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Frederico Carlos Hoehne (1882-1959) e a flora medicinal brasileira: a pesquisa botânica na cidade de São Paulo no início do século XX / Medicinal plants research in São Paulo: contributions of Frederico Carlos Hoehne (1882-1959)

Molina, Ariel de Andrade [UNESP] 15 July 2016 (has links)
Submitted by ARIEL DE ANDRADE MOLINA null (ariel.molina_agroeco@yahoo.com.br) on 2016-09-09T19:15:59Z No. of bitstreams: 1 dissertação ariel final com ficha.compressed.pdf: 2719284 bytes, checksum: 397b70dd9ffa49ae25f8b1d60a5de550 (MD5) / Approved for entry into archive by Juliano Benedito Ferreira (julianoferreira@reitoria.unesp.br) on 2016-09-13T13:32:57Z (GMT) No. of bitstreams: 1 molina_aa_me_bot.pdf: 2719284 bytes, checksum: 397b70dd9ffa49ae25f8b1d60a5de550 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-09-13T13:32:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1 molina_aa_me_bot.pdf: 2719284 bytes, checksum: 397b70dd9ffa49ae25f8b1d60a5de550 (MD5) Previous issue date: 2016-07-15 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / O universo que abrange o conhecimento e o estudo das plantas medicinais pelo homem é complexo. Muitos botânicos e médicos se ocuparam ao longo do tempo estudando e utilizando plantas medicinais. No Brasil, na virada do século XX, alguns cientistas foram protagonistas dos processos de mudanças institucionais que ocorriam, em especial na cidade de São Paulo. Uma figura menos conhecida no estudo das plantas medicinais do que em outras áreas da Botânica, Frederico Carlos Hoehne (1882 – 1959), deixou um legado de obras valiosíssimas para a Ciência. Esta pesquisa tem por objetivo traçar um esboço geral da tradição científico-cultural do estudo e pesquisa de plantas medicinais no Brasil, utilizando as questões presentes na obra de Hoehne como base histórica e orientação temática. No desenvolvimento deste trabalho foram utilizados procedimentos metodológicos presentes na Etnobotânica Histórica. Para tanto, foram levantados documentos, publicações e iconografias de Hoehne arquivadas pelos Institutos por onde trabalhou na cidade de São Paulo, que evidenciam o seu pensamento sobre Botânica aplicada a plantas medicinais. Interesses pessoais e profissionais de Hoehne acerca do assunto também são discutidos. Hoehne iniciou sua carreira como botânico no Rio de Janeiro em 1907 e, ao se mudar para São Paulo em 1917, teve a oportunidade de trabalhar ao lado de Vital Brasil e Arthur Neiva e publicar estudos etnográficos envolvendo plantas medicinais. Essas publicações foram resultado de sua atuação na Seção de Botânica do Instituto Butantan. A produção de plantas medicinais pelo Horto Oswaldo Cruz e o processamento de fitofármacos por químicos e médicos foram os principais focos da atuação de Hoehne. Ao longo de sua trajetória, a Seção de Botânica sofreria mudanças físicas e administrativas, migrando para o Museu Paulista em 1923 e ainda rebatizada como Seção de Botânica e Agronomia, quando foi transferida para a criação do Instituto Biológico em 1927. Em meados da década de 1930, Hoehne iniciou seu trabalho que consistia em formular um dicionário de plantas medicinais, publicado em 1939, e que continua sendo utilizado por pesquisadores da área. A Seção de Botânica e Agronomia do Instituto Biológico ganhou autonomia em 1938 com a fundação do Departamento de Botânica do Estado de São Paulo, que foi renomeado em 1942 como Instituto de Botânica. Com o crescente desenvolvimento das indústrias farmacêuticas e interesse dos sistemas médicos pela fitoterapia, novos grupos de pesquisa começaram a surgir a partir da segunda metade do século XX. Esses pesquisadores se beneficiaram diretamente de contribuições deixadas por Hoehne. Suas obras possuem grande valor para o estudo da Botânica pura e aplicada até hoje e oferecem material