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Avaliação do volume pulmonar pela ultra-sonografia em três dimensões em fetos com hérnia diafragmática congênita isolada / Assessment of lung volume by three-dimensional ultrasonography in fetuses with isolated congenital diaphragmatic hérnia

Ruano, Rodrigo 04 May 2005 (has links)
Introdução: A predição do prognóstico neonatal de fetos com hérnia diafragmática congênita (HDC) é um dos principais desafios na Medicina Fetal. A estimativa do volume pulmonar fetal pela ressonância nuclear magnética (RNM) correlaciona-se significativamente com o prognóstico neonatal. Recentemente, foi introduzida a técnica de rotação da imagem multiplanar (VOCALTM) de ultra-sonografia em três dimensões (US-3D), a qual tornou possível estimar o volume pulmonar fetal em casos com HDC. Objetivos: Estimar o volume pulmonar, pela US-3D através da técnica rotacional, em fetos com HDC isolada e comparar com a curva previamente descrita pelo mesmo autor; correlacionar o volume pulmonar fetal total com o prognóstico neonatal; avaliar a acurácia da técnica de rotação em medir o volume pulmonar fetal; e, avaliar outros marcadores ultra-sonográficos clássicos de prognóstico neonatal. Métodos: Este estudo prospectivo foi realizado no período de fevereiro de 2002 a Outubro de 2003 na Maternidade Necker-Enfants Malades, Université de Paris V-Paris, França, em 30 fetos com HDC entre 23 e 36 semanas de gestação. Cada gestante era submetida a um único exame de US-3D, sendo utilizada a técnica de rotação da imagem multiplanar (VOCALTM) para estimar o volume pulmonar fetal. Oito fetos nasceram pós interrupção terapêutica da gestação de acordo com as leis francesas. O volume pulmonar de cada feto (volume observado) foi comparado com a curva padão de nromalidade descrita previamente, sendo calculada a relação entre volumes observado/esperado, a qual foi comparada com a evolução neonatal. Além disso, foram avaliados outros fatores prognósticos clássicos, como: presença de fígado herniado, gravidade do desvio do mediastino, presença de polihidrâmnio, lado da lesão, relação ventrículo esquerdo/ventrículo direito e a relação área do pulmão contralateral/circunferência cefálica (SPC/CC). Foram comparadas também as variações intra- e inter-operador, e a acurácia da ultra-sonografia em estimar o volume pulmonar fetal após a autópsia dos 8 casos em que a gestação foi interrompida. Resultados: Redução importante do volume pulmonar foi observada em fetos com HDC quando esses valores foram distribuídos na curva padrão de normalidade previamente descrita. A relação entre volumes observado/esperado foi significativamente menor nos 12 casos que evoluíram a óbito (mediana= 0,30; variação= 0,12-0,66) em comparação com os 10 sobreviventes (mediana= 0,40; variação= 0,33-0,66; p= 0,017). Dentre outros fatores prognósticos, apenas a relação SPC/CC associou-se significativamente com os resultados neonatais. A predição de óbito neonatal e de sobrevida foi de 90% (9/10) e 75% (9/12) pelo volume pulmonar estimado pela US-3D e de 80% (8/10) e 66,7% (4/8) pela relação SPC/CC estimada pela US-2D, respectivamente. As variações intra- e inter-operadoras foram respectivamente de 0,78cm³ e 0,41cm³. Boa acurácia do método foi observada no presente estudo (84,86%). Conclusões: Em casos com HDC isolada, a estimativa do volume pulmonar fetal pela US-3D, utilizando a técnica rotacional, correlacionou-se significativamente com a evolução neonatal. A relação SPC/CC também se associou significativamente com os resultados neonatais / Introduction: Predicting neonatal outcome in fetuses with congenital diaphragmatic hernia (CDH) is one of the main challenges in Fetal Medicine. Fetal lung volume estimated by magnetic resonance imaging (MRI) associated significantely with neonatal outcome. Recently, the rotationa technique (VOCALTM) on threedimensional ultrasonography (3DUS) was introduced, which allows estimating fetal lung in fetuses with CDH. Objectives: To assess fetal lung volumes by 3DUS using the rotational technique (VOCALTM) in fetuses with isolated CDH, and to plot these values in the nomogram previously described by the same author; to correlate fetal lung volumes with neonatal outcome in cases with CDH; to evaluate the accuracy of 3DUS in estimating fetal lung volumes; and, to evaluate the classical prognostic factors in cases with CDH. Patients and Methods: From Febuary 