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O BarÃo da Caridade: a morte de Guilherme Studart e a invenÃÃo de uma vida exemplar (1856-1938)Pedro Holanda Filho 00 November 2018 (has links)
nÃo hà / Esta dissertaÃÃo discute a historicidade da prÃtica da caridade como uma
sensibilidade na experiÃncia da morte a partir da atuaÃÃo de Guilherme Chambly Studart
(1856-1938). Conhecido como o BarÃo de Studart, foi um personagem bastante relevante no
cenÃrio intelectual e polÃtico cearense da virada do sÃculo XIX para o XX, e se destacou por
sua aÃÃo caritativa. MÃdico, historiador, intelectual, catÃlico, foi fundador e membro de
inÃmeras instituiÃÃes como o Instituto HistÃrico do Cearà e Sociedade SÃo Vicente de Paulo
(cuja atuaÃÃo lhe rendeu o tÃtulo de BarÃo pela Santa SÃ). Preocupado com a morte durante
toda a vida, e em praticar a caridade, elaborou uma imagem prÃpria de homem exemplar, a
partir da produÃÃo de um arquivo de si, sendo caracterizado como caridoso, intelectual,
devoto e patriota. O argumento da dissertaÃÃo, a partir da atuaÃÃo do BarÃo de Studart, Ã que a
prÃtica da caridade diante da morte era um componente das relaÃÃes sociais do perÃodo. A
afirmaÃÃo tem base no estudo dos testamentos, documentos privilegiados para exposiÃÃo de
sensaÃÃes e sentimentos, nos quais se percebeu uma sensibilidade mais latente: a caridade.
Para essa reflexÃo, o trabalho se referencia nas discussÃes sobre a histÃria das sensibilidades,
pensando a morte de forma relacional ao tempo histÃrico, como forma de agir, pensar, ser e
estar no mundo. O acervo de Guilherme Studart, nesse sentido, Ã bastante produtivo, contando
com fotografias, documentos, cartas e livros. Esse acervo, somado ao seu testamento Ã
entendido aqui como um ato autobiogrÃfico. Deste modo, o trabalho foi recortado a partir da
vida de Guilherme Studart, entendendo-o com alguÃm que operacionalizava a caridade no seu
tempo, nÃo interessado no fim da pobreza, mas em aÃÃes paliativas que proporcionam
conforto momentÃneo, que justifiquem a riqueza material de alguns e demonstre como aquele
que pratica a caridade à bondoso e necessÃrio para o funcionamento da engrenagem social. / This dissertation discusses the historicity of charity as a form of sensibility
through the experience of death based on the actions of Guilherme Chambly Studartâs (1856-
1938). Known as the BarÃo de Studart, he was a relevant player in the political and
intellectual landscape in Cearà between the late XIXth and early XXth century. Physician,
historian, intellectual, Catholic, Studart was a founder and member of many institutions such
as the Historical Institute of Cearà and the SÃo Vicente de Paulo Society (whose experience
resulted in the title of baron by the Catholic Church). Concerned about death throughout his
whole life, Studart created a self-image of an exemplary man by practicing charity and
producing his own personal archive, which framed him as a charitable, intellectual, devout
and patriot man. I argue, based on Studartâs life reveals, that charity before death was a
component of social relationships in the studied period. The argument is based on the study of
wills, documents meant for the exhibition of emotions in which charity played a major role.
This reflection focuses on the history of sensibilities thinking revolving around death, which
is definitive of the time and demonstrated a way of acting, thinking and being. Studartâs
personal archive, in this sense, is fruitful, containing with photos, personal documents, letters,
and books. With his will, the archive is understood as an autobiographic act. Therefore, this
dissertation follows Guilherme Studartâs life, seeing him as a person who practiced charity in
his time, with no interest in ending poverty, but doing palliative actions which gave
momentary comfort, justifying the wealth of some and showing that those who practice
charity were essential cogs in the wheel of society.
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Arquivo de si e do Ceará: a coleção e a escrita de Guilherme Studart (1892-1938) / Archive of himself and of Ceará: the collection and writing of Guilherme Studart (1892-1938)Batista, Paula Virgínia Pinheiro January 2014 (has links)
BATISTA, Paula Virgínia Pinheiro. Arquivo de si e do Ceará: a coleção e a escrita de Guilherme Studart (1892-1938). 2014. 277f. – Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em História Social, Fortaleza (CE), 2014. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2014-09-02T17:12:07Z
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Previous issue date: 2014 / Guilherme Studart, that made his representation as an intellectual and learned person, wrote works of reference for the historiography of Ceará, and was recognized by his compeers, partly due to the formation of the "Studart Collection". Thus, his history is linked to the constitution of his heritage. The aim of this paper is to analyze his personal archive, thinking about the means of acquisition and about the formation of the memory of its owner about himself. Also, we investigate the means of production, printing, circulation and reception of writers and books in Fortaleza, based on knowledge institutions and on the correspondence exchange promoted by Studart in those institutions. In those correspondence, several intellectuals comment on the difficulties of writing, publication and circulation of their works, and report its "appropriation" of national and international writers and books. / Guilherme Studart, que construiu sua representação como intelectual e erudito, escreveu obras de referência para a História do Ceará, sendo, em parte, reconhecido por seus pares devido à formação da “Coleção Studart”. Dessa forma, sua trajetória está atrelada à constituição do seu acervo. O objetivo deste trabalho é analisar seu arquivo privado, refletindo sobre os modos de aquisição da coleção e sobre a constituição da memória do proprietário da coleção sobre si mesmo. Buscamos também investigar aspectos concernentes à produção, circulação e recepção de autores e livros na cidade de Fortaleza a partir de instituições de saber e do intercâmbio epistolar promovido por Guilherme Studart nessas associações. Esses aspectos podem ser percebidos nas correspondências trocadas entre Guilherme Studart e diversos intelectuais que comentam sobre as dificuldades de escrita, publicação e circulação de suas obras, além de relatarem suas “apropriações” de autores e livros em âmbito nacional e internacional.
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