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A Batalha de ToroEncarnação, Marcelo Augusto Flores Reis da January 2011 (has links)
Esta dissertação pretende estudar a entrada do exército de Afonso V em Castela em 1475, observando dois pontos de vista - um politico e outro militar, utilizando uma metodologia comparada entre fontes portuguesas, castelhanas e aragonesas. Procurou-se analisar a complexidade dos diferentes interesses e das distintas visões da realidade, em particular a partir das fontes cronísticas. Assim, à morte de Enrique IV, em 12 de Dezembro de 1474, Afonso V, crendo ser o legitimo rei de Castela, por responder ao ultimo desejo do rei defunto e por desposar a sobrinha Juana, reuniu apoios em Portugal, assegurou forças em Castela e pensou que com elas seria aceite como rei de Castela. A campanha, que inicialmente conheceu algum sucesso com o cerco falhado que Fernando I de Castela lançou ao Africano, em Toro, com as conquistas de Toro e Zamora e com a batalha de Baltamis, foi pendendo para o lado dos Reis Católicos a partir do momento em que conseguem assegurar mais apoios e, especialmente, a partir do ponto de não retorno- a batalha de Toro, a 1 de Março de 1476. Ao longo destes quatro anos de guerra não houve somente uma contenda politica entre dois reinos. Travou-se um jogo de forças entre a nobreza e a monarquia castelhanas, comum a outras monarquias tardo-medievais. A falta de apoios internacionais e a transição da opinião do príncipe D. João no sentido de procurar o entendimento contribuíram para a procura da paz, alcançada em 1479.
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