2002 to October 2003, a prospective study was conducted in Maternité-Hôpital Necker Enfants Malades - Université de Paris V - France, in which 3D- ultrasonographic lung volumes were estiamted in 30 fetuses with isolated CDH 23 and 36 weeks of gestation. Each case was submitted to 3D-ultrasound examination once and 3Dvolumetric measurements were obstained by the technique of rotation of the multiplanar imaging (VOCALTM). Termination of pregnancy was perfromed in 8 cases according to the French law. Observed lung volume in each fetus with isolated CDH was compared to the expected fetal lung for specific gestational age determinated by the nomogram previously described. The observed/expected fetal lung volume was then calculated for each case and correlated with neonatal outcome. Besides,other classical sonographic prognostic were evaluated such as: hydramnios, herniated liver, herniated stomach, lung-over- head ratio, severe mediastinal shift and decreased left/right ventricles ratio. Intra- and inter-operator variabilities were also evaluated, as well as the accuracy of 3D- ultrasound in estimating fetal lung volumes. Results: Observed fetal lung volumes were extremely lower in fetuses with CDH when these values were ptotted in the nomogram of fetal lung volume against gestational age. The observed / expected fetal lung volume ratio was significantly downshifted in 12 cases with CDH who died (median: 0.30, range: 0.12-0.66) compared with 10 suvivors (median: 0.40, range: 0.33-0.66, p= 0,017). Among the other prognostic factors, only the LOHR associated significantly with neonatal outcome. Predicting neonatal deaths and neonatal survivals was 90% (9/10) and 75% (9/12) by fetal lung volume on 3DUS whilst it was 80% (8/10) and 66.7% (4/8) on 2DUS, respectivelly. Intra- and inter-variabilities were 0.78cm³ and 0.41cm³ in cases with CDH, respectively. Good accuracy of this method in estimating fetal lung volume was observed (84.86%). Conclusions: In cases with isolated CDH, fetal lung volume estimated by 3D-ultrasonography using the rotational technique corretated significantly with neonatal outcome. LOHR also associated significantly with neonatal outcome
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Avaliação do volume pulmonar pela ultra-sonografia em três dimensões em fetos com hérnia diafragmática congênita isolada / Assessment of lung volume by three-dimensional ultrasonography in fetuses with isolated congenital diaphragmatic hérnia

Rodrigo Ruano 04 May 2005 (has links)
Introdução: A predição do prognóstico neonatal de fetos com hérnia diafragmática congênita (HDC) é um dos principais desafios na Medicina Fetal. A estimativa do volume pulmonar fetal pela ressonância nuclear magnética (RNM) correlaciona-se significativamente com o prognóstico neonatal. Recentemente, foi introduzida a técnica de rotação da imagem multiplanar (VOCALTM) de ultra-sonografia em três dimensões (US-3D), a qual tornou possível estimar o volume pulmonar fetal em casos com HDC. Objetivos: Estimar o volume pulmonar, pela US-3D através da técnica rotacional, em fetos com HDC isolada e comparar com a curva previamente descrita pelo mesmo autor; correlacionar o volume pulmonar fetal total com o prognóstico neonatal; avaliar a acurácia da técnica de rotação em medir o volume pulmonar fetal; e, avaliar outros marcadores ultra-sonográficos clássicos de prognóstico neonatal. Métodos: Este estudo prospectivo foi realizado no período de fevereiro de 2002 a Outubro de 2003 na Maternidade Necker-Enfants Malades, Université de Paris V-Paris, França, em 30 fetos com HDC entre 23 e 36 semanas de gestação. Cada gestante era submetida a um único exame de US-3D, sendo utilizada a técnica de rotação da imagem multiplanar (VOCALTM) para estimar o volume pulmonar fetal. Oito fetos nasceram pós interrupção terapêutica da gestação de acordo com as leis francesas. O volume pulmonar de cada feto (volume observado) foi comparado com a curva padão de nromalidade descrita previamente, sendo calculada a relação entre volumes observado/esperado, a qual foi comparada com a evolução neonatal. Além disso, foram avaliados outros fatores prognósticos clássicos, como: presença de fígado herniado, gravidade do desvio do mediastino, presença de polihidrâmnio, lado da lesão, relação ventrículo esquerdo/ventrículo direito e a relação área do pulmão contralateral/circunferência cefálica (SPC/CC). Foram comparadas