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Estudo fitoquimico e atividades biológicas de extratos de Goupia glabra aublet (Cupiúba)

Oliveira, Priscilla de Azevedo 02 August 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-22T22:02:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 PRISCILLA OLIVEIRA.pdf: 2800114 bytes, checksum: 0b6a9ea35227863ff51f73dff0623486 (MD5) Previous issue date: 2010-08-02 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The species Goupia glabra Aublet (Goupiaceae), popularly known as cupiúba is used in popular medicine against several diseases. Their barks are used as dental analgesic, as a vermifuge, to treat malaria, chickenpox and eczema. The leaves are used against syphilis, ocular disorders, migraine, smallpox and as healing. This study aimed to quantify the phenolic compounds and evaluate the antioxidant, inhibiting acetylcholinesterase, brine shrimp toxicity, antitumor and antimicrobial activities of extracts of leaves, thin and thick branches of cupiúba. The dry material was crushed and subjected to Soxhlet extraction using solvents in increasing order of polarity (hexane, ethyl acetate and methanol). The phytochemical screening was performed for different classes of metabolites, observed positive results for sterols in all extracts and terpenoids and some classes of flavonoids in the extracts obtained in ethyl acetate and methanol. The fractionation of the hexane extract of leaves (EHF) resulted in the isolation of a mixture composed by β-sitosterol and stigmasterol. From ethyl acetate extract of leaves (EAF) was isolated catechol, a simple phenol with restricted distribution in nature. The total phenolic content of extracts was determined using the Folin-Ciocalteau and the result was expressed as gallic acid equivalents (GAE). The antioxidant activity was assessed by the ability of capturing the stable radical 2,2-diphenyl-1-picrylhydrazyl (DPPH ), using quercetin as external standard, expressed as value of the effective concentration (EC50). We observed a positive correlation between total phenolics and EC50, ie as greater the amount of phenolics smaller is the EC50. The ethyl acetate extract of the leaves (EAF) presented the highest antioxidant potential [EC50 = 9.76 ± 0.42 μg/mL (quartz cuvette) and EC50 = 19.87 ± 0.31 μg/mL (microplate)]. The toxicity of the extracts was verified by bioassays with microcrustacea A. salina and expressed in percentual mortality of nauplius. Qualitative analysis of anticholinesterase activity was performed according to the method of Ellman (modified), presenting negative results. The antitumor activity was evaluated against four cell lines (leukemia, breast, colon and glioblastoma) using colorimetric analysis method based on conversion of salt 3-(4,5-dimethyl-2-thiazole)-2,5-diphenyl-2-H-tetrazonium bromide (MTT) into blue formazam by the method of Mossman. The best results were observed for the ethyl acetate extracts, especially for cells HCT-8 (colon) that ranged from 58.35 to 77.12%. The ethyl acetate extract obtained from thick branches (EAGg) showed values of IC50 = 13.73 μg/mL for strain HL-60 (leukemia). This extract was fractionated and the fraction EAGg5 showed the percentage of cell growth inhibition of 85.37 and 101.37% for the lines SF-295 (glioblastoma) and MDAMB-435 (breast), respectively. The antimicrobial activity was conducted using the minimum inhibitory concentration (MIC) that was determined by microdilution in Mueller-Hinton broth for bacteria (Bacillus subtilis, Staphylococcus aureus, Escherichia coli and Pseudomonas aeruginosa) and in liquid Sabouraud for fungi (Candida albicans, C. tropicalis and C. parapsilosis). All extracts showed some degree of bacterial and fungicidal activity, especially the ethyl acetate extracts which showed moderate inhibition of microbial growth. The effect of extracts on growth of protozoa in vitro study was evaluated with promastigotes of Leishmania amazonensis and epimastigotes of Trypanosoma cruzi. EAGg extract showed antiproliferative activity against both L. amazonensis and T. cruzi, with IC50 values of 86 and 40 μg/mL, respectively. The significant antioxidant, antitumor and antimicrobial activities observed in the extracts of cupiuba