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Identificação de depósitos tecnogênicos no reservatório Santa Bárbara, Pelotas (RS)

korb, Carina Cristiane January 2006 (has links)
Os depósitos tecnogênicos constituem-se como testemunhos materiais de ambientes antropizados e podem resultar de processos naturais modificados pelas formas de apropriação do espaço como, por exemplo, o assoreamento de corpos d’água produzido pelo Uso e Ocupação do Solo. A originalidade destes depósitos e sua época de ocorrência caracterizam um tempo geológico distinto, definido ainda informalmente por vários autores, de Tecnógeno ou Quinário. O principal objetivo deste trabalho é analisar as influências da ação humana na formação e constituição dos depósitos derivados do assoreamento, no Reservatório Santa Bárbara, localizada no município de Pelotas, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Para isto, foram feitos dois Mapas de Uso e Ocupação do Solo da bacia hidrográfica deste Reservatório, através de Classificação Supervisionada de imagem orbital, referente a duas épocas (1988, 2002). Esta classificação, através da quantificação de áreas, permitiu verificar mudanças espaço-temporais nas Classes mapeadas. Assim, em 1988, as Classes de Uso (Cobertura Vegetal: Mata e Campo) somavam 9903,6 hectares e, em 2002, 8313,2 hectares; e, as Classes de Ocupação (Área Urbanizada e Agricultura), 3242,3 hectares em 1988 e 4698,9 hectares no ano de 2002. Também foram realizadas análises de laboratório da coluna estratigráfica dos depósitos, a partir da coleta de testemunhos geológicos em áreas recentes de assoreamento, para obtenção da coloração dos grãos, de parâmetros texturais, da concentração de matéria orgânica, identificação de artefatos humanos e concentração de metais pesados (Pb, Cu, Cr, Zn). Os parâmetros texturais, associados à presença de artefatos humanos permitiram, em conjunto, verificar registros tecnogênicos nos testemunhos e, delimitar fases de menor e maior antropização. A concentração dos metais pesados nos sedimentos, associada aos Mapas de Uso e Ocupação, possibilitou diagnosticar o enriquecimento de, principalmente, Pb e Zn, seguido do Cu e Cr, embora com um Índice de Geoacumulação de Classe 1, ou seja, pouco a moderadamente poluídos. Este parâmetro, associado aos sedimentares, contribui para identificação destes depósitos como tecnogênicos e, do moderado risco que representa à qualidade da água do Reservatório Santa Bárbara. Todos estes elementos tornaram possível a classificação destes depósitos como “depósitos tecnogênicos induzidos sedimentares estratificados aluviformes de ambiente urbano e também rural”.
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Identificação de depósitos tecnogênicos no reservatório Santa Bárbara, Pelotas (RS)

