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Avaliação da toxicidade oral de microesferas de PLGA contendo ácido úsnico de Cladonia substellata (AHTI) sobre a prole de ratas wistar durante a organogêneseMARINHO, Ketsia Sabrina do Nascimento 26 February 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-02-26 / CAPES / O ácido úsnico, composto resultante do metabolismo secundário liquênico apresenta relevantes atividades biológicas e diversos casos de hepatotoxicidade já relatados. O desenvolvimento de alternativas inovadoras, a exemplo da encapsulação do ácido úsnico em microesferas, permite aumentar a eficiência terapêutica e diminuir os seus efeitos tóxicos. Ensaios pré-clínicos sobre o ciclo reprodutivo são necessários para a incorporação de novas moléculas na indústria farmacêutica, determinando as condições de uso seguro para a saúde. Em vista disto, este trabalho objetivou a investigação do potencial teratogênico do ácido úsnico encapsulado em microesferas de copolímero de ácido láctico e glicólico, como uma maneira de minimizar os seus efeitos tóxicos no organismo em desenvolvimento. As microesferas contendo ácido úsnico foram preparadas utilizando a técnica de emulsão múltipla (A/O/A), seguida de evaporação do solvente, e caracterizadas através da eficiência de encapsulação. No estudo experimental de toxicidade foram utilizadas 12 ratas Wistar, que foram submetidas ao estudo do ciclo estral no intuito de se determinar o período fértil, e em seguida, pareadas com machos (2:1). Após a confirmação da gestação, as fêmeas foram distribuídas aleatoriamente em grupos, controle (n=6) e tratado (n=6). As fêmeas do grupo controle receberam 1,0 mL de solução fisiológica; e as do grupo tratado receberam doses orais de 25 mg/kg/dia de ácido úsnico encapsulado em microesferas (MS-AU) durante o período da organogênese, pela via oral de administração (gavagem). Ao 20° dia de gestação as fêmeas foram sacrificadas e seus fetos retirados, analisados e pesados juntamente com sua respectiva placenta. O efeito causado pelo tratamento com as MS-AU foi avaliado através da variação de peso corpóreo, peso do fígado, análises bioquímicas e análises histomorfométricas do fígado. As microesferas contendo ácido úsnico apresentaram-se com uma eficiência de encapsulação de 99,0 ± 0,82 %. Foi observada uma redução (86,12 ± 20,69) de cerca de 22% no ganho de peso durante a gestação quando comparado às ratas prenhes não tratadas (110,85 ± 10,03). Não houve diferença no peso dos fígados em todos os grupos de animais. Não houve alterações significativas nas enzimas aspartato aminotransferase e alanina aminotransferase após o tratamento dos animais com o MS-UA. Os fetos provenientes dos animas tratados com MS-AU durante a prenhez, apresentou uma diminuição significativa no peso médio (4,65 ± 0,41) em relação aos não tratados (4,85 ± 0,35), no entanto, não foi observado nenhum tipo de malformação externa. A análise microanatomia do fígado das ratas prenhes do grupo controle e grupo experimental estavam dentro dos padrões de normalidade. Apesar disso, as análises histomorfométricas revelaram um aumento no número total de hepatócitos, com médias celulares entre o grupo experimental e o controle (37,56 ± 7,94; 35,48 ± 6,00, respectivamente). Como também uma diminuição significativa no tamanho médio do núcleo destes hepatócitos (55,89 ± 13,00 μm2), quanto aos demais animais do grupo controle (58,25 ± 13,00 μm2). Porém, nenhuma alteração foi observada para as células de kupffer e área celular dos hepatócitos. Na análise histomorfométrica do fígado dos fetos obtidos das ratas prenhes expostas as MS-AU foi observado um aumento significativo (43,31 ± 7,17) de aproximadamente 13% na quantidade de hepatócitos em relação aos animais não tratados; e uma diminuição (0,04 ± 0,26) de cerca de 56% no número de megacariócitos, comparado ao grupo controle (0,09 ± 0,37). Os dados aqui apresentados demonstram que a administração de MS-AU na dose de 25 mg/kg é capaz de induzir fetotoxicidade no período da organogênese. Porém, não sendo suficiente ao ponto de causar efeitos teratogênicos como foi