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A teoria literária de Jean-Paul Sartre em sua produção romanesca /Abrahão, Thiago Henrique de Camargo. January 2015 (has links)
Orientador: Arnaldo Franco Junior / Banca: Márcio Scheel / Banca: Márcio Roberto do Prado / Resumo: Jean-Paul Sartre, filósofo e escritor francês do século XX, embasou seus romances nos ditames de seu pensamento existencialista e em suas ideias a respeito da literatura, considerando a escrita romanesca, cuja tarefa seria a de apresentar-se como meio para possíveis soluções simbólicas dos conflitos existenciais do homem de seu tempo, uma possível via de desvelamento do mundo e de afirmação da liberdade humana. A partir de uma relação dialética entre autor e leitor, Sartre aponta que essas duas partes incitam-se reciprocamente, levando ao fato de a liberdade de uma, quando manifesta, desvendar a liberdade da outra. O escritor francês defendeu uma teoria do romance existencial a partir da qual será abandonada a posição do narrador onisciente e empregada uma técnica de composição romanesca fundada em uma metafísica da liberdade a recusar todo traço de determinismo no decorrer da narrativa. Trata-se, segundo Sartre, de romances voltados para as inquietações humanas, situados em uma época de grandes conturbações políticas, sociais e culturais, na qual, por meio de uma arte engajada, o autor fomentaria, de acordo com um pacto de generosidade entre ele e o leitor, a reflexão crítica e a responsabilidade do homem. Diante disso, nosso propósito foi o de estudar duas obras do universo romanesco do autor - quais sejam, Os dados estão lançados e Com a morte na alma - à luz dos fundamentos elencados em seus trabalhos críticos e teóricos, nos quais Sartre defende os aspectos formais de uma técnica de composição narrativa capaz de conceber textos em conformidade com sua concepção de literatura. Por esse viés, cruzaremos dados teóricos e produção romanesca do autor a fim de identificar as convergências e divergências, os alcances e as limitações entre o que o autor teoriza e o que, de fato, cumpre como romancista, indo ao encontro de nossos objetivos principais... / Résumé: Jean-Paul Sartre, philosophe et écrivain français du XXe siècle, a conçu ses romans selon sa pensée existentialiste et ses idées sur la littérature, lorsque l'on considère l'écriture romanesque, dont la tâche serait de se présenter comme un moyen de solutions symboliques des conflits existentiels d'homme de son temps, comme une manière possible de dévoiler le monde et d'affirmer la liberté humaine. À partir d'une relation dialectique entre l'auteur et le lecteur, Sartre souligne que ces deux parties ont besoin les uns des autres, ce qui conduit au fait que la liberté d'une, quand s'est manifeste, dévoile la liberté de l'autre. L'écrivain français a plaidé pour une théorie du roman existentiel à partir de laquelle sera abandonné la position du narrateur omniscient et sera employé une technique de composition romanesque fondée sur une métaphysique de la liberté, en refusant toute trace de déterminisme dans le cours du récit. Il s'agit, selon Sartre, des romans centrés sur les préoccupations humaines, situés dans une époque de grands bouleversements politiques, sociaux et culturels, dans lequelle, à travers un art engagé, l'auteur encourageait, conformément à un pacte de générosité entre lui et le lecteur, la pensée critique et la responsabilité de l'homme. Par conséquent, notre objectif était d'étudier deux oeuvres de l'univers romanesque de l'auteur - à savoir, Les jeux sont faits et La mort dans l'âme - à la lumière des motifs énumérés dans ses travails critiques et théoriques, dans lesquels Sartre soutient les aspects formels d'une technique de la composition narrative capable de concevoir des textes conformément à sa conception de la littérature. De ce point de vue, nous étudions la production romanesque et les données théoriques de l'auteur afin de idéntifier les convergences et les divergences... / Mestre
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A teoria literária de Jean-Paul Sartre em sua produção romanescaAbrahão, Thiago Henrique de Camargo [UNESP] 27 February 2015 (has links) (PDF)
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000845937.pdf: 837766 bytes, checksum: 4e367e72d3838dbd599dcf5e071065a7 (MD5) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Résumé: Jean-Paul Sartre, philosophe et écrivain français du XXe siècle, a conçu ses romans selon sa pensée existentialiste et ses idées sur la littérature, lorsque l'on considère l'écriture romanesque, dont la tâche serait de se présenter comme un moyen de solutions symboliques des conflits existentiels d'homme de son temps, comme une manière possible de dévoiler le monde et d'affirmer la liberté humaine. À partir d'une relation dialectique entre l'auteur et le lecteur, Sartre souligne que ces deux parties ont besoin les uns des autres, ce qui conduit au fait que la liberté d'une, quand s'est manifeste, dévoile la liberté de l'autre. L'écrivain français a plaidé pour une théorie du roman existentiel à partir de laquelle sera abandonné la position du narrateur omniscient et sera employé une technique de composition romanesque fondée sur une métaphysique de la liberté, en refusant toute trace de déterminisme dans le cours du récit. Il s'agit, selon Sartre, des romans centrés sur les préoccupations humaines, situés dans une époque de grands bouleversements politiques, sociaux et culturels, dans lequelle, à travers un art engagé, l'auteur encourageait, conformément à un pacte de générosité entre lui et le lecteur, la pensée critique et la responsabilité de l'homme. Par conséquent, notre objectif était d'étudier deux oeuvres de l'univers romanesque de l'auteur - à savoir, Les jeux sont faits et La mort dans l'âme - à la lumière des motifs énumérés dans ses travails critiques et théoriques, dans lesquels Sartre soutient les aspects formels d'une technique de la composition narrative capable de concevoir des textes conformément à sa conception de la littérature. De ce point de vue, nous étudions la production romanesque et les données théoriques de l'auteur afin de idéntifier les convergences et les divergences... / Jean-Paul Sartre, filósofo e escritor francês do século XX, embasou seus romances nos ditames de seu pensamento existencialista e em suas ideias a respeito da literatura, considerando a escrita romanesca, cuja tarefa seria a de apresentar-se como meio para possíveis soluções simbólicas dos conflitos existenciais do homem de seu tempo, uma possível via de desvelamento do mundo e de afirmação da liberdade humana. A partir de uma relação dialética entre autor e leitor, Sartre aponta que essas duas partes incitam-se reciprocamente, levando ao fato de a liberdade de uma, quando manifesta, desvendar a liberdade da outra. O escritor francês defendeu uma teoria do romance existencial a partir da qual será abandonada a posição do narrador onisciente e empregada uma técnica de composição romanesca fundada em uma metafísica da liberdade a recusar todo traço de determinismo no decorrer da narrativa. Trata-se, segundo Sartre, de romances voltados para as inquietações humanas, situados em uma época de grandes conturbações políticas, sociais e culturais, na qual, por meio de uma arte engajada, o autor fomentaria, de acordo com um pacto de generosidade entre ele e o leitor, a reflexão crítica e a responsabilidade do homem. Diante disso, nosso propósito foi o de estudar duas obras do universo romanesco do autor - quais sejam, Os dados estão lançados e Com a morte na alma - à luz dos fundamentos elencados em seus trabalhos críticos e teóricos, nos quais Sartre defende os aspectos formais de uma técnica de composição narrativa capaz de conceber textos em conformidade com sua concepção de literatura. Por esse viés, cruzaremos dados teóricos e produção romanesca do autor a fim de identificar as convergências e divergências, os alcances e as limitações entre o que o autor teoriza e o que, de fato, cumpre como romancista, indo ao encontro de nossos objetivos principais...
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