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Argumentação e filosofia do pluralismo : aproximações a partir d'A Nova RetóricaLima, Lucas Dorado de January 2017 (has links)
Orientadora: Profª Drª Patrícia Del Nero Velasco / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do ABC, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, 2017. / Busca-se, na presente dissertação, elucidar a natureza da argumentação a partir da concepção sistematizada por Perelman e Olbrechts-Tyteca no Tratado da argumentação: a nova retórica (2005), bem como estabelecer uma relação entre o exercício argumentativo e a concepção de uma filosofia do pluralismo. Para tanto, o texto é dividido em três momentos. O primeiro consiste em uma discussão acerca da natureza da argumentação na Grécia antiga a partir dos conceitos de retórica e dialética formulados por Platão e Aristóteles e a partir também da prática argumentativa exercida pelos sofistas ¿ que serviram de substrato para a proposta cunhada pelo autor belga e sua colaboradora. Em um segundo momento, procura-se especificar a natureza da argumentação no âmbito d¿A Nova Retórica como retomada dos conceitos gregos de retórica e dialética, destacando a racionalidade que essa representa (e que se contrapõe à racionalidade comum à modernidade, a qual se configura pertinente no âmbito das ciências naturais e formais, mas se desvanece da relação com o outro). No terceiro e último capítulo, empreende-se o esforço de relacionar a referida concepção de argumentação dialético-retórica com a concepção de filosofia do pluralismo, composta das noções de escuta, tolerância, não-violência e alteridade, pressupostas e reiteradas pela prática argumentativa proposta por Perelman e Olbrechts-Tyteca. / This dissertation aims to explore the nature of the argumentation from the conception systematized by Perelman and Olbrechts-Tyteca in the Treaty of Argument: a new rhetoric (2005), as well as to establish a relation between the argumentative exercise and the conception of a philosophy of pluralism. To do so, the text is divided into three moments. The first consists of a discussion about the nature of argumentation in ancient Greece, from the concepts of rhetoric and dialectics formulated by Plato and Aristotle, and of the argumentative practice exercised by the sophists - which served as a substrate for a proposal coined by the Belgian author and his collaborator. Secondly, it seeks to specify the nature of the argumentation in the New Rhetoric as a resumption of the Greek concepts of rhetoric and dialectic, highlighting a rationality that is represented (one that is a counterproposal to the common rationality of modernity ¿ that works with the natural and formal sciences, but doesn¿t consider otherness. The third and last chapter relates the conception of argumentation with the conception of Philosophy of Pluralism composed of the notions of listening, tolerance, non-violence and otherness presupposed and reiterated by the argumentative practice proposed by Perelman and Olbrechts-Tyteca.
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