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Epífitas vasculares em florestas alagáveis de várzeas e igapós de águas pretas da Amazônia Central: padrões de riqueza, composição, diversidade e distribuição de espécies / Vascular epiphytes in várzeas and black-water igapós flooding forests in Central Amazon: richness, composition, diversity, and species distribution patterns

Quaresma, Adriano Costa 28 July 2017 (has links)
Submitted by Gizele Lima (gizele.lima@inpa.gov.br) on 2017-08-10T19:04:23Z No. of bitstreams: 2 Tese_Adriano_Final.pdf: 3862209 bytes, checksum: 45ace0548580bc406017c83a86b6f6a6 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2017-08-10T19:04:23Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Tese_Adriano_Final.pdf: 3862209 bytes, checksum: 45ace0548580bc406017c83a86b6f6a6 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2017-07-28 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Vascular epiphytes are important elements of the canopy of tropical forests, however, studies focused on the epiphytic component are scarce, most of all in Amazonian flooding forests. This hampers the inclusion of such plant group in conservation action plans and obscures the understanding on the dynamics of flooding ecosystems. In várzea and igapó forests in Central Amazon, we investigates 1121 individuals and approximately 242 arboreal species, from which 343 trees hosted 2922 individuals belonging to 96 species of vascular epiphytes, classified into 59 genera and 13 families. The várzea forest was the more diverse and presented more than the double of species found in igapó forests. Only 15.6% of the species were common to both environments, demonstrating that várzea and igapó contrast in their epiphytes richness and composition. The beta diversity in these environments is mainly generated by species turnover instead of nestedness. The analyses of alpha diversity revealed that tree diameter is positively correlated with epiphyte diversity in both environments, meanwhile, the arboreal and epiphytic diversity are not correlated. On the other hand, distribution analysis showed that, in várzea, epiphytes are horizontally distributed according to tree diameter, while in igapó the horizontal distribution of epiphytes seems to be influenced by the preference of epiphytes in colonizing specific tree species. The analyses of vertical distribution by ecological zones showed that in both várzea and igapó, the inner canopy presented higher species richness. Analyses of distribution using epiphyte height in relation to the soil along with tree diameter showed group of species that have their distribution determined by these two factors and that this pattern seems to reflect the physiology of each group. Our discoveries also show that, exclusively in igapó forests, the flooding cycle influences a great part of the patterns of richness and distribution of epiphytes. The flooding limits the occurrence of species where the tree is submerged, hampering specialized species to occupy the basal portion of the tree. Water level also secondarily influences the horizontal distribution of epiphytes in igapó, because it determines the distribution of trees that are preferred by epiphytes, it also seems to influence in the vertical distribution as it promotes a vertical displacement of epiphyte richness to the higher parts of the trees. We discuss that the epiphytic flora in várzea and igapó have richness patterns similar to the arboreal component of these environments, with a low similarity and the flooding influencing patterns of species richness and distribution. We suggest that other studies should be conducted in other várzea and igapó forests to verify if such patterns are consistent along the great Amazonian floodplain. Finally, the results we present here shed light on ecological and biogeographical patterns for epiphytes in the Amazon and will help in future conservation plans of epiphytes and flooding ecosystems, more and more threatened by anthropogenic actions. / Epífitas vasculares constituem parte importante do dossel das florestas tropicais, no entanto, estudos com foco no componente epifítico são escassos, sobretudo em florestas alagáveis na Amazônia. Isso dificulta a inclusão desse grupo de plantas em estratégias de conservação e também obscurece o próprio entendimento da dinâmica e funcionamento dos ecossistemas alagáveis. Em florestas de várzeas e igapós da Amazônia central, investigamos 1.121 indivíduos e 242 espécies arbóreas, das quais 343 (30,5%) árvores hospedaram 2.922 indivíduos e 96 espécies de epífitas vasculares, distribuídas em 59 gêneros e 13 famílias. A floresta de várzea foi mais rica e apresentou mais que o dobro de espécies de epífitas que a floresta de igapó. Apenas 15,6 % das espécies foram compartilhadas entre os ambientes, evidenciando que ambientes de várzeas e igapós são contrastantes em sua riqueza e composição de epífitas. As análises de alpha diversidade revelaram que o diâmetro da árvore se correlaciona positivamente com a diversidade de epífitas nos dois ambientes e, ao contrário, a diversidade arbórea não se correlacionou com a diversidade de epífitas. A diversidade beta entre várzea e igapó é gerada principalmente pela substituição das espécies e não pelo aninhamento. Por outro lado, as análises de distribuição mostraram que, na várzea, epífitas se distribuem horizontalmente de acordo com o diâmetro da árvore, ao passo que no igapó, a preferência de epífitas por espécies arbóreas específicas parece exercer maior influência na distribuição horizontal das espécies. As análises de distribuição vertical por zonas ecológicas mostraram que, tanto em várzea como em igapó, a copa interior das árvores apresenta maior riqueza de espécies. Análises de distribuição utilizando a altura da epífita em relação ao solo, junto com o diâmetro da árvore, revelaram grupos de espécies que têm suas distribuições determinadas por esses dois parâmetros, que parecem se relacionar à fisiologia de cada grupo. Nossos achados também mostram que, exclusivamente em florestas de igapó, a inundação influencia grande parte dos padrões de riqueza e distribuição de epífitas, pois limita a ocorrência de espécies na porção onde a árvore é inundada, impedindo a ocorrência de grupos especializados em ocupar a parte basal das árvores. Isto influencia secundariamente a distribuição horizontal, pois determina a distribuição de árvores que são preferidas por epífitas, e parece influenciar a distribuição vertical promovendo um deslocamento da riqueza de epífitas para as partes mais altas das árvores. Argumentamos que a flora epifítica entre várzeas e igapós possui padrões de riqueza similares aos encontrados para a flora arbórea, com uma baixa similaridade de espécies e com a inundação influenciando seus padrões de riqueza e distribuição. Sugerimos que outras pesquisas sejam desenvolvidas em mais áreas de várzeas e igapós para verificar se esses padrões são consistentes ao longo da grande planície de inundação Amazônica. Finalmente, os resultados apresentados esclarecem padrões ecológicos e biogeográficos para epífitas na Amazônia e ajudam em futuros planos de conservação de epífitas e de ecossistemas alagáveis, cada vez mais ameaçados por ações antrópicas.
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Incêndios rasteiros em florestas alagáveis e de terra firme na Amazônia central