korb, Carina Cristiane January 2006 (has links)
Os depósitos tecnogênicos constituem-se como testemunhos materiais de ambientes antropizados e podem resultar de processos naturais modificados pelas formas de apropriação do espaço como, por exemplo, o assoreamento de corpos d’água produzido pelo Uso e Ocupação do Solo. A originalidade destes depósitos e sua época de ocorrência caracterizam um tempo geológico distinto, definido ainda informalmente por vários autores, de Tecnógeno ou Quinário. O principal objetivo deste trabalho é analisar as influências da ação humana na formação e constituição dos depósitos derivados do assoreamento, no Reservatório Santa Bárbara, localizada no município de Pelotas, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Para isto, foram feitos dois Mapas de Uso e Ocupação do Solo da bacia hidrográfica deste Reservatório, através de Classificação Supervisionada de imagem orbital, referente a duas épocas (1988, 2002). Esta classificação, através da quantificação de áreas, permitiu verificar mudanças espaço-temporais nas Classes mapeadas. Assim, em 1988, as Classes de Uso (Cobertura Vegetal: Mata e Campo) somavam 9903,6 hectares e, em 2002, 8313,2 hectares; e, as Classes de Ocupação (Área Urbanizada e Agricultura), 3242,3 hectares em 1988 e 4698,9 hectares no ano de 2002. Também foram realizadas análises de laboratório da coluna estratigráfica dos depósitos, a partir da coleta de testemunhos geológicos em áreas recentes de assoreamento, para obtenção da coloração dos grãos, de parâmetros texturais, da concentração de matéria orgânica, identificação de artefatos humanos e concentração de metais pesados (Pb, Cu, Cr, Zn). Os parâmetros texturais, associados à presença de artefatos humanos permitiram, em conjunto, verificar registros tecnogênicos nos testemunhos e, delimitar fases de menor e maior antropização. A concentração dos metais pesados nos sedimentos, associada aos Mapas de Uso e Ocupação, possibilitou diagnosticar o enriquecimento de, principalmente, Pb e Zn, seguido do Cu e Cr, embora com um Índice de Geoacumulação de Classe 1, ou seja, pouco a moderadamente poluídos. Este parâmetro, associado aos sedimentares, contribui para identificação destes depósitos como tecnogênicos e, do moderado risco que representa à qualidade da água do Reservatório Santa Bárbara. Todos estes elementos tornaram possível a classificação destes depósitos como “depósitos tecnogênicos induzidos sedimentares estratificados aluviformes de ambiente urbano e também rural”.
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Identificação de depósitos tecnogênicos no reservatório Santa Bárbara, Pelotas (RS)

korb, Carina Cristiane January 2006 (has links)
Os depósitos tecnogênicos constituem-se como testemunhos materiais de ambientes antropizados e podem resultar de processos naturais modificados pelas formas de apropriação do espaço como, por exemplo, o assoreamento de corpos d’água produzido pelo Uso e Ocupação do Solo. A originalidade destes depósitos e sua época de ocorrência caracterizam um tempo geológico distinto, definido ainda informalmente por vários autores, de Tecnógeno ou Quinário. O principal objetivo deste trabalho é analisar as influências da ação humana na formação e constituição dos depósitos derivados do assoreamento, no Reservatório Santa Bárbara, localizada no município de Pelotas, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Para isto, foram feitos dois Mapas de Uso e Ocupação do Solo da bacia hidrográfica deste Reservatório, através de Classificação Supervisionada de imagem orbital, referente a duas épocas (1988, 2002). Esta classificação, através da quantificação de áreas, permitiu verificar mudanças espaço-temporais nas Classes mapeadas. Assim, em 1988, as Classes de Uso (Cobertura Vegetal: Mata e Campo) somavam 9903,6 hectares e, em 2002, 8313,2 hectares; e, as Classes de Ocupação (Área Urbanizada e Agricultura), 3242,3 hectares em 1988 e 4698,9 hectares no ano de 2002. Também foram realizadas análises de laboratório da coluna estratigráfica dos depósitos, a partir da coleta de testemunhos geológicos em áreas recentes de assoreamento, para obtenção da coloração dos grãos, de parâmetros texturais, da concentração de matéria orgânica, identificação de artefatos humanos e concentração de metais pesados (Pb, Cu, Cr, Zn). Os parâmetros texturais, associados à presença de artefatos humanos permitiram, em conjunto, verificar registros tecnogênicos nos testemunhos e, delimitar fases de menor e maior antropização. A concentração dos metais pesados nos sedimentos, associada aos Mapas de Uso e Ocupação, possibilitou diagnosticar o enriquecimento de, principalmente, Pb e Zn, seguido do Cu e Cr, embora com um Índice de Geoacumulação de Classe 1, ou seja, pouco a moderadamente poluídos. Este parâmetro, associado aos sedimentares, contribui para identificação destes depósitos como tecnogênicos e, do moderado risco que representa à qualidade da água do Reservatório Santa Bárbara. Todos estes elementos tornaram possível a classificação destes depósitos como “depósitos tecnogênicos induzidos sedimentares estratificados aluviformes de ambiente urbano e também rural”.

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