Centrando-se no Período Cromwelliano, esta dissertação aborda um contexto de profunda transfonmação a diversos níveis, rico em ideias e vivências novas. No presente trabalho, tentamos compreender como a religião, em particular a sua vertente escatológica, condicionou a mente dos Ingleses setecentistas, guiando-os através de constantes alterações politicas. Este estudo verifica que em muitas situações a orientação escatológica se entrelaçou com projectos tendencialmente utópicos. A escatologia e a utopia uniram-se e complementaram-se durante este curto período com o intuito de tomar a Inglaterra não só a nação merecedora de uma eleição transcendente, mas também de a transformar na nação onde o individuo comum pudesse lutar pela liberdade de pensamento e de consciência. Estudando três áreas distintas deste período revolucionário, o comunitarismo Digger, o Fifth Monarchism e o Protectorado de Oliver Cromwell, tentamos provar como a maioria dos Ingleses foram utopistas, milenaristas ou ambos. Durante o Período Cromwelliano, ate mesmo o individuo comum tinha uma ideia de como a sociedade deveria ser organizada, de como a religião deveria ser professada, de como o pais deveria ser governado.

Esta dissertação de mestrado situa-se no âmbito da História Religiosa de Portugal, encarada sob um prisma que privilegia a História Cultural e das Mentalidades, explorando essencialmente os processos inquisitoriais que envolvem religiosas da Estremadura, Alentejo e Reino dos Algarves, apanhadas nas "malhas" do Santo Ofício, no século XVII. Foca-se as motivações que conduziam as freiras aos conventos, enfatizando as suas vivências intramuros e o percurso que efectuaram dos cárceres até ao regresso ao espaço claustral.

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