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Fluxos de gases de efeito estufa do solo na sucessão vegetação nativa/pastagem na região Sudeste do Brasil / Greenhouse gas fluxes from soil in succession native vegetation / pasture in Southeastern Brazil

Diniz, Tatiana Rosa 23 September 2016 (has links)
A pecuária é considerada uma das principais fontes de emissão de gases de efeito estufa (GEE) no Brasil. Sua participação no inventario nacional de emissões de GEE está relacionada tanto à conversão da vegetação nativa em pastagens, com a perda de biomassa vegetal e modificações nas propriedades físicas e químicas do solo, quanto à participação dos próprios animais, através da eructação e da deposição de dejetos. A quantificação das emissões de GEE em sistemas agropecuários possibilita avaliar o grau de impacto dessa atividade sobre o ambiente. Grande parte dos estudos realizados para a quantificação das emissões dos dejetos do gado foi desenvolvido em regiões de clima temperado, porém faltam informações para as condições tropicais. No Brasil os fatores de emissão obtidos são menores que o valor default de 2% proposto pelo IPCC. Em vista ao grau de incerteza associado ao valor default para os dejetos animais, confirma-se a necessidade da determinação de fatores de emissão específicos, com o objetivo de conferir maior precisão aos inventários nacionais. Os objetivos deste estudo foram (i) avaliar os sistemas vegetação nativa e pastagem quanto aos fluxos de GEE provenientes das respectivas fontes: solo, fezes e urina do gado, com a finalidade de verificar suas contribuições específicas no total de GEE emitidos; (ii) determinar os fatores de emissão dos dejetos animais para a região edafoclimática da região sudeste do Brasil. Esse estudo foi realizado durante as estações seca e chuvosa, para avaliar também o efeito da sazonalidade na emissão de GEE. Foi utilizado câmaras estáticas fixadas ao solo para quantificação dos fluxos de CO2, CH4 e N2O, por um período de trinta dias em cada estação. Os fluxos diários de emissão de GEE provenientes dos dejetos apresentaram pico de emissão logo após sua aplicação, que perduraram apenas durante os primeiros dez dias amostrados. Os fatores de emissão do N2O calculados neste estudo também foram inferiores ao default, de 0,05% para a urina e 0,001% para as fezes na estação seca, e de 0,4% e 0,004% na estação chuvosa, respectivamente. O fator de emissão do CH4 calculado para as fezes do gado foi de 0,012 kg CH4 cabeça-1 ano-1 na estação seca e 0,004 kg CH4 cabeça-1 ano-1 na estação chuvosa. Os fluxos acumulados de CH4 e N2O gerados nesse estudo foram convertidos em CO2 equivalente, para efeito de comparação, para a contabilização da contribuição total de cada fonte na emissão de GEE. O solo sob vegetação nativa emitiu um total de 274 kg CO2e ha-1 ano-1, enquanto que na pastagem esse valor foi de 657 kg CO2e ha-1 ano-1, sem contabilizar os dejetos. Os dejetos contribuíram com 9.853 kg CO2e ha-1 ano-1, e quando somado um valor default para a eructação do gado, esse valor aumentou para 27.878 kg CO2e ha-1 ano-1. Os resultados demonstram que a pastagem emite uma quantidade 2,5 maior de GEE para a atmosfera quando comparado com uma área de vegetação nativa. Além disso, verificou-se a influência da sazonalidade na emissão dos GEE e a importante contribuição dos dejetos no total das emissões contabilizadas para o sistema pastagem / Livestock is considered one of the main sources of greenhouse gases (GHGs) emission in Brazil. Its contribution is related either to conversion of native vegetation in pasture areas, with changes in physical and chemical soil properties, consequently changing the GHG fluxes into the atmosphere, or by the decomposition of livestock manure. Most studies conducted to quantify emissions from livestock manure have been developed in temperate regions with still a lack of information for tropical conditions. In Brazil, emission factors obtained were lower than the default value of 2% proposed by IPCC. Due to the uncertainty degree associated with the default value for animal manure, confirms the need for determination of specific emission factors, in order to give greater precision to national inventories. The objectives of this study were (i) to evaluate the systems native vegetation and pasture as the GHG fluxes from the respective sources: soil, faeces and cattle urine, in order to verify their specific contributions in the total GHG emissions; (ii) and determine the emission factors of animal manure. This study was conducted during the dry and rainy seasons, to evaluate the effect of seasonality in GHG emissions. Static chambers fixed to the ground were used to quantify CO2, CH4 and N2O fluxes for a period of thirty days in each season, with five replicates for each treatment. On each day of collection, sampling was performed at regular intervals (0, 10 and 20 minutes after chamber closure). The GHG emission daily