evidenciado para o composto na sua forma livre em estudos anteriores. Estes resultados sugerem que a encapsulação do ácido úsnico ajuda a diminuir os efeitos tóxicos causados pela sua exposição em um período tão suscetível ao aparecimento de efeitos teratogênicos. / The usnic acid it is a compound resulting from lichen secondary metabolism presents relevant biological activity and several cases of hepatotoxicity have been reported. The development of innovative alternatives, such as the encapsulation of usnic acid microspheres can increase the therapeutic efficiency and decrease its toxic effects. Pre-clinical trials of the reproductive cycle are required for the incorporation of new molecules in the pharmaceutical industry, determining the safe use of health conditions. In view of this, this study aimed to investigate the teratogenic potential of usnic acid encapsulated into poly(lactide-co-glicolide) microspheres as a way to minimize its toxic effects in the developing organism. Microspheres containing usnic acid was prepared using the technique of multiple emulsion (w/o/w), followed by evaporation of the solvent, and characterized by encapsulation efficiency. In experimental toxicity study we used 12 Wistar rats, which were subjected to the study of the estrous cycle in order to determine the fertile period, and then paired with males (2: 1). Upon confirmation of pregnancy, females were randomly assigned to groups: control (n = 6) and treated (n = 6). The control group of females received 1.0 mL of saline solution; and the treated group received oral doses of 25 mg/kg/day of usnic acid encapsulated in microspheres (MS-AU) during the period of organogenesis, by oral administration (gavage). The 20th day of gestation the females were sacrificed and their fetuses removed, analyzed and weighed along with their respective placenta. The effect caused by the treatment with MS-AU was evaluated by body weight variation, liver weight, biochemical analysis and histomorphometric liver analysis. Microspheres containing usnic acid presented with an encapsulation efficiency of 99.0 ± 0.82%. Was observed a reduction (86.12 ± 20.69) of about 22% weight gain during pregnancy when compared to untreated pregnant rats (110.85 ± 10.03). There was no difference in liver weights in all groups of animals. There were no significant changes in enzymes aspartate aminotransferase and alanine aminotransferase after treatment of the animals with MS-AU. Fetuses from animals treated with MS-AU during pregnancy showed a significant decrease in weight average (4.65 ± 0.41) compared to untreated (4.85 ± 0.35), however, it was not observed any external malformations. The microanatomy of the liver of pregnant rats in the control group and experimental group were within normal limits. Despite this, histomorphometric analyzes revealed an increase in the total number of hepatocytes, with cells average between the experimental group and the control group (37.56 ± 7.94 μm2; 35.48 ± 6.00 μm2, respectively). As well as a significant decrease in the average size of the nucleus of these hepatocytes (55.89 ± 13.00) how much the other control group (58,25 ± 13,00). However, no change was observed for cells and Kupffer cell area of hepatocytes. The histomorphometric analysis of the liver of fetuses obtained from pregnant rats exposed the MS-AU was observed a significant increase (43.31 ± 7.17) of approximately 13% in the amount of hepatocytes compared to untreated animals; and a decrease (0.04 ± 0.26) of about 56% in the number of megakaryocytes, compared to the control group (0.09 ± 0.37). The data presented herein demonstrate that administration of MS-AU at the dose of 25 mg/kg is capable of inducing Fetotoxicity the period of organogenesis. However, it is not enough as to cause teratogenic effects as was evidenced for the compound in its free form in previous studies. These results suggest that the encapsulation of usnic acid helps to reduce the toxic effects caused by their exposure in a period as susceptible to the onset of teratogenic effects.
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