também as variações intra- e inter-operador, e a acurácia da ultra-sonografia em estimar o volume pulmonar fetal após a autópsia dos 8 casos em que a gestação foi interrompida. Resultados: Redução importante do volume pulmonar foi observada em fetos com HDC quando esses valores foram distribuídos na curva padrão de normalidade previamente descrita. A relação entre volumes observado/esperado foi significativamente menor nos 12 casos que evoluíram a óbito (mediana= 0,30; variação= 0,12-0,66) em comparação com os 10 sobreviventes (mediana= 0,40; variação= 0,33-0,66; p= 0,017). Dentre outros fatores prognósticos, apenas a relação SPC/CC associou-se significativamente com os resultados neonatais. A predição de óbito neonatal e de sobrevida foi de 90% (9/10) e 75% (9/12) pelo volume pulmonar estimado pela US-3D e de 80% (8/10) e 66,7% (4/8) pela relação SPC/CC estimada pela US-2D, respectivamente. As variações intra- e inter-operadoras foram respectivamente de 0,78cm³ e 0,41cm³. Boa acurácia do método foi observada no presente estudo (84,86%). Conclusões: Em casos com HDC isolada, a estimativa do volume pulmonar fetal pela US-3D, utilizando a técnica rotacional, correlacionou-se significativamente com a evolução neonatal. A relação SPC/CC também se associou significativamente com os resultados neonatais / Introduction: Predicting neonatal outcome in fetuses with congenital diaphragmatic hernia (CDH) is one of the main challenges in Fetal Medicine. Fetal lung volume estimated by magnetic resonance imaging (MRI) associated significantely with neonatal outcome. Recently, the rotationa technique (VOCALTM) on threedimensional ultrasonography (3DUS) was introduced, which allows estimating fetal lung in fetuses with CDH. Objectives: To assess fetal lung volumes by 3DUS using the rotational technique (VOCALTM) in fetuses with isolated CDH, and to plot these values in the nomogram previously described by the same author; to correlate fetal lung volumes with neonatal outcome in cases with CDH; to evaluate the accuracy of 3DUS in estimating fetal lung volumes; and, to evaluate the classical prognostic factors in cases with CDH. Patients and Methods: From Febuary 2002 to October 2003, a prospective study was conducted in Maternité-Hôpital Necker Enfants Malades - Université de Paris V - France, in which 3D- ultrasonographic lung volumes were estiamted in 30 fetuses with isolated CDH 23 and 36 weeks of gestation. Each case was submitted to 3D-ultrasound examination once and 3Dvolumetric measurements were obstained by the technique of rotation of the multiplanar imaging (VOCALTM). Termination of pregnancy was perfromed in 8 cases according to the French law. Observed lung volume in each fetus with isolated CDH was compared to the expected fetal lung for specific gestational age determinated by the nomogram previously described. The observed/expected fetal lung volume was then calculated for each case and correlated with neonatal outcome. Besides,other classical sonographic prognostic were evaluated such as: hydramnios, herniated liver, herniated stomach, lung-over- head ratio, severe mediastinal shift and decreased left/right ventricles ratio. Intra- and inter-operator variabilities were also evaluated, as well as the accuracy of 3D- ultrasound in estimating fetal lung volumes. Results: Observed fetal lung volumes were extremely lower in fetuses with CDH when these values were ptotted in the nomogram of fetal lung volume against gestational age. The observed / expected fetal lung volume ratio was significantly downshifted in 12 cases with CDH who died (median: 0.30, range: 0.12-0.66) compared with 10 suvivors (median: 0.40, range: 0.33-0.66, p= 0,017). Among the other prognostic factors, only the LOHR associated significantly with neonatal outcome. Predicting neonatal deaths and neonatal survivals was 90% (9/10) and 75% (9/12) by fetal lung volume on 3DUS whilst it was 80% (8/10) and 66.7% (4/8) on 2DUS, respectivelly. Intra- and inter-variabilities were 0.78cm³ and 0.41cm³ in cases with CDH, respectively. Good accuracy of this method in estimating fetal lung volume was observed (84.86%). Conclusions: In cases with isolated CDH, fetal lung volume estimated by 3D-ultrasonography using the rotational technique corretated significantly with neonatal outcome. LOHR also associated significantly with neonatal outcome

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