flows from manure showed a peak of emission immediately after application, which lasted only during the first ten days sampled. The N2O emission factors calculated in this study were lower than the default, 0.05% for urine and 0.001% for faeces in the dry season, and 0.4% and 0.004% in the rainy season, respectively. The CH4 emission calculated factors for the cattle faeces were 0.012 kg CH4 head-1 yr-1 in the dry season and 0.004 kg CH4 head-1 yr-1 in the rainy season. The cumulative flows of CH4 and N2O generated in this study were converted into CO2 equivalent, for comparison, accounting for the total contribution of each source of GHG emissions. The soil under native vegetation issued a total of 274 kg CO2e ha-1 yr-1, while in the pasture this value was 657 kg CO2e ha-1 yr-1, not counting the manure. The manure contributed 9853 kg CO2e ha-1 yr-1, and when coupled with a default value for cattle belching, this value increased to 27,878 kg CO2e ha-1 yr-1. The results demonstrate that the pasture emits 2.5-fold greater quantity of GHG when compared to a native vegetation area. In addition, there was the influence of seasonality on GHG emissions and the important contribution of waste in total emissions accounted for pasture system
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Fluxos de gases de efeito estufa do solo na sucessão vegetação nativa/pastagem na região Sudeste do Brasil / Greenhouse gas fluxes from soil in succession native vegetation / pasture in Southeastern Brazil

Tatiana Rosa Diniz 23 September 2016 (has links)
A pecuária é considerada uma das principais fontes de emissão de gases de efeito estufa (GEE) no Brasil. Sua participação no inventario nacional de emissões de GEE está relacionada tanto à conversão da vegetação nativa em pastagens, com a perda de biomassa vegetal e modificações nas propriedades físicas e químicas do solo, quanto à participação dos próprios animais, através da eructação e da deposição de dejetos. A quantificação das emissões de GEE em sistemas agropecuários possibilita avaliar o grau de impacto dessa atividade sobre o ambiente. Grande parte dos estudos realizados para a quantificação das emissões dos dejetos do gado foi desenvolvido em regiões de clima temperado, porém faltam informações para as condições tropicais. No Brasil os fatores de emissão obtidos são menores que o valor default de 2% proposto pelo IPCC. Em vista ao grau de incerteza associado ao valor default para os dejetos animais, confirma-se a necessidade da determinação de fatores de emissão específicos, com o objetivo de conferir maior precisão aos inventários nacionais. Os objetivos deste estudo foram (i) avaliar os sistemas vegetação nativa e pastagem quanto aos fluxos de GEE provenientes das respectivas fontes: solo, fezes e urina do gado, com a finalidade de verificar suas contribuições específicas no total de GEE emitidos; (ii) determinar os fatores de emissão dos dejetos animais para a região edafoclimática da região sudeste do Brasil. Esse estudo foi realizado durante as estações seca e chuvosa, para avaliar também o efeito da sazonalidade na emissão de GEE. Foi utilizado câmaras estáticas fixadas ao solo para quantificação dos fluxos de CO2, CH4 e N2O, por um período de trinta dias em cada estação. Os fluxos diários de emissão de GEE provenientes dos dejetos apresentaram pico de emissão logo após sua aplicação, que perduraram apenas durante os primeiros dez dias amostrados. Os fatores de emissão do N2O calculados neste estudo também foram inferiores ao default, de 0,05% para a urina e 0,001% para as fezes na estação seca, e de 0,4% e 0,004% na estação chuvosa, respectivamente. O fator de emissão do CH4 calculado para as fezes do gado foi de 0,012 kg CH4 cabeça-1 ano-1 na estação seca e 0,004 kg CH4 cabeça-1 ano-1 na estação chuvosa. Os fluxos acumulados de CH4 e N2O gerados nesse estudo foram convertidos em CO2 equivalente, para efeito de comparação, para a contabilização da contribuição total de cada fonte na emissão de GEE. O solo sob vegetação nativa emitiu um total de 274 kg CO2e ha-1 ano-1, enquanto que na pastagem esse valor foi de 657 kg CO2e ha-1 ano-1, sem contabilizar os dejetos. Os dejetos contribuíram com 9.853 kg CO2e ha-1 ano-1, e quando somado um valor default para a eructação do gado, esse valor aumentou para 27.878 kg CO2e ha-1 ano-1. Os resultados demonstram que a pastagem emite uma quantidade 2,5 maior de GEE para a atmosfera quando comparado com uma área de vegetação nativa. Além disso, verificou-se a influência da sazonalidade na emissão dos GEE e a importante contribuição dos dejetos no total das emissões contabilizadas para o sistema pastagem / Livestock is considered one of the main sources of greenhouse gases (GHGs) emission in Brazil. Its contribution is related either to conversion of native vegetation in pasture areas, with changes in physical and chemical soil properties, consequently changing the GHG fluxes into the