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O Pasquim em tempos de abertura política (1978-1980): uma análise das grandes entrevistas / O Pasquim in times of politics opening (1978-1980): an analysis of the great interviewsAymoré, Léa Mattosinho [UNESP] 13 July 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-07-13 / O Pasquim, periódico semanal de enorme sucesso desde seu lançamento em junho de 1969, apenas seis meses após o estabelecimento do AI-5, foi de extrema importância para toda uma geração. Pois com seu humor inteligente promovia uma reflexão crítica sobre a realidade brasileira, além de ser porta voz de uma série de mudanças comportamentais pelas quais passava a nossa sociedade entre os anos de 1960 e 1970. Sobreviveu à censura prévia com o apoio da maior parte da intelectualidade carioca, a chamada “esquerda festiva”, responsável também por sua criação e se manteve independente por mais de uma década até perecer economicamente na primeira metade dos anos 1980. Esta pesquisa teve como objetivo analisar O Pasquim como fonte e objeto de estudo, entre os anos de 1978 e 1980, período de abertura política, em que o jornal funcionou sem uma censura prévia, e afirmou seu caráter contestador em cada edição, apoiando a campanha pela anistia, denunciando abusos e defendendo uma maior transparência por parte das instituições nacionais, lançando as bases do que seria uma das principais características da imprensa no período de redemocratização. O primeiro capítulo analisou o contexto histórico de criação e funcionamento do Pasquim em seus mais diversos aspectos políticos, econômicos, sociais, institucionais e culturais. O capítulo seguinte situou o jornal no contexto de funcionamento da imprensa alternativa, sendo o semanário um dos mais significativos representantes do setor. Por fim, o terceiro e último capítulo desenvolveu uma análise das grandes entrevistas, parte fundamental do jornal desde sua primeira edição. As grandes entrevistas, geralmente extensas, contribuíram para a inovação da linguagem jornalística e publicitária tamanha a informalidade com que eram realizadas e publicadas, geralmente na integra, transmitindo um clima de intensa familiaridade, que aproximava o leitor dos entrevistados. Esse modo totalmente inovador de realização e publicação de entrevistas foi revolucionário e intensamente imitado por inúmeros outros jornais e revistas da época, tornando O Pasquim um jornal influente não apenas por seu conteúdo, mas também por sua forma. / O Pasquim, weekly newsletter of huge success since its launch in June 1969, only six months after the AI-5 promulgation, was extremely important for a generation. For with his intelligent humor promoting a critical reflection on the Brazilian reality, in addition to being spokesman of a series of behavioral changes that passed our society between 1960 and 1970. He survived to prior censorship with the support of most of the Rio intelligentsia, the "festive left", also responsible for its creation and has remained independent for over a decade to economically perishing in the first half of the year 1980. This study aimed to analyze O Pasquim as the source and object of study, between the years 1978 and 1980, political opening period, in which the newspaper ran without prior censorship, and stated his maverick character in each edition, supporting the campaign for amnesty, denouncing abuses and advocating greater transparency by national institutions, laying the foundation of what would be a major feature of the press in democracy period. The first chapter examines the historical context of creation and functioning of the O Pasquim in its various political, economic, social, institutional and cultural. The next chapter placed the newspaper in the alternative press operating environment, and the weekly one of the most significant representatives of the sector. Finally, the third and final chapter has developed an analysis of great interviews, key part of the newspaper since its first edition. The great interviews, usually extensive, contributed to the innovation of journalistic and advertising language such informality with which they were carried out and published, usually full, conveying an atmosphere of intense familiarity, which approached the reader of respondents. This completely new way of conducting and publishing interviews was revolutionary and intensely imitated by numerous other newspapers and magazines of the time, making O Pasquim an influential newspaper not only for its content but also by its shape.
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