relevante de pesquisa para a Etnobotânica de plantas medicinais em seus mais variados aspectos. A cronologia organizada e apresentada no presente trabalho mostra em que medida Hoehne impulsionou a pesquisa envolvendo a Botânica aplicada a plantas medicinais no Brasil e como sua obra pode ser mais bem aproveitada por essa sistematização. Há afinidade do pensamento de Hoehne com o que é previsto e recomendado nas pesquisas com plantas medicinais da atualidade, podendo ser explorados, posteriormente, estudos seguindo diferentes eixos temáticos de suas publicações como horticultura e fruticultura indígena, paisagismo e silvicultura de nativas e educação ambiental. / The universe that encompasses the knowledge and study of medicinal plants by humans is complex. Many botanists and doctors busied themselves over time by studying and using medicinal plants. In Brazil, at the turn of the twentieth century some scientists were protagonist of institutional change processes taking place in Brazil, especially in São Paulo. A figure less known in the study of medicinal plants than other areas of Botany, Frederico Carlos Hoehne (1882 - 1959) left a legacy of priceless works for Science in Brazil. This work aims to draw a general outline of the scientific and cultural tradition of study and research of medicinal plants in Brazil, using the present issues in the work of Hoehne as a historic base and thematic orientation. To develop this work methodological procedures used were present in the Historic Ethnobotany, where documents were raised, publications and iconography Hoehne filed by institutes in now in the city of São Paulo, which show his thoughts on Botany applied to medicinal plants. Personal interests and Hoehne professionals about medicinal plants are also discussed. Hoehne began his career as a botanist in Rio de Janeiro in 1907, and moved to São Paulo in 1917 had the opportunity to work alongside Vital Brazil and Arthur Neiva and publish ethnographic studies of medicinal plants. These publications were the result of its operations in Botany Section of the Butantan Institute. The production of medicinal plants by Horto Oswaldo Cruz and processing of pesticides by chemists and physicians was the main focus of Hoehne of action. Throughout its history the Botany Section suffer physical and administrative changes, migrating to the Museu Paulista in 1923 and even renamed Section of Botany and Agronomy when we moved to the creation of the Biological Institute in 1927. In the mid-1930s, Hoehne began working from a dictionary of medicinal plants which was published in 1939, which is still used today by researchers in the field of medicinal plants. The Biological Institute Botany and Agronomy Section gained autonomy in 1938 with the founding of the Department of State of São Paulo Botany, which was renamed in 1942 as the Institute of Botany. With the increasing development of pharmaceutical and greater interest of medical systems by herbal medicine, new research groups began to emerge from the second half of the twentieth century. These researchers have benefited directly from contributions left by Hoehne. The Hoehne works have great value for the study of Botany pure and applied until today, and offer relevant research material for Ethnobotany of medicinal plants in its various aspects. The organized and presented in this work chronology shows to what extent Hoehne boosted research involving Botany applied to medicinal plants in Brazil, and how its work can be better utilized for this systematization. Is there an affinity of thought Hoehne with what is predicted and recommended in research with medicinal plants today, and can be further explored studies following different themes of his publications as horticulture and indigenous fruit growing, landscaping and forestry native and environmental education.
