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Espaço de educação e identidades: festa do colono de Maracajá (SC), 1989-2015Souza, Odécia Almeida de January 2016 (has links)
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Educação. / Este estudo problematiza a Festa do Colono realizada no município de Maracajá (SC) como um espaço de educação não formal. Para tanto, foi necessário revisitar a história da constituição da Festa a partir da história do município e dos interesses da Igreja Católica, bem como problematizar os conceitos de identidade, cultura, patrimônio imaterial e festa. O objetivo geral do trabalho é compreender o espaço “festa” como local de trocas culturais, visando à educação das novas gerações. O trabalho é resultado de uma pesquisa situada nas ciências sociais e humanas, e vinculada à história da educação, sendo utilizadas como vertentes teóricas a história, a história cultural e a história do tempo presente. A constituição do corpus da pesquisa se deu com aportes de depoimentos orais obtidos por meio de entrevista semidirigida e com pesquisa documental. A delimitação temporal compreende o ano de 1989, quando a Festa foi criada oficialmente, transcorrendo até o ano de 2015, quando ocorreu sua 25ª edição. Teoricamente, este estudo foi embasado pelos pressupostos de Certeau (1994; 1995; 2007), Brandão (1985; 1986; 1989; 2000; 2007; 2008), Canclini (1983a; 1983b; 2006), Chartier (1984; 1990; 1995), Flores (1997a; 1997b), Seyferth (1984; 1997; 2011), Gohn (2006; 2013; 2014), Streck (2006; 2010; 2013) e Hall (2006), entre outros autores que corroboraram para o entendimento de categorias como cultura e cultura popular, festa, identidade, educação não formal e educação popular. As análises realizadas conforme o corpus e o referencial teórico mostram que a Festa do Colono se constitui como um espaço polissêmico, atravessado por contradições identitárias, culturais e econômicas que extrapolam os limites dos dias festivos. Por outro lado, atividades como desfile de carros alegóricos, Semana da Juventude, Encontro de Agricultores, Olimpíadas Rurais e apresentações culturais trazem em sua organização conteúdos educativos, na perspectiva da educação não formal e em certos momentos da educação popular. No entanto, essas atividades foram problematizadas já que, em algumas situações, reproduzem visões de mundo voltadas à massificação cultural e à reprodução de discursos que não referenciam as identidades culturais locais.
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