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Identificação humanaMoreti, Tiago January 2009 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-graduação em Biotecnologia / Made available in DSpace on 2012-10-24T16:55:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1
265416.pdf: 5561548 bytes, checksum: a7c44ca4b58bfd87bee435b63502e1ac (MD5) / Nos casos forenses, cadáveres ou suas partes são encontrados em diferentes estágios de decomposição, sendo nestes casos o tecido ósseo quase sempre o melhor material biológico disponível para a identificação pelo DNA. Devido às baixas concentrações de DNA endógeno, a recuperação deste é um grande desafio perante aos danos ambientais, bacteriano e pós-morte que a molécula sofre, assim como a presença potencial de inibidores co-extraídos. Várias metodologias têm sido empregadas para obtenção de DNA a partir dos ossos, sendo que o uso do equipamento como o Moinho Criogênico e da coluna concentradora Microcon são os procedimentos-padrão mais utilizados e difundidos, porém, demorados e de custos elevados. Devido à baixa qualidade e à exiguidade destas amostras biológicas que rotineiramente aportam em um laboratório de DNA forense, a metodologia aplicada é baseada na análise de STR. Nos casos de identificação utilizando STR, o laboratório deve possuir uma base de dados de frequências alélicas própria da população a qual presta serviços. Esta base de dados deve ter sido produzida com as mesmas técnicas usadas pelo laboratório em sua rotina e com a mesma população. O objetivo é ampliar as condições técnico-científicas no cenário estadual, pois se pretende, através de técnicas utilizadas em Biologia Molecular, testar e padronizar um novo método econômico e rápido para a obtenção de DNA de ossos e a implementação de um banco de frequências alélicas STR para maior confiabilidade dos resultados gerados. Para nosso estudo, selecionou-se 19 ossos, fornecidos pelo IGP-SC e compreendem casos recebidos durante os anos de 2005 e de 2006. Comparou-se a eficiência e os custos de nove métodos de extração de DNA, mostrando que o método "substitutivo" é o que possui maior custo-benefício entre todos eles. A extração por este método conduziu a uma quantidade aumentada de DNA amplificado (36,84%) quando comparado ao protocolo de fenol-clorofórmio-microcon (12,28%), sendo esta diferença estatisticamente significativa (p=0,0240). Sendo assim, sugere-se que o procedimento "substitutivo" seja a escolha mais acertada quando o material biológico sejam ossos. Em relação à criação da base de dados STR, utilizou-se as frequências alélicas para os 15 marcadores STR incluídos no kit AmpFISTR Identifiler (D8S1179, D21S11, D7S820, CSF1PO, D3S1358, TH01, D13S317, D16S539, D2S1338, D19S433, vWA, TPOX, D18S51, D5S818, e FGA). A amostra constitui-se de 452 indivíduos não relacionados do estado de Santa Catarina, representando uma população tri-híbrida, composta pela mistura de indivíduos euro-descendentes, africanos-subsaarianos e ameríndios. As distribuições dos genótipos estão em equilíbrio Hardy-Weinberg. As frequências alélicas foram comparadas às existentes em outros estados brasileiros, sendo encontradas diferenças significativas em pelo menos um loco em relação a todos os estados analisados. O poder de exclusão combinado é estimado em 0,99999682066 e o poder da discriminação combinado é de 0,99999999999999999828465. Finalmente, os parâmetros forenses calculados mostraram que o banco de dados de frequências alélicas de Santa Catarina é uma ferramenta útil para a identificação pessoal, justificando seu uso para a população de nosso estado.
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