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Alexandre Rodrigues Ferreira e seus estudos das plantas do norte e centro-oeste do Brasil

Oliveira, Patrícia Paula de 10 February 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T14:16:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Patricia Paula de Oliveira.pdf: 553874 bytes, checksum: 2ba4392f3d95ae8fad7d6de1092e762e (MD5) Previous issue date: 2009-02-10 / The subject of this dissertation is the study of plants carried on by Alexandre Rodrigues Ferreira (1756-1815) during his journey to Rio Negro between 1783 and 1786. The objectives were to gather plants references contained in the trip diaries, as well as in botanic memories written by the author, in the attempt to establish the disciplinary record that guided the naturalist s look. The first chapter brings the biographical aspects of Alexandre Rodrigues Ferreira, his graduation at Coimbra, his planning for the philosophical journey in the context of the introduction of modern science in Portugal, as well as the destination given to the naturalist´s work. The second chapter discourses upon the History of Botany with the purpose of situating the reader in the scientific context in which the naturalist was in, namely the XVIIIth Century s Portugal. In this same chapter is made an analysis of the minor botany memories left by the naturalist. The third chapter brings a discussion supported by information we gathered from plants references made by Alexandre Ferreira in his Diary of the Philosophical Journey to Rio Negro. At the end, in our Final Considerations, we present the conclusions based on the results achieved in our analysis. Along our research we identified the aspects referred by the naturalist to describe the plants according to several disciplinary records. The methodology used consisted in marking all Alexandre Rodrigues Ferreira references about plants and indicate which current knowledge context we believe they fit in. We found Alexandre Rodrigues Ferreira references to plants according to the following areas and subareas: Botany (morphology, physiology, and identification), Agriculture (food, planting, economy/production, and general comments), Medicine (medicinal plants) and General (food, drinks, construction, furniture, objects, clothing, textile, dye, no cultivated plants, conservation and general comments). Our research allowed us to identify this mix of approaches, bringing into attention, quantitatively, the agricultural focus. In our opinion, Alexandre´s records were according to his background at Coimbra University, as well as in tune with the botanical production of the period / O objeto desta dissertação é o estudo das plantas realizado por Alexandre Rodrigues Ferreira (1756-1815) durante viagem realizada ao Rio Negro entre os anos 1783 e 1786. Os objetivos foram os de realizar um levantamento das menções a plantas presentes dos diários dessa viagem, bem como em memórias botânicas escritas pelo autor, procurando estabelecer por quais registros disciplinares guiava-se o olhar do naturalista. O primeiro capítulo aborda aspectos biográficos de Alexandre Rodrigues Ferreira, a sua formação em Coimbra, o planejamento da viagem filosófica no contexto da introdução das ciências modernas em Portugal, bem como o destino dos trabalhos realizados pelo naturalista. O segundo capítulo apresenta um panorama da História da Botânica com a intenção de situar o leitor no contexto científico em que estava inserido o naturalista, principalmente em Portugal no século XVIII. Nesse mesmo capítulo é feita uma análise dos conteúdos de pequeninas Memórias de Botânica deixadas pelo naturalista. O terceiro capítulo traz uma discussão, alimentada e permeada pelo levantamento que realizamos das menções a plantas feitas por Alexandre em seu Diário da Viagem Filosófica ao Rio Negro. Ao final, nas Considerações Finais, indicamos as conclusões derivadas dos resultados alcançados ao longo de nossa análise. Em nossa pesquisa, identificamos os aspectos utilizados pelo naturalista para descrever as plantas de acordo com diversos registros disciplinares. A nossa metodologia consistiu em marcar todas as menções feitas por Alexandre Rodrigues Ferreira sobre plantas e identificar uma esfera atual do conhecimento à qual acreditamos pertencerem. Encontramos menções de Alexandre Rodrigues Ferreira às plantas segundo as seguintes áreas e subáreas: Botânica (morfologia, fisiologia, identificação), Agricultura (alimentação, plantação, economia/produtividade, comentários gerais), Medicina (plantas medicinais) e Geral (alimentação, bebidas, construção, móveis, objetos, adornos/vestimentas, têxteis, tintura, plantas não cultivadas, conservação e comentários gerais). O nosso levantamento permitiu identificar essa mescla de abordagens, destacando-se, quantitativamente, o enfoque agrícola. A nosso ver, os relatos de Alexandre mostram que seu trabalho estava de acordo com a formação que ele recebeu na Universidade de Coimbra, bem como em consonância com a produção botânica de sua época

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