atmosphere, or by the decomposition of livestock manure. Most studies conducted to quantify emissions from livestock manure have been developed in temperate regions with still a lack of information for tropical conditions. In Brazil, emission factors obtained were lower than the default value of 2% proposed by IPCC. Due to the uncertainty degree associated with the default value for animal manure, confirms the need for determination of specific emission factors, in order to give greater precision to national inventories. The objectives of this study were (i) to evaluate the systems native vegetation and pasture as the GHG fluxes from the respective sources: soil, faeces and cattle urine, in order to verify their specific contributions in the total GHG emissions; (ii) and determine the emission factors of animal manure. This study was conducted during the dry and rainy seasons, to evaluate the effect of seasonality in GHG emissions. Static chambers fixed to the ground were used to quantify CO2, CH4 and N2O fluxes for a period of thirty days in each season, with five replicates for each treatment. On each day of collection, sampling was performed at regular intervals (0, 10 and 20 minutes after chamber closure). The GHG emission daily flows from manure showed a peak of emission immediately after application, which lasted only during the first ten days sampled. The N2O emission factors calculated in this study were lower than the default, 0.05% for urine and 0.001% for faeces in the dry season, and 0.4% and 0.004% in the rainy season, respectively. The CH4 emission calculated factors for the cattle faeces were 0.012 kg CH4 head-1 yr-1 in the dry season and 0.004 kg CH4 head-1 yr-1 in the rainy season. The cumulative flows of CH4 and N2O generated in this study were converted into CO2 equivalent, for comparison, accounting for the total contribution of each source of GHG emissions. The soil under native vegetation issued a total of 274 kg CO2e ha-1 yr-1, while in the pasture this value was 657 kg CO2e ha-1 yr-1, not counting the manure. The manure contributed 9853 kg CO2e ha-1 yr-1, and when coupled with a default value for cattle belching, this value increased to 27,878 kg CO2e ha-1 yr-1. The results demonstrate that the pasture emits 2.5-fold greater quantity of GHG when compared to a native vegetation area. In addition, there was the influence of seasonality on GHG emissions and the important contribution of waste in total emissions accounted for pasture system
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Remediação de solos da formação São Paulo contaminados por vapores de gasolina. / Remediation of formation São Paulo soils contaminated by gasoline.

Sanches, Vivian Leme 03 July 2009 (has links)
O presente trabalho teve por objetivo apresentar e discutir um caso de identificação e remediação emergencial de compostos orgânicos voláteis, oclusos em camada arenosa do Terciário da Formação São Paulo, em decorrência do vazamento de tanques de combustíveis de um posto de serviços. A técnica de remediação adotada para o caso consistiu na extração in situ dos vapores do solo e no tratamento dos mesmos por adsorção em filtros de carvão ativado (SVE - soil vapor extraction). Os processos de seleção, projeto, implantação, operação e descomissionamento da tecnologia SVE seguiram as metodologias indicadas pela literatura, adaptadas às condições locais. O acompanhamento da eficiência da remediação foi baseado na quantificação inicial dos hidrocarbonetos totais de petróleo leves presentes no subsolo, através das técnicas de cromatografia gasosa e espectrometria de massa, e na medição em campo das concentrações de voláteis e dos respectivos teores de explosividade. O resultado da campanha laboratorial apresentou fortes indícios de que a contaminação local fosse proveniente do combustível gasolina e indicou a ocorrência do composto benzeno em concentrações superiores aos limites adotados como referência. As leituras realizadas em campo mostraram rápido declínio das concentrações de voláteis e dos teores de explosividade com a operação da tecnologia SVE, indicando baixa ocorrência de fatores limitantes do transporte de massa no local. Corroborou com tal hipótese, o fato das metas de remediação terem sido atingidas com poucas trocas de ar, parâmetro retro-analisado a partir de dados de ensaios geológico-geotécnicos. Assim, concluiu-se que, para áreas com características semelhantes à estudada, a tecnologia SVE pode ser eficiente como medida de remediação de voláteis e redução dos riscos de explosividade. / This work aims to present and to discuss a case study of identification and emergency remediation of volatile organic compounds, occluded in a sand layer of the São Paulo Tertiary Formation, as a result of the leakage of fuel tanks of a service station. The adopted remediation technique was in situ soil vapor extraction (SVE) and offgas treatment for adsorption in activated carbon