detaches its high potential for obtaining of biotechnological products. / A espécie Goupia glabra Aublet (Goupiaceae), denominada popularmente como cupiúba, é utilizada na medicina popular contra diversas doenças. Suas cascas são utilizadas como analgésico dentário, como vermífugo, no tratamento de malária, catapora e eczema. As folhas são utilizadas contra sífilis, doenças oculares, enxaqueca, varíola e como cicatrizante. O presente trabalho teve como objetivo quantificar compostos fenólicos e avaliar as atividades antioxidante, inibidora de acetilcolinesterase, toxicidade em Artemia salina, antitumoral e antimicrobiana de extratos de folhas, galhos finos e galhos grossos de cupiúba. O material seco foi triturado e submetido à extração em aparelho de Soxhlet com solventes de polaridade crescente (Hexano, AcOEt e MeOH). A prospecção fitoquímica foi realizada para diferentes classes de metabólitos, sendo observados resultados positivos para esteróis em todos os extratos, triterpenóides e algumas classes de flavonóides nos extratos obtidos em acetato de etila e metanol. O fracionamento do extrato em hexano de folhas (EHF) resultou no isolamento de uma mistura de β-sitosterol e estigmasterol. Do extrato em AcOEt de folhas (EAF) foi isolado o catecol, um fenol simples de distribuição restrita na natureza. O conteúdo de fenólicos totais dos extratos foi determinado utilizando o reagente de Folin-Ciocalteau e o resultado foi expresso em equivalentes de ácido gálico (EAG). A atividade antioxidante foi avaliada através da capacidade seqüestrante do radical estável 2,2-difenil-1-picrilhidrazil (DPPH ), utilizando quercetina como padrão externo, expressos como valores de Concentração eficiente (CE50). Foi observada uma correlação positiva entre os fenólicos totais e a CE50, ou seja, quanto maior a quantidade de fenólicos, menor a CE50. O extrato em AcOEt das folhas (EAF) foi o que apresentou maior potencial antioxidante [CE50=9,76 ± 0,42 μg/mL (cubeta) e CE50= 19,87 ± 0,31 μg/mL (microplaca)]. A toxicidade dos extratos foi verificada através de bioensaios com microcrustáceo A. salina e expressa em % de mortalidade das larvas. A análise qualitativa da atividade anticolinesterase foi realizada de acordo com o método de Ellman (modificado), com resultados negativos para inibição da enzima acetilcolinesterase. A atividade antitumoral foi avaliada contra quatro linhagens de células (leucemia, mama, cólon e glioblastoma) utilizando método de análise colorimétrica baseada na conversão do sal 3-(4,5-dimetil-2-tiazol)-2,5-difenil-2-H-brometo de tetrazonium (MTT) em azul de formazam segundo o método de Mossman. Os melhores resultados foram observados para os extratos obtidos em AcOEt, principalmente para células HCT-8 (cólon) que variaram de 58,35 a 77,12%. O extrato obtido em AcOEt dos galhos grossos (EAGg) apresentou valor de CI50 = 13,73 μg/mL para a linhagem HL-60 (leucemia). Esse extrato foi fracionado e a fração EAGg5 apresentou percentual de inibição de crescimento celular de 85,37 e 101,37% para as linhagens SF-295 (glioblastoma) e MDAMB-435 (mama), respectivamente. A avaliação da atividade antimicrobiana foi realizada pelo método da concentração inibitória mínima (MIC) que foi determinada pela técnica da microdiluição em caldo Müeller-Hinton para bactérias (Bacillus subtilis, Staphylococcus aureus, Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa) e em meio líquido Sabouraud para fungos (Candida albicans, C. tropicalis e C. parapsilosis). Todos os extratos demonstraram algum grau de atividade bacteriana e fungicida, com destaque para os extratos obtidos em AcOEt que apresentaram inibição moderada de crescimento microbiano. Para avaliar o efeito dos extratos no crescimento dos protozoários foi realizado estudo in vitro com formas promastigotas de Leishmania amazonensis e epimastigotas de Trypanosoma cruzi. O extrato EAGg mostrou atividade antiproliferativa, tanto contra L. amazonensis quanto para T. cruzi, com valores de IC50 de 86 e 40 μg/mL, respectivamente. A significativa atividade antioxidante, antitumoral e antimicrobiana observada nos extratos de cupiúba destaca seu elevado potencial para a obtenção de produtos biotecnológicos.

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