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Prevalência e características das experiências espirituais no final da vida por meio de relatos de profissionais de saúde que atuam com pacientes fora de possibilidade curativaSantos, Cláudia Soares dos 27 July 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-07-27 / INTRODUÇÃO: Experiências espirituais no final da vida (ELEs) e fenômenos à
beira do leito são comumente relatados de forma anedótica. Porém, ainda
existem poucos estudos que tenham avaliado sistematicamente essas
experiências.
OBJETIVOS: Objetiva-se descrever e comparar as características e a
prevalência das ELEs de acordo com relatos de profissionais de saúde em
diferentes instituições (Unidade de cuidados paliativos, Instituições de Longa
Permanência e Hospital oncológico) e avaliar a influência das crenças
religiosas nesses relatos.
MÉTODOS: Estudo multicêntrico, conduzido em Instituições de Longa
Permanência (ILPI) em Juiz de Fora e no Hospital de Câncer de Barretos
(Unidade oncológica-ONC e Cuidados Paliativos-PC), no Brasil. Foram
avaliados dados sócio-demográficos, relatos de ELEs (pelo questionário de
Fenwick), religiosidade (DUREL), espiritualidade (SRSS) e saúde mental
(DASS 21). A análise foi feita através de ANOVA e qui-quadrado.
RESULTADOS: 133 profissionais (46 ONC; 36 PC e 51 ILPI‟s) foram
entrevistados, sendo que 70% tiveram relatos de ELEs nos últimos 5 anos. As
principais ELEs relatadas foram “visões de parentes falecidos buscando o
falecido” (n=82, 88,2%), “desejo súbito de reconciliamento” (n=79, 84,9%) e
“parentes falecidos próximos ao leito proporcionando conforto” (n=75, 80,6%).
A maioria dos profissionais (70-80%) acreditava que tais experiências tinham
um cunho espiritual e não ocorriam por condições biológicas. Na comparação
entre os grupos, PC tiveram mais relatos que os demais grupos e relataram
maior abertura frente ao tema e maior interesse em um treinamento. As
crenças individuais não interferiram de forma importante na percepção das
ELEs.
CONCLUSÃO: O estudo mostrou uma grande prevalência de ELEs relatadas
por profissionais de saúde, associadas a opinião de que essas experiências
seriam espirituais. Apesar de comum em todas as instituições, profissionais
que atuam com cuidados paliativos referiram mais ELEs, maior abertura em
sua instituição e maior desejo de treinamento. As crenças religiosas e
espirituais tiveram pouca influência nos relatos de ELEs pelos profissionais,
mostrando que não esse não foi um aspecto determinante para sua percepção. / INTRODUCTION: Spiritual end-of-life experiences (ELEs) and deathbed
phenomena are often reported in an anecdotal fashion. Few studies however,
have systematically assessed these experiences.
OBJECTIVES: The objective of this study was to compare the characteristics
and prevalence of ELEs as reported by health professionals at different
institutions (palliative care, nursing homes and oncology hospital) and to assess
the influence of religious beliefs on these reports.
METHODS: A multi-center study was conducted at Nursing Homes (NH) in Juiz
de Fora and at the Hospital de Câncer de Barretos (Oncology-ONC and
Palliative Care-PC Unit) in Brazil. Sociodemographic data, ELE reports
(Fenwick´s questionnaire), religiosity (DUREL), spirituality (SRSS) and mental
health (DASS 21) were assessed. The analysis was performed using the
ANOVA and Chi-square tests.
RESULTS: A total of 133 health professionals (46 ONC, 36 PC and 51 NH)
were interviewed, 70% of whom had ELEs reported to them in the past 5 years.
The main ELEs reported were “visions of dead relatives collecting the dying
person“ (n=82, 88.2%), “a desire to mend family rifts” (n=79, 84.9%) and “dead
relatives near the bed who provide emotional comfort” (n=75, 80.6%). The
majority of the health professionals (70-80%) believed these experiences had
spiritual significance and were not due to biological conditions. Comparison
among the groups revealed that the PC had more reports than the other groups
and also greater openness on the issue and more interest in training. Individual
religious beliefs had no relevant influence on the perception of ELEs.
CONCLUSION: The study revealed a high prevalence of ELEs reported by
health professionals, who believed these experiences were spiritual. Although
prevalent in all of the institutions, greater ELEs, openness at their institution and
desire for training were reported by palliative care professionals. Religious and
spiritual beliefs had little influence on ELEs reported by the health professionals,
indicating this was not a factor determining the perception of ELEs.
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