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Ocorrencia de mercurio na Bacia do Rio Iguaçu, Estado do Parana, Brasil / Mercury occorrence at the Iguaçu River Basin, State of Parana, Brasil

Plawiak, Rafael Andre Belotto 27 April 2007 (has links)
Orientador: Bernardino Ribeiro de Figueiredo / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociencias / Made available in DSpace on 2018-08-10T08:33:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Plawiak_RafaelAndreBelotto_M.pdf: 1760939 bytes, checksum: 6d6ae1bb111b023ebe93295b829310da (MD5) Previous issue date: 2007 / Resumo: A anomalia geoquímica de mercúrio em sedimento de corrente da bacia hidrográfica do rio Iguaçu, Estado do Paraná, delimitada por um levantamento prévio de geoquímica regional, foi investigada através de determinações das concentrações do metal em rochas, solo e sedimento fluvial. O rio Iguaçu está inserido no contexto geológico da Bacia do Paraná e a porção correspondente ao alto vale, no município de Curitiba e vizinhanças, compreende rochas gnáissico-migmatíticas do embasamento cristalino (Arqueano-Proterozóico Inferior) e sedimentos pleistocênicos da Bacia de Curitiba. Na área de estudo ocorrem rochas vulcânicas da Formação Serra Geral, Grupo São Bento (Cretáceo) e folhelhos negros da Formação Irati, Grupo Passa Dois (Permiano-Triássico). Os teores de Hg foram determinados através de Espectrometria de Absorção Atômica por decomposição térmica com correção do efeito Zeeman. Foram obtidos teores de Hg em rochas vulcânicas (0,2 a 0,4 ng/g), folhelho negro (286 e 430 ng/g), solo (média de 103±57 ng/g, fração < 177 µm), sedimento fluvial (média de 37±18 ng/g, fração < 177 µm). Para caracterização química nas rochas e no solo, os teores de óxidos maiores e elementos traço foram determinados por Espectrometria de Fluorescência de Raios-X. A qualidade das águas do rio Iguaçu foi avaliada através de análises por Cromatografia de Íons, e revelou composições dependentes do fundo geológico a montante da região estudada e composições dependentes da ação antrópica (prováveis fontes de lançamento de esgotos domésticos e/ou efluentes industriais) na porção central da área de estudo. O elevado enriquecimento de Hg e dos valores de perda ao fogo em solo foram avaliados por cálculos de balanço de massa. Não foram reconhecidas fontes alternativas de origem antrópica de emissão de mercúrio na região, assim como a presença de rochas ricas em Hg em horizontes subjacentes, que pudessem ter atuado como fontes naturais, apesar de ocorrências históricas apontarem para a origem do metal em processos geogênicos. A cobertura vegetal pode ter favorecido esses processos, pois os maiores teores de Hg observados no vale do rio Iguaçu, tanto em solo quanto em sedimento, se concentram na porção central da área estudada, com predomínio de floresta atlântica preservada. Também foi possível concluir que o vale do rio Iguaçu não apresenta indícios de poluição ou riscos à saúde humana devidos ao mercúrio. As concentrações de mercúrio no sedimento do rio Iguaçu são comparáveis às encontradas em outras bacias hidrográficas brasileiras, consideradas normais e não contaminadas / Abstract: Mercury contents in rocks, soil and stream sediment were determined to investigate the origin of the geochemical anomaly found in sediments of the Iguaçu River, as indicated in previous studies of a regional geochemistry survey. Except for its headwaters in the Curitiba area, with Precambrian basement rocks and Pleistocenic sediments of the Curitiba Basin, the Iguaçu River lies across the Paraná Basin, comprising Paleozoic to Mesozoic sedimentary and volcanic rocks. In the study area, the geological units include basaltic and dacitic rocks of the Serra Geral Formation (Cretaceous) and black shale of the Irati Formation (Permian-Triassic). Total Hg was measured by thermal decomposition Zeeman corrected atomic absorption spectrometry in volcanic rocks (0.2 to 0.4 ng/g), black shale (286 and 430 ng/g), soil (average of 103±57 ng/g, grain size < 177 µm) and sediment (average of 37±18 ng/g, grain size < 177 µm). In order to characterize rocks and soil, bulk compositions were determined by X-ray fluorescence spectrometry. The quality of Iguaçu river water was evaluated by ion chromatography. These analyses revealed that the water in the eastern portion of the river is geologically influenced by interaction with crystalline rocks and, slightly polluted in the central portion probably due to sewerage discharge and/or industrial effluents. The elevated mercury and loss-on-ignition values enrichments in soil was assessed by mass balance calculation. No human-induced mercury inputs to the environment as well as subjacent mercury-rich rocks that could act as natural sources of the metal were observed, nevertheless the historical occurrences point out to a geogenic origin of the metal. The highest Hg levels in soil and sediment were observed at the central area with relatively preserved Atlantic Forest cover which may have contributed to these enrichment processes. During the present study no mercury pollution signal or public health risks were identified at the Iguaçu river basin. The mercury concentrations in the Iguaçu river sediment are similar to those found in other Brazilian hydrographic basins with normal and non-contaminated mercury levels / Mestrado / Geologia e Recursos Naturais / Mestre em Geociências

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