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Dinâmica da serapilheira em uma cronossequencia de florestas no município de Capitão Poço-PAHAYASHI, Sanae Nogueira January 2006 (has links)
This study was conducted in the municipality of Capitão Poço, mesoregion of the northeast of
Pará, microregion of Guamá, with the objective of studying the dynamics of litter in a
chronosequence of forests with emphasis on the evaluation of litter stock, production and
decomposition. For this purpose, different types of forests were selected: four secondary
forests of 6, 10, 20 and 40 years of age, and a primary forest. For the analyses of the litter
stocked on the soil, an iron mold of 0,25 m2 was used, in which the whole litter material
contained inside was collected. For the litter production, 30 traps also measuring 0,25 m2 were
used for bi-weekly collection over 12 months . For the analysis of the litter decomposition it
was the litterbag method. Twenty bags (20 x30 cm) were filled with 10 g of mixture of dry
leaves recently shed, who were placed on the soil and retrieved after 30, 60, 120, 180 and 270
days. The largest litter accumulation on the soil was found in the six year-old youngest
secondary forests (6,70 Mg.ha-1), of 10 years (5,63 Mg.ha-1) and of 20 years (5,65 Mg.ha-1)
in relation to the 40 year-old secondary forest (3,73 Mg.ha-1) and the primary forest (3,57
Mg.ha-1), due to smaller litter decomposition rate in the youngest forests that are in the first
stages of forest succession. N and Mg of the stocked litter were also larger in the 40 year-old
secondary forest and in the primary forest, unlike Ca, that had smaller amount in these forests.
However, only P and K did not present statistical differences among all of the analyzed
forests. The largest annual production of litter was found at the primary forest (9,81 Mg.ha-
1.ano-1), which differed from the secondary forests of 6 years (7,37 Mg.ha-1.ano-1), 10 years
(8,39 Mg.ha-1.ano-1), 20 years (7,88 Mg.ha-1.ano-1) and 40 years (8,06 Mg.ha-1.ano-1),
which did not present statistical difference amongst themselves, at the level of 5%. Litter
monthly production was continuous in all of the forests, and the largest rates occurred during
the driest period of the year, and during the beginning of the rainy season. Likewise, there was
negative correlation between the litter production and rainfall in all of the forests, and the
largest correlations were detected in secondary forest of 6 and 10 years, presenting both,
larger sensitivity to the regime of rains. The largest decomposition rate was found at the oldgrowth
forest (2.89), following by the 40 year-old secondary forests (2,33), 10 years (1,52),
20 years (1,43) and 6 years (1,15). These results indicate that as the forest ages, its
decomposition rate increases and, consequently, the stock of litter on the soil decreases. This
is related to higher activity of the organisms that participate in the breakdown, decomposition
and removal of organic matter in more mature forests, needing less time for the renewal of the
stocked litter. / Este trabalho foi desenvolvido no município de Capitão Poço, mesorregião do nordeste
paraense, microrregião do Guamá, com o objetivo de estudar a dinâmica da serapilheira em
uma cronossequência de florestas com ênfase na avaliação do estoque, produção e
decomposição da serapilheira. Para tanto, foram selecionados diferentes tipos de florestas:
uma floresta primária e quatro florestas secundárias (capoeiras) de 6, 10, 20 e 40 anos de
idade. Para as análises da serapilheira estocada sobre o solo, foi utilizado um molde vazado de
ferro com 0,25 m2, na qual se coletou todo o material contido dentro do mesmo. Para a
produção da serapilheira, foram alocados, durante 12 meses, 30 coletores também medindo
0,25 m2, com coletas feitas quinzenalmente. Na análise da decomposição da serapilheira foi
utilizado o método do saco de malha de nylon (20 x30 cm), com 20 sacos em cada floresta,
preenchidos com 10 g de mistura de folhas secas recém caídas na serapilheira, os quais foram
alocados sobre o solo, e retirados após 30, 60, 120, 180 e 270 dias. O maior acúmulo de
serapilheira sobre o solo, foi encontrado nas capoeiras mais novas de 6 anos (6,70 Mg.ha-1),
de 10 anos (5,63 Mg.ha-1) e 20 anos (5,65 Mg.ha-1) em relação a capoeira de 40 anos (3,73
Mg.ha-1), e a floresta primária (3,57 Mg.ha-1), devido a menor taxa de decomposição da
serapilheira nas florestas mais novas, que se encontram no início da sucessão florestal. O N e
o Mg da serapilheira estocada, também foram maiores na capoeira de 40 anos e na floresta
primária, ao contrário do Ca que se apresentou em menor quantidade nestas florestas.
Somente o P e K não apresentaram diferenças estatísticas entre todas as florestas analisadas,
A maior produção anual de serapilheira foi encontrada na floresta primária (9,81 Mg.ha-1.ano-
1) diferindo-se das capoeiras de 6 (7,37 Mg.ha-1.ano-1), de 10 anos (8,39 Mg.ha-1.ano-1), de 20
anos (7,88 Mg.ha-1.ano-1) e de 40 anos (8,06 Mg.ha-1.ano-1), as quais não apresentaram
diferença estatística entre si, ao nível 5%. Já, a produção mensal foi ininterrupta em todas as
florestas, além de que as maiores produções ocorreram durante o período mais seco do ano, e
durante o início do período chuvoso. Outrossim, houve correlação negativa entre a produção
de serapilheira e a pluviosidade em todas as florestas, sendo que as maiores correlações foram
detectadas nas capoeiras de 6 e 10 anos, apresentando, ambas, maior sensibilidade ao regime
de chuvas. A maior taxa de decomposição foi encontrada na floresta (2.89), seguida das
capoeiras de 40 anos (2,33), 10 anos (1,52), 20 anos (1,43) e 6 anos (1,15), indicando que à
medida que a floresta envelhece, a sua taxa de decomposição aumenta e conseqüentemente
sua serapilheira estocada sobre o solo diminui. Isso, provavelmente, está relacionado com a
maior atividade dos organismos que participam da quebra, da decomposição e da remoção da
matéria orgânica nas florestas mais maduras, necessitando de menos tempo para a renovação
da serapilheira estocada.
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