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Alterações neurocognitivas por comprometimento subcortical em pacientes com HIV / AIDS em uma região do sul do Brasil

Pinheiro, Cezar Arthur Tavares 24 June 2016 (has links)
Submitted by Cristiane Chim (cristiane.chim@ucpel.edu.br) on 2016-10-04T17:14:34Z No. of bitstreams: 1 CEZAR ARTHUR TAVARES PINHEIRO.pdf: 2225740 bytes, checksum: 65a9a14adfb1aef3b76862e9eb428c57 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-10-04T17:14:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1 CEZAR ARTHUR TAVARES PINHEIRO.pdf: 2225740 bytes, checksum: 65a9a14adfb1aef3b76862e9eb428c57 (MD5) Previous issue date: 2016-06-24 / Introduction: Neurocognitive Impairment is frequent in patients infected with Human Immunodeficiency Virus (HIV), secondary to the virus's compromise of the subcortical brain structures. Its manifestations range from asymptomatic impairment to dementia. In addition to cognitive impairment resulting from HIV infection, other factors such as depression are associated with the loss of cognitive functions. Objectives: The aim of this study was to estimate the prevalence of Neurocognitive Impairment in HIV-positive patients in a city in southern Brazil and to establish possible associations with HIV-related and other risk factors. Methods: A cross-sectional study was conducted with HIV-positive outpatients in a specialized care service in the city of Pelotas, southern Brazil. Sociodemographic data and HIV-related information were collected, and all patients underwent psychiatric and neurocognitive evaluations. Results: Paper 1: The prevalence of Neurocognitive Impairment among the 392 patients was 54.1% when tracked using the International HIV Dementia Scale and 36.2% when was associated with a battery of complementary tests. Bivariate analysis suggested an association between Neurocognitive Impairment and gender, age, educational level, depression, current CD4 count (lymphocyte T-4 cells) and lowest CD4 count. The association with depression remained in the Poisson regression (PR=1.96, 95% CI=1.12–3.42). Paper 2: 114 were aged 50 years and above. Characteristics with significant differences between the older and younger HIV-infected patients included skin color, comorbidities, time of diagnosis, duration of use of and adherence toantiretroviral therapy (ART), currently undetectable viral load, and cognitive disorders. Compared with younger patients, older patients were at a higher risk of exhibiting cognitive disorders [OR 2.28 (95 % CI 1.35-3.82, p = 0.002)] and showed increased adherence to ART [OR 3.11 (95 % CI 1.67-5.79, p< 9 0.001)]. Conclusions: The prevalence of cognitive impairment in HIV-positive patients estimated in this study is in accordance with international and Brazilian data. In the present study, the prevalence of these disorders was significantly higher in patients aged 50 years and above. Despite this higher prevalence, older patients exhibited higher adherence to ART and better control of their HIV viral loads. Of the factors analyzed, depression showed the greatest evidence of association with neurocognitive loss. / Introdução: Em portadores do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), alterações neurocognitivas secundárias ao acometimento de estruturas encefálicas subcorticais pelo vírus são frequentes; suas manifestações variam desde alterações assintomáticas até demência. Além das alterações cognitivas decorrentes da infecção pelo HIV, outros fatores estão associados à perda de funções cognitivas nestes pacientes. Entre estes fatores, a depressão. Objetivo: Este estudo teve como objetivo estimar a prevalência de alterações neurocognitivas em pacientes portadores de HIV em uma cidade do sul do Brasil e estabelecer possíveis associações com variáveis relacionadas à infecção pelo vírus e a outros fatores. Métodos: Foi realizado um estudo transversal com portadores do HIV atendidos ambulatorialmente no Serviço de Assistência Especializada (SAE) da cidade de Pelotas, sul do Brasil. Dados sócio-demográficos e informações relacionadas à infecção pelo HIV foram coletados, todos pacientes submeteram-se a avaliação psiquiátrica e neurocognitiva. Resultados: A prevalência de alterações neurocognitivas entre os 392 pacientes foi de 54,1% quando rastreada pela Escala Internacional de Demência por HIV (IHDS) e de 36,2%, quando se associou ao IHDS uma bateria de testes complementares. Artigo1: A análise bivariada sugeriu associação de perda neurocognitiva com sexo, idade, escolaridade, depressão, CD4 atual e nadir de CD4 (menor CD4 que o paciente apresentou). Na Regressão de Poisson manteve-se a associação com depressão (RP=1,96, IC95%=1,12–3,42). Artigo2: 114 pacientes apresentaram idade maior ou igual a 50 anos. As características que foram estatisticamente diferentes nos pacientes com HIV idosos comparados aos portadores mais jovens foram: cor da pele, presença de comorbidades, tempo de diagnóstico, carga 7 viral (CV) indetectável atual, presença de alterações cognitivas, tempo de uso e adesão à Terapia Antirretroviral (TARV). Os pacientes mais velhos apresentaram maior chance de apresentar alterações cognitivas RO 2,29 (IC 95% 1,39-3,78 p<0,01) e de serem mais aderentes ao uso da terapia antirretroviral RO 2,18 (IC95%1,22-3,89 p<0,01) do que os mais jovens. Conclusões: A prevalência de alterações cognitivas em PVHA (Pessoas vivendo com HIVAIDS) estimada neste estudo está em concordância com dados internacionais e brasileiros e foi significativamente maior em pacientes com idade igual ou superior a 50 anos. A depressão foi o fator analisado que mostrou maior evidência de associação com perda neurocognitiva. Os pacientes idosos apresentaram maior adesão à TARV, com melhor controle da carga viral do HIV.

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