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RELEITURA do Processo de Aprendizagem de Estudantes Repetentes de Cálculo I

ROCHA, M. M. 25 February 2016 (has links)
Made available in DSpace on 2018-08-01T23:31:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_9573_Tese Doutorado Messenas M Rocha.pdf: 6044927 bytes, checksum: 65ca56a33ea064c6df62d9e8433e9f5b (MD5) Previous issue date: 2016-02-25 / Nesta pesquisa de doutorado em educação matemática investigamos como estudantes universitários, repetentes na disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I (Cálculo I), resolvem tarefas de limite de funções reais de uma variável, que erros cometem e quais as causas que os levam à reprovação e/ou abandono da matéria. Assim, buscamos conhecer quem eram esses estudantes repetentes com relação a (i) hábitos de estudos; (ii) expectativas de aprendizagem de Cálculo e (iii) dificuldades anteriores com conceitos matemáticos. Analisamos motivos que os levaram a repetir essa disciplina e que os deixaram sem acreditar que poderiam aprender (ERNEST, 1989; GÓMEZ CHACÓN, 2003). Procuramos, também, compreender acertos e erros que cometeram ao determinar o limite de funções reais de uma variável (CURY, 2008). Para tanto, procuramos identificar e compreender erros conceituais e/ou procedimentais (erros operatórios) no cálculo de limites (SKEMP, 1976; CORNU, 1991; TALL, 1991). Desenvolvemos uma pesquisa de natureza qualitativa em que o professor pesquisador atuou junto com o professor de Cálculo I durante todo o primeiro semestre de 2014. Participaram 38 estudantes repetentes de Cálculo I dos cursos universitários de Agronomia e Licenciatura em Ciências Agrárias do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES), Campus Itapina. Coletamos dados, por meio de observações de aulas, tarefas dos estudantes, questionários e entrevistas. A seguir, enunciamos alguns resultados desse estudo. Em relação aos hábitos de estudo, identificamos que o discurso e a prática dos estudantes eram divergentes. Eles foram tomando consciência dessa contradição e aprendendo a mudar hábitos de estudo durante o semestre. Relacionamos as expectativas de aprendizagem dos alunos e os aspectos emocionais e cognitivos, tais como crenças, concepções e atitudes em relação à disciplina de Cálculo I. Constatamos, então, que tivemos que alterar nossa postura de professor universitário, rompendo com nossas práticas pedagógicas distantes da realidade vivida pelo estudante. Acreditamos que, com essa mudança de comportamento, foi possível motivá-los e levá-los a acreditar que poderiam superar obstáculos e limitações de aprendizagem. Verificamos que existe relação entre dificuldades de aprendizagem de Cálculo e a falta de base de conteúdos matemáticos anteriores. Assim, passamos a revisar tais conteúdos em paralelo com os de Cálculo, não de forma isolada como fazíamos antes, no início de cada semestre. Esse trabalho integrado de conceitos matemáticos nos auxiliou a compreender e analisar erros dos repetentes. Também utilizamos análise de erros como estratégia pedagógica para tornar erros observáveis para professor e estudantes. Além disso, conseguimos identificar dificuldades epistemológicas de alguns conceitos específicos de Cálculo. Em síntese, observamos que essas estratégias pedagógicas diferenciadas do professor pesquisador favoreceram a aprendizagem de Cálculo e, também, possibilitaram uma mudança de postura dos universitários. Portanto, temos como tese que precisamos trabalhar com estudantes repetentes de Cálculo I, em cursos de serviços, de forma diferenciada daquela feita em cursos específicos de Matemática. Ademais, precisamos envolver ativamente os estudantes no processo de ensino e aprendizagem de Cálculo.

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