filters. Selection, design, commissioning, operation and shutdown processes of SVE technology followed literature methodologies, which were adapted to local conditions. Remediation efficiency monitoring was based on the initial quantification of light total petroleum hydrocarbons in the subsoil, through gas chromatography and mass spectrometry techniques, and on measurement of the volatile concentrations and respective explosive contents in the field. The result of the laboratorial campaign presented strong indications that the local contamination proceeded from combustible gasoline and it indicated the occurrence of benzene in concentrations higher than the adopted reference. Field measurements showed fast decline of the volatile concentrations and explosive contents with the SVE technology operation, fact that indicated low occurrence of mass transfer limitations in the place. The fact that remediation goals were achieved with few air exchanges, parameter back-analyzed from geologicgeotechnical tests, contributed to reinforce such hypothesis. Thus, SVE technique can be considered efficient for volatile remediation and explosive risks reduction, for areas with characteristics similar to the studied one.
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Remediação de solos da formação São Paulo contaminados por vapores de gasolina. / Remediation of formation São Paulo soils contaminated by gasoline.

Vivian Leme Sanches 03 July 2009 (has links)
O presente trabalho teve por objetivo apresentar e discutir um caso de identificação e remediação emergencial de compostos orgânicos voláteis, oclusos em camada arenosa do Terciário da Formação São Paulo, em decorrência do vazamento de tanques de combustíveis de um posto de serviços. A técnica de remediação adotada para o caso consistiu na extração in situ dos vapores do solo e no tratamento dos mesmos por adsorção em filtros de carvão ativado (SVE - soil vapor extraction). Os processos de seleção, projeto, implantação, operação e descomissionamento da tecnologia SVE seguiram as metodologias indicadas pela literatura, adaptadas às condições locais. O acompanhamento da eficiência da remediação foi baseado na quantificação inicial dos hidrocarbonetos totais de petróleo leves presentes no subsolo, através das técnicas de cromatografia gasosa e espectrometria de massa, e na medição em campo das concentrações de voláteis e dos respectivos teores de explosividade. O resultado da campanha laboratorial apresentou fortes indícios de que a contaminação local fosse proveniente do combustível gasolina e indicou a ocorrência do composto benzeno em concentrações superiores aos limites adotados como referência. As leituras realizadas em campo mostraram rápido declínio das concentrações de voláteis e dos teores de explosividade com a operação da tecnologia SVE, indicando baixa ocorrência de fatores limitantes do transporte de massa no local. Corroborou com tal hipótese, o fato das metas de remediação terem sido atingidas com poucas trocas de ar, parâmetro retro-analisado a partir de dados de ensaios geológico-geotécnicos. Assim, concluiu-se que, para áreas com características semelhantes à estudada, a tecnologia SVE pode ser eficiente como medida de remediação de voláteis e redução dos riscos de explosividade. / This work aims to present and to discuss a case study of identification and emergency remediation of volatile organic compounds, occluded in a sand layer of the São Paulo Tertiary Formation, as a result of the leakage of fuel tanks of a service station. The adopted remediation technique was in situ soil vapor extraction (SVE) and offgas treatment for adsorption in activated carbon filters. Selection, design, commissioning, operation and shutdown processes of SVE technology followed literature methodologies, which were adapted to local conditions. Remediation efficiency monitoring was based on the initial quantification of light total petroleum hydrocarbons in the subsoil, through gas chromatography and mass spectrometry techniques, and on measurement of the volatile concentrations and respective explosive contents in the field. The result of the laboratorial campaign presented strong indications that the local contamination proceeded from combustible gasoline and it indicated the occurrence of benzene in concentrations higher than the adopted reference. Field measurements showed fast decline of the volatile concentrations and explosive contents with the SVE technology operation, fact that indicated low occurrence of mass transfer limitations in the place. The fact that remediation goals were achieved with few air exchanges, parameter back-analyzed from geologicgeotechnical tests, contributed to reinforce such hypothesis. Thus, SVE technique can be considered efficient for volatile remediation and explosive risks reduction, for areas with characteristics similar to the studied one.

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