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Polimorfismo do gene MBL2 em pacientes com hepatite C sua relação com o tratamento antiviral e o desenvolvimento de marcadores sorológicos de autoimunidade tiroidianaMontenegro de Melo, Francisco 31 January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / O polimorfismo no éxon 1 do gene da lectina ligadora de manose (MBL2) altera os níveis
séricos e a funcionalidade desta lectina (MBL), que é um componente da imunidade natural, e
poderia estar envolvida na susceptibilidade e no tipo de resposta ao tratamento da hepatite C
crônica.O interferon alfa peguilado (IFNα-peg) associado à ribavirina (RIBA) melhorou a
resposta terapêutica de pacientes infectados pelo vírus da hepatite C (HCV), embora de modo
não satisfatório. Estudos de fatores relacionando a resposta terapêutica não sustentável podem
indicar novas estratégias de tratamento. A infecção pelo o HCV e seu tratamento com IFNα-
peg/ RIBA são relacionados aos marcadores sorológicos de autoimunidade tireoidiana (AAT).
A deficiência de MBL está associada ao desenvolvimento de doenças autoimunes. Neste
estudo verificamos a associação entre o polimorfismo do MBL2 com o HCV e a resposta ao
seu tratamento. Verificamos também, a associação entre o HCV, seu tratamento combinado e
genótipos virais com AAT. Participaram deste estudo 162 pacientes infectados pelo o HCV,
sendo 111 tratados com IFNα-peg/RIBA e 51 não tratados atendidos no Serviço de
Gastrohepatologia do Hospital Universitário Oswaldo Cruz da Universidade de Pernambuco
Brasil e, 232 voluntários sadios. Entre os pacientes, 65 indivíduos tinham a carga viral
disponível após o término do tratamento, e foram classificados em respondedores virológicos
(n=37) e não respondedores virológicos (n=28). O polimorfismo do MBL2 foi determinado
por PCR em tempo real e classificou o alelo selvagem (A) e os polimórficos (0). Pacientes e
controles foram testados para anticorpos anti-peroxidase tireoidiana e anti-tireoglobulina. A
freqüência do polimorfismo para MBL2 foi mais alta nos pacientes infectados pelo HCV do
que nos indivíduos sadios (p=0,01; OR=4,44; IC 0,56-10,06). Os genótipos minoritários
A0/00 não foram mais freqüentes no grupo que respondeu ao tratamento (p=0,1146; OR 2,54;
IC 0,83 -7,87). A ocorrência de AAT foi de 11,1% (n=18) nos pacientes (n=162), de 11,7%
(n=13) nos pacientes após o tratamento (n=111) e de 9,8% (n=5) nos pacientes não tratados
(51). Estes dados mostraram correlação positiva quando pacientes com AAT tratados (p=
0,01; OR 5,35; IC 1,41-9,89) e sem tratamento específico (p=0,0474; OR 4,38; IC 0,81-29,08)
foram comparados com voluntários. Comparando os grupos de pacientes, não encontramos
diferenças nas freqüências de AAT (p=0,928; OR 1,22; IC 0,38-4,63). A presença de AAT
nos pacientes com o HCV não foi maior no sexo feminino (p=0,0801; OR 2,91; IC 0,91-10,9).
A chance do genótipo 1 do HCV estar relacionado à AAT foi 3,42 vezes maior do que a do
genótipo 3 (p= 0,14; OR 3,42; IC 0,71-3,24). Os pacientes infectados pelo HCV e com AAT
positivos (n=18) apresentaram uma elevada freqüência do polimorfismo do MBL2 (22%)
comparando com aqueles sem AAT (10%) (n=144), entretanto esta diferença não foi
significativa (p= 0,1196; OR 2,65; IC 0,56 10,06). O polimorfismo estrutural do MBL2 foi
associado à infecção pelo HCV, indicando que a MBL poderia ter um papel na imunidade
inata contra este vírus. A deficiência de MBL parece não influenciar a resposta ao tratamento
do HCV, embora uma população maior de pacientes deva ser estudada. O sexo feminino não
foi confirmado como importante fator de risco de desenvolvimento de AAT nos pacientes de
HCV. O HCV parece ser um fator importante no desenvolvimento de autoimunidade
tireoidiana, independente da terapia combinada. O polimorfismo do gene MBL2 parece não
estar associado com o desenvolvimento de AAT nos pacientes de HCV, entretanto devido ao
reduzido número de pacientes infectados pelo HCV com AAT (n=18) esta observação não
pode ser considerada definitiva
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