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OS Espaços de Transmissão da Hanseníase: Domicílio, Trabalho e Relações de Vizinhança.

MADEIRA, E. S. 13 April 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-30T10:40:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_2502_2004_Elizabeth Santos Madeira.pdf: 2651732 bytes, checksum: 979e10c2313d9a9f9720856dbee0ee3f (MD5) Previous issue date: 2006-04-13 / A hanseníase no Espírito Santo teve um decréscimo acentuado na sua taxa de prevalência, mas não igualmente na taxa de detecção, demonstrando que as intervenções realizadas, apesar de terem melhorado a qualidade dos serviços, não conseguiram ainda impactar o ciclo de transmissão da doença na população, necessitando de novas intervenções. Esta pesquisa objetiva explorar os diversos espaços de transmissão da hanseníase: o domicílio, o trabalho e as relações de vizinhança, no município de Vitória-ES. Para isso, utiliza dois estudos tipo ecológico e um exploratório. No primeiro deles, realiza a distribuição espacial dos casos de hanseníase no município e calcula os coeficientes médios de detecção e também de detecção <15 anos em cada território de saúde. Na segunda etapa, estudo exploratório, investiga o ambiente de trabalho, divulgando sinais e sintomas da hanseníase e examinando os suspeitos. Faz também, por meio de estudo ecológico, comparação entre dois grupos de pacientes: da zona urbana (Vitória) e da zona rural (ES), para analisar a contribuição do fator trabalho na transmissão da hanseníase. O resultado do estudo das relações sociais demonstrou uma distribuição dos casos de hanseníase por todas as regiões do município de Vitória, com maior concentração espacial na da Grande São Pedro, nos territórios de São Pedro V, Resistência, Santo André. A região foi responsável por 32,5% dos casos de hanseníase em Vitória. Outra área de concentração pertence aos limites dos bairros de Maria Ortiz e Jabour, na região Continental. São espaços de ocupação recente da ilha de Vitória, 1980-1990, e, em comum, possuem história de invasão por migrantes que se localizaram em palafitas sobre área de aterro sanitário. Os coeficientes médios de detecção demonstraram que as áreas de maior risco de transmissão da hanseníase são quatro territórios hiperendêmicos 1 (coeficiente de detecção 10/10000 habitantes), onde vivem 8,9% da população, com proporção média de 33,96% dos casos de hanseníase de Vitória: São Pedro V, Resistência, Santo André e Jabour. A superposição de um índice de carência social sugere relação da hanseníase com condição socioeconômica precária. O estudo do perfil dos pacientes identificou que são de meia-idade, predominantemente mulheres, residentes em Vitória há mais de cinco anos, com baixa condição socioeconômica, a maioria paucibacilares e que têm acesso fácil aos serviços de saúde. A média de idade de 39 anos e 6 meses sugere período de incubação longo e remete às dificuldades dos serviços de saúde em identificar a fonte de infecção e desenvolver ações que sejam efetivas para o controle da endemia. No rastreamento de casos em ambientes de trabalho, foram identificados três casos novos, em um único local, concluindo pela pertinência dessa abordagem. Na comparação entre grupos urbano e rural, foi encontrada diferença estatisticamente significativa no modo de detecção do caso, com a descoberta de caso, via exame de contato, no grupo da zona urbana maior do que no grupo da zona rural que serviu de controle, demonstrando a participação tanto da transmissão familiar quanto da extradomiciliar no fenômeno de adoecimento dos membros de uma família, o que sugere ser conseqüência da urbanização acelerada das últimas décadas no Espírito Santo, que gerou aglomerações nas periferias das grandes cidades, caracterizadas por várias famílias ligadas por laços consangüíneos, habitando o mesmo quintal, inter-relacionando-se e também com outros indivíduos, em diversos espaços possíveis de transmissão (trabalho, rede social). O conjunto dos resultados sugere que a miséria e a conseqüente exclusão social constituem importante elo na teia de causalidade da doença. Em Vitória, muitos indivíduos expostos a um risco baixo estão gerando mais casos do que poucos indivíduos expostos a um alto risco de adoecer. Estratégias destinadas à população em geral e aos profissionais de saúde têm sido mais efetivas na descoberta de novos casos de hanseníase do que o exame de contato normatizado pelo Ministério da Saúde, que não deve ser esquecido, mas que não pode se constituir, em Vitória, atividade prioritária na busca de novos casos de hanseníase, em detrimento das estratégias populacionais.

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