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Composição floristica e estrutura da comunidade arborea num gradiente altitudinal da Mata Atlantica

Lacerda, Maryland Sanchez 15 January 2001 (has links)
Orientador: Ary Teixeira de Oliveira Filho / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-07-27T09:43:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Lacerda_MarylandSanchez_D.pdf: 7934171 bytes, checksum: f90079eeb2776e6fccaaaa54f7e67a08 (MD5) Previous issue date: 2001 / Resumo: Este estudo foi realizado para verificar como ocorrem as mudanças na composição e estrutura da vegetação com a altitude, em uma montanha com 1200 m.s.m. localizada no Parque Estadual da Serra do Mar - Núcleo Picinguaba, município de Ubatuba, SP. A vegetação é considerada como Floresta Ombrófila Densa, genericamente chamada Mata Atlântica. A área de estudo escolhida foi uma encosta situada no vale formado pelos Morros do Corisco e Cuscuzeiro, cobrindo a bacia hidrográfica formada pelos Rios da Fazenda e Picinguaba. O alto da encosta apresenta uma cobertura por neblina quase diariamente, no final da tarde. As altitudes amostradas foram 2 m (planície), 100, 300, 600 e 1000 m (encosta). Amostras dos solos em cada altitude foram coletadas e analisadas química e granulometricamente. Textura, pH, e níveis de At3+ e K+ foram as características que mais variaram entre as áreas. No total, 2,34 ha tiveram todas as árvores, palmeiras e fetos arborescentes com DAP (diâmetro à altura do peito) ;::: 5 cm marcados, identificados, mapeados e medidos em diâmetro e altura. Foram encontrados 3970 indivíduos e 298 espécies em 61 famílias. As maiores riqueza e diversidade de espécies foram encontradas nos 300 m, decrescendo acima e abaixo desta altitude, e atingindo os menores valores na planície (2 m). A composição de espécies variou com a altitude, e três grupos foram diferenciados pela análises multivariadas (Cluster e Twinspan): planície (2 m), meia encosta (100-600 m) e topo do morro (1000 m), com espécies mais características para cada uma dessas áreas. A maioria das espécies apresentou amplitude de distribuição curta e apenas Euterpe edulis, Campomanesia guaviroba, Garcinia gadneriana, Sche.fjlera angustissima e Guapira opposita ocorreram em todo o gradiente altitudinal. A estrutura fisionômica da floresta também variou com a altitude, apresentando árvores mais robustas e altas no início da encosta (100 e 300 m) e mais adelgaçadas e baixas na planície (2 m) e topo do morro (1000 m). A maior densidade e a menor área basal foram encontradas na planície (2 m). No início da encosta (100 e 300 m), a área basal foi maior e diminuiu com a elevação da altitude, enquanto a densidade foi menor e aumentou com a altitude. A altura média do dossel variou pouco, mas as maiores alturas máximas foram encontradas no início da encosta (100 e 300 m) e as menores na planície e 1000 m. A menor diversidade e estatura da vegetação na planície costeira e na floresta montana deve ser resultado, pelo menos em parte, de condições ambientais mais adversas que restringem o crescimento de muitas espécies, tais como drenagem deficiente do solo no primeiro ambiente, ou redução da radiação solar pela nebulosidade, no segundo ambiente. Fatores climáticos, como temperatura, precipitação, umidade atmosférica e radiação solar, também podem influenciar a distribuição das espécies. As espécies provavelmente são afetadas de forma diferente pelas variações ambientais, resultando em variações na composição florística em pequenos gradientes altitudinais da Mata Atlântica. As análises evidenciaram que as diferenças florísticas e estruturais entre as altitudes permitem o reconhecimento de diferentes comunidades arbóreas no gradiente as quais podem ser classificadas em três formações: Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas (2 m-planície), F. O. D. Submontana (100-600 m) e F. O .D. Montana (1000 m). angustissima e Guapira opposita ocorreram em todo o gradiente altitudinal. A estrutura fisionômica da floresta também variou com a altitude, apresentando árvores mais robustas e altas no início da encosta (100 e 300 m) e mais adelgaçadas e baixas na planície (2 m) e topo do morro (1000 m). A maior densidade e a menor área basal foram encontradas na planície (2 m). No início da encosta (100 e 300 m), a área basal foi maior e diminuiu com a elevação da altitude, enquanto a densidade foi menor e aumentou com a altitude. A altura média do dossel variou pouco, mas as maiores alturas máximas foram encontradas no início da encosta (100 e 300 m) e as menores na planície e 1000 m. A menor diversidade e estatura da vegetação na planície costeira e na floresta montana deve ser resultado, pelo menos em parte, de condições ambientais mais adversas que restringem o crescimento de muitas espécies, tais como drenagem deficiente do solo no primeiro ambiente, ou redução da radiação solar pela nebulosidade, no segundo ambiente. Fatores climáticos, como temperatura, precipitação, umidade atmosférica e radiação solar, também podem influenciar a distribuição das espécies. As espécies provavelmente são afetadas de forma diferente pelas variações ambientais, resultando em variações na composição florística em pequenos gradientes altitudinais da Mata Atlântica. As análises evidenciaram que as diferenças florísticas e estruturais entre as altitudes permitem o reconhecimento de diferentes comunidades arbóreas no gradiente as quais podem ser classificadas em três formações: Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas (2 m-planície), F. O. D. Submontana (100-600 _m) e F. O .D. Montana (1000 m) / Abstract: In this study, we describe the changes in soil properties, and in the tree community structure and species composition of the Brazilian coastal Atlantic rain forest along an altitudinal gradient. The study was carried out in the Serra do Mar State Park, São Paulo state, south-eastem Brazil (44048'W e 23022'S). According to the IBGE's c1assification system, the vegetation is dense ombrophilous forest, generally named Atlantic rain forest. Plots were established at five altitudes: 2 m (coastal plain), 100, 300, 600 and 1000 m (slope). The total area surveyed was 2.34 ha. Soil samples were collected and analysed for their properties. Significant differences among altitudes were found for soil pH, leveI of K+, A13+ and soil texture. In each plot all trees, palms and tree fems (_ 5 cm DBH) were enumerated, measured and identified. A total of 3970 trees, 298 species, and 61 families were recorded. Diversity was lowest at the coastal plain and greatest at 300 m. The composition of species varied with altitude, and three groups were differentiated by multivariate analyses (Cluster and Twinspan): coastal plain (2 m), middle slope (100-600 m) and summit (1000 m). The altitudinal range of many species sampled in the present study is narrow and only Euterpe edulis, Campomanesia guaviroba, Garcinia gadneriana, Sche.fflera angustissima and Guapira opposita showed a distribution with no c1ear altitudinal pattem. The structure of forest also varied with altitude: tree robustness was highest at 100 and 300 m and tree slendemess was highest at coastal plain (2 m) and summit (1000 m). Tree density (number ofindividuals ha-l) was higher at the coastal plain and lower at 100 m. Basal area was higher at 100 m and lower at the coastal plain. Maximum tree heigth was highest at 100 m while the lowest values of maximum height were found at the coastal plain and at 1000 m. The lower diversity and stature of sandy coastal and upper montane forests is presumed to result from relatively harsher environrnental conditions which restricts tree growth, such as restricted soil dranaige or reduced solar radiation under high cloudiness. Climatic factors such as temperature, rainfall, atmospheric humidity and solar radiation can also play an important role in determining the variations in tree species distribution. Different species are affected in different mannners by the variations in the physical environrnent, resulting on the variations in tloristic composition over the short altitudinal gradients of the Atlantic Forest. The analyses evidenced that tloristic and structural differences among the altitudes allow recognition of different communities along the gradient that can be classified into three formations: Lowland Dense Ombrophilous Forest, (2 m coastal plain), Lower Montane Dense Ombrophilous Forest (100-600 m) and Montane Dense Ombrophilous Forest (1000 m) / Doutorado / Doutor em Biologia Vegetal

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