Resende, Angélica Faria de 18 March 2014 (has links)
Submitted by Dominick Jesus (dominickdejesus@hotmail.com) on 2016-02-10T17:57:54Z No. of bitstreams: 2 Dissertação_Angelica Faria de Resende.pdf: 581270 bytes, checksum: 854c109b6ca55565543d621610218440 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-02-10T17:57:55Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação_Angelica Faria de Resende.pdf: 581270 bytes, checksum: 854c109b6ca55565543d621610218440 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) Previous issue date: 2014-03-18 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas - FAPEAM / A fire in November 2009 about 100 km south of Manaus penetrated seasonally flooded forest of low fertility (igapó) and neighboring upland forest, providing a natural experiment for comparing fire damage between these two widespread Amazonian forest types. In ten plots of 250 m x 20 m, basal area (> 10 cm DBH) and stem density were measured in each forest type, 3- 4 years after the fire. Ten unburned plots per forest type were used as proxies for pre-burn forest structure. As indicators of fine fuel flammability, five sensors were installed 50 cm above the litter layer in each of the unburned forest types in the 2013 dry season, providing a comparison of mid-day extremes of relative humidity and temperature. Both forest types had significantly lower stem density after burning, when compared to unburned forest of the same type. The average stem loss of 59% in the flooded forests was significantly greater (p=0.001 ANOVA) than the 18% of stem loss in terra firme forest. Average basal area loss was 49% in the flooded forest, also higher (p=0.034, Mann-Whitney U test) than in terra firme forest (23 %). Mid-day extremes of relative humidity were lower (p=0.009) and extremes of temperature were higher (p=0.008, Mann-Whitney U test) in the understory of seasonally flooded forest. The study allowed us to conclude that the infertile floodplain forests are more flammable. This difference in microclimate -- together with higher fuel loads and greater susceptibility of fine roots to fire damage in a superficial the root mat shown in a previous study – leads to greater damage when floodplain forests (igapó) are penetrated by ground fires. / Um incêndio ocorrido em novembro de 2009 a cerca de 100 km ao sul de Manaus penetrou florestas de baixa fertilidade inundadas sazonalmente (igapós) e florestas de terra firme próximas, proporcionando um experimento natural para a comparação do dano causado pelo fogo entre estes dois tipos de ecossistemas florestais da amazônica. Em dez parcelas de 250 m x 20 m, a área basal (DAP> 10 cm) e a densidade de indivíduos foram mensurados, em cada tipologia florestal, 3-4 anos após o incêndio. Dez parcelas não queimadas por tipo de floresta foram utilizadas como testemunho para representar a estrutura das mesmas antes do fogo. Como indicadores de inflamabilidade do combustível fino, cinco sensores foram instalados 50 centímetros acima da serapilheira em cada um dos tipos florestais não queimados, na estação seca de 2013, fornecendo uma comparação dos extremos de temperatura e umidade relativa ao meio- dia. Ambas as tipologias florestais tinham significativamente menor número de indivíduos (densidade) após a queimada, quando comparadas à floresta não queimada do mesmo tipo. A perda de densidade média foi de 59 % nas florestas inundadas, o que foi significativamente maior (p = 0,001 ANOVA) do que os 18% perdidos em floresta de terra firme. A perda média de área basal foi de 49% na floresta inundada, também maior (p = 0,034, teste U de Mann -Whitney) do que em terra firme (23%). Os extremos de umidade relativa do ar por volta do meio-dia foram inferiores (p = 0,009) e os extremos de temperatura foram maiores (p = 0,008, teste U de Mann - Whitney) no sub-bosque da floresta inundada. O estudo permitiu concluir que as florestas inundáveis de baixa fertilidade são mais inflamáveis. Esta diferença de microclima, juntamente com cargas de combustível mais elevadas e maior susceptibilidade de raízes finas a danos por fogo em uma camada superficial do tapete de raízes leva a um maior dano quando florestas alagáveis de igapó são atingidas por incêndios rasteiros.

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