta escala de tempo (milênio/século) na relação entre manguezais e demais vegetações associadas nessa região não necessariamente estão ligadas às variações no NRM ou mesmo às mudanças
climáticas (processos alocíclicos), pois os processos inerentes à dinâmica sedimentar do ambiente deposicional (processos autocíclicos) devem ter controlado principalmente a assembleia polínica ao longo dos perfis estratigráficos estudados. / The vegetation dynamics during the Holocene on the coastal region of Rio Grande do Norte (RN) was characterized by mangrove establishment, expansion and contraction. The dynamics of this vegetation is mainly related to the sedimentary dynamics and to the relative sea level change (RSL) recorded for this period. During the last millennium, sedimentary process controlled the vegetation dynamics along stratigraphic profiles formed by sequences of active tidal channels, followed by abandonment. Therefore,
based on grain size, sedimentary structures, pollen data, isotopic data (δ13C and δ15N), C/N ratio and 14C dating of the sedimentary organic matter of two cores (NAT 6 and NAT 8) sampled in the tidal plain, shows a paleoenvironmental model since mid- to late-Holocene (~7 k yr BP to modern), described by four facies associations: (A) estuary/channel, represented by massive sandy deposits (facies Sm) and mud
deposition; (B) abandoned channel, represented by the wavy heterolithic bedding (facies Hw), lenticular heterolytic bedding (facies H1) and small intervals with massive sand (facies Sm); (C) active channel, corresponding to massive sandy deposits (facies Sm); and (D) low marsh (mangroves/herbaceous plain and palms), represented by clay deposits with lenticular heterolithic bedding (facies Hl). In this context, short-time (millennium/century) changes between mangroves and other associated vegetation in this region are not necessarily related to RSL or to the climatic changes (allocyclic process), but to the sedimentary dynamics (autocyclic process) must have controlled mainly the pollen assembly along the stratigraphic profiles studied.
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