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De agressor a dependente : a produção de sentidos sobre violência de gênero em Centros de Atenção Psicossocial álcool e outras drogas

Leonardo Leandro, Edélvio 31 January 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T23:00:02Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo3730_1.pdf: 1172984 bytes, checksum: 86c06af168f4aa7e87aa30ce60d43234 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2009 / O objetivo desse estudo foi investigar como profissionais e usuários que atuam em CAPSad (Centros de Atenção Psicossocial voltados ao tratamento de pessoas com problemas decorrentes do uso de álcool e outras drogas) produzem sentidos sobre violência de gênero, considerando que estes são serviços para onde são frequentemente encaminhados homens autores de violência, embora esses centros não integrem formalmente a Rede de Enfrentamento à violência contra a mulher. Como suporte teórico, partimos da performatividade da linguagem, isto é, a capacidade que esta tem de provocar e criar realidades e do estudo das Práticas Discursivas como instrumento de análise dos processos de produção de sentidos no cotidiano.O desenho da pesquisa, de natureza qualitativa, envolveu entrevistas com cinco profissionais e cinco usuários, localizados em dois CAPSad sediados na Região Metropolitana do Recife. Os usuários selecionados eram homens que traziam algum relato de violência contra mulher associado à demanda de dependência química. A análise produzida foi organizada em três eixos: 1) explicações do porquê se bate em mulheres, 2) definição de violência de gênero e 3) interlocutores. De um modo geral, as análises apontaram que a prática de atos violentos por parte desses homens está relacionada a questões culturais (modelo de socialização masculina), à tentativa de esses homens se defenderem das agressões físicas voltadas contra eles por suas companheiras, por distúrbios internos e mentais do usuário o que lhe provocariam certo descontrole, pela dependência da droga, pois esta atuaria como potencializadora dos atos violentos. A análise dos jogos de posicionamentos apontou que os homens ao serem lidos rigidamente a partir da matriz médico-psiquiatrizante são alocados como o doente, o alcoolizado . Sendo assim, eles, sobretudo aqueles encaminhados pela Justiça por agressão a suas companheira e denominados de agressores, sob uma forma não-dita, são perpetuados na condição de vítimas , porque desresponsabilizados, ante sua dependência química. Uma vez que os sentidos produzidos sobre a violência de gênero nesses espaços o são em torno do eixo dependente-vitimário, perpetuam-se as categorias de pensamento opositivas e as práticas institucionais cotidianas que dão suporte à manutenção da ordem sexista de gênero. Desta forma, esses homens entram no circuito Justiça-Saúde como agressores e acabam rapidamente sendo incorporados como dependentes . É necessária uma leitura crítica das demandas que são geradas por agressão a mulheres ou outras formas de agressão relacionadas a modos de ser legitimados nas relações de gênero, a fim de mapear junto à rede de serviços voltada para esse público os nós que provocam qualquer deformação na demanda inicial e podem gerar distorções
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VIOLÊNCIA DE GÊNERO E RELIGIÃO: UMA ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DO CRISTIANISMO EM RELAÇÕES FAMILIARES VIOLENTAS A PARTIR DE MULHERES ACOLHIDAS NAS CASAS ABRIGO REGIONAL GRANDE ABC E DE HOMENS AUTORES DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA / Gender Violence and Religion: An analysis of the Christianity influence on violent family relationship from women housed in the large ABC regional shelter homes and from aggressors.

OSHIRO, CLAUDIA MARIA POLETI 29 March 2017 (has links)
Submitted by Noeme Timbo (noeme.timbo@metodista.br) on 2017-06-20T17:25:36Z No. of bitstreams: 1 CLAUDIA POLETI OSHIRO.pdf: 1972835 bytes, checksum: 78790a21518f5f5bbd86e5b4ed28b36c (MD5) / Made available in DSpace on 2017-06-20T17:25:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1 CLAUDIA POLETI OSHIRO.pdf: 1972835 bytes, checksum: 78790a21518f5f5bbd86e5b4ed28b36c (MD5) Previous issue date: 2017-03-29 / Domestic violence is a worrying phenomenon. In a concrete or symbolic way, it pervades the daily lives of many women who have experienced domestic violence situations. Once socially constructed, man is placed in an unequal position of power, these actions are often trivialized and reinforced by a society that is marked by patriarchy. Gender inequalities reinforce violence against women. My practice shows that many of these women seek help in religion, more specifically with their religious leaders who, in addition to agreeing with the violence that woman has lived, reinforce it through their religious beliefs. The cases seen at Casas Abrigo Regional Grande ABC attest that many women do not break the violence cycle because they belong to some religious institution and hear from their leaders discourses that legitimize submission and violence against women. This research intends to identify and analyze the Christianity influence in the violent family relations of Catholic and Evangelical women hosted in Casas Abrigo Regional Grande ABC and the same religious groups' perpetrators of violence against women. We will try to understand the violence consequences in these women's life, as well as to identify religion's influence in the masculine exercise of aggression and in the subjection of women to aggression. To approach these women, we chose two Reference Centers for Women's Care: “Marcia Dangremon” and “Vem Maria” as a field of this research. In order to approach the perpetrators of violence against women, we chose Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS de São Bernardo do Campo. / A violência doméstica é um fenômeno que nos preocupa. De forma concreta ou simbólica, ela perpassa o cotidiano de muitas mulheres que vivenciam situações de violência doméstica. Uma vez que construída socialmente, ao homem é posta uma posição desigual de poder, e estas ações muitas vezes são banalizadas e reforçadas por uma sociedade que é marcada pelo patriarcalismo. As desigualdades de gênero reforçam a violência contra as mulheres. A minha prática demonstra que muitas destas mulheres buscam ajuda na religião, mais especificamente com seus líderes religiosos, que, em sua maioria, além de compactuar com a violência vivida, a reforçam através de suas crenças religiosas. Os casos atendidos nas Casas Abrigo Regional Grande ABC atestam que muitas mulheres não rompem com o ciclo da violência, pelo fato de pertencerem a uma instituição religiosa e ouvirem de seus líderes discursos que legitimam a submissão e a violência contra as mulheres. Esta pesquisa pretende identificar e analisar a influência do cristianismo nas relações familiares violentas de mulheres católicas e evangélicas religiosas acolhidas nas Casas Abrigo Regional Grande ABC e de autores da violência contra as mulheres dos mesmos grupos religiosos. Procuraremos compreender as consequências da violência na vida dessas mulheres, bem como identificar a influência da religião no exercício masculino da agressão e na sujeição feminina à agressão. Como campo desta pesquisa escolhemos dois Centros de Referência de Atendimento à Mulher: “Marcia Dangremon” e “Vem Maria”, para abordagem com as mulheres. E o Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS de São Bernardo do Campo, para a abordagem com os autores de violência contra as mulheres.

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