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Determinação de metabólitos esteroidais para estudo da função ovariana no bicho preguiça (Bradypus variegatus)Mühlbauer Carvalho, Mônica January 2004 (has links)
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Previous issue date: 2004 / Este trabalho teve por objetivo investigar em preguiças (Bradypus variegatus)
mantidas em cativeiro, os níveis de estradiol (E2) e progesterona (P4), através da
monitorização fecal de metabólitos destes esteróides, visando obter informações do
ciclo estral e da função ovariana nestes animais. Quatro preguiças fêmeas,
aparentemente saudáveis, fornecidas pelo IBAMA, foram estudadas. Cada uma
exibiu um perfil qualitativo diferenciado: preguiça (PG) 1 (PG1), 3,3 ± 0,1Kg,
mostrava-se dócil; PG2, 3,3 ± 0,1Kg, mostrava-se indiferente, sendo trazida pelo
IBAMA com filhote desgarrado da mãe, o qual foi a óbito no mesmo dia da chegada;
PG3, 2,6 ± 0,4Kg, dócil; PG4, 3,9 ± 0,2Kg, apresentava comportamento agressivo.
Após período de uma semana de adaptação ao cativeiro, foram monitorizadas,
mantidas em biotérios individuais, por cerca de doze semanas. Durante este
período, foram avaliadas, diariamente, quanto ao padrão de defecação e,
semanalmente, quanto à variação de peso corporal e temperatura retal. A dosagem
dos metabólitos fecais do E2 e da P4 foi realizada pela técnica de radioimunoensaio
(RIE) em fase sólida, utilizando kits desenvolvidos para avaliação quantitativa do E2
e da P4 no soro humano. Estes kits foram validados para uso em fezes de preguiças
através de método de paralelismo de matriz depletada. A validação da técnica de
RIE, para dosagem de metabólitos fecais em preguiças, foi realizada através de
coletas de amostras sangüíneas, via punção venosa, obtidas sempre no mesmo dia
da defecação do animal. Os resultados mostraram correlação direta significativa
entre os níveis plasmáticos e fecais do E2 (p<0.05, teste de Pearson), validando esta
técnica para análise do ciclo estral desses animais. As preguiças defecavam, em
média, duas vezes por semana, em dias alternados, diferindo dos dados da
literatura. Das quatro preguiças monitorizadas, foi detectada presença de ovulação
em duas, PG3 e PG4, sendo que, na PG4, os níveis dos metabólitos fecais do E2 e
da P4 apresentavam-se elevados em relação às demais. Concluídas as coletas
fecais e dosagens hormonais, os animais permaneceram sob observação nos
biotérios para serem liberados pelo IBAMA, sendo constatado que a PG4 pariu um
filhote hígido, o que, provavelmente, poderia justificar os altos níveis dos metabólitos
hormonais encontrados nesta fêmea. Este trabalho, pioneiro em preguiças
(Bradypus variegatus), testou e validou uma técnica não-invasiva amplamente
utilizada em outros mamíferos, possibilitando, o estudo da sua função ovariana,
abrindo perspectivas para futuros estudos do ciclo estral deste interessante animal
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