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Literatura das Pedras: a Fortaleza de São José de Macapá como lócus das identidades amapaenses / Literature of stones: the Fortaleza de São José de Macapá as locus of amapaens identitiesCanto, Fernando Pimentel January 2016 (has links)
CANTO, Fernando Pimentel. Literatura das pedras: a Fortaleza de São José de Macapá como lócus das identidades amapaenses 2016. 251f. – Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Fortaleza (CE), 2016. / Submitted by Gustavo Daher (gdaherufc@hotmail.com) on 2017-02-22T11:46:25Z
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Previous issue date: 2016 / O processo político e social do Amapá é analisado neste trabalho através da literatura escrita sobre a mais importante edificação da cidade de Macapá, localizada na margem do rio Amazonas, construída no período de 1764 a 1782. É a Fortaleza de São José de Macapá -FSJM, que hoje é a grande referência icônica da cidade e seu principal símbolo imagético, que é apropriado pelas instituições e pelos seus habitantes. Entretanto, no bojo de suas representações simbólicas, ela ancora significados diversos, assim como as identidades dos sujeitos sociais que se elastificam no tempo e no espaço. A tese é apresentada em quatro temporalidades distintas sobre a construção da FSJM, sendo que a primeira trata especificamente de sua edificação no meio da floresta amazônica por militares portugueses, diante do olhar de sofrimento dos índios, negros escravos e degredados. A segunda temporalidade trata da transformação do lugar em Território Federal (1943), onde a fortificação foi referendada como uma realização heroica dos tempos coloniais no discurso fundador dos governantes. A terceira temporalidade se refere ao período em que ela foi usada como prisão de subversivos do golpe militar de 1964 e na década de 1970. A quarta temporalidade se dá no período da redemocratização do país, quando o Amapá foi transformado em Estado da Federação e, com isso, vem fazendo sucessivas reformas e restaurações no monumento. As reflexões sobre literatura a respeito da fortificação dão margem para diversas percepções, inclusive o sentido de memória na prática intelectual dos escritores, do discurso e da formação de novas identidades em seus percursos. O primeiro capítulo traz um mosaico identitário do Amapá, o seu zeitgeist, importante para a compreensão do Amapá na contemporaneidade. Os quatro capítulos seguintes são as temporalidades.
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