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Variação geográfica de Itapotihyla langsdorffii (DUMÉRIL & BIBRON, 1841) (ANURA: HYLIDAE) : abordagens morfológica e molecularMollo Neto, Antonio January 2015 (has links)
Orientadora: Profa. Dra. Vanessa Kruth Verdade / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do ABC, Programa de Pós-Graduação em Evolução e Diversidade, 2015. / Neste trabalho estudamos a variação geográfica de Itapotihyla langsdorffii a partir de duas
abordagens: morfológica e molecular. Foram estudados na abordagem morfológica 246
exemplares provenientes de 59 localidades e 76 amostras de tecido pertences a indivíduos de
25 localidades foram utilizadas para estudos filogenéticos com três marcadores moleculares,
dois nucleares, recombination activation gene 1 (Rag-1), o gene que codifica a Rodopsina
(Rod) e o Citocromo b mitocondrial (Cyt b). Em ambos os casos, as localidades estão
distribuídas de maneira a representar a possível diversidade intraespecífica ao longo da área
de ocorrência da espécie. Do ponto de vista morfológico, os resultados indicam a existência
de variação entre os indivíduos das populações distribuídas no eixo Norte/Sul, somente
relacionadas ao comprimento rostro-cloacal, em que aparentemente os indivíduos residentes
em áreas mais úmidas apresentam maior comprimento rostro-cloacal. Essa variação parece
mais evidente entre os machos, que entre as fêmeas, mas ainda assim é gradual e não justifica
a separação das populações de Itapotihyla langsdorffii em mais de uma espécie. De modo
similar, nas análises de filogenia molecular por Inferência Bayesiana e Máxima Parcimônia
com marcadores de genes nucleares não encontramos qualquer indício de separação entre as
populações. A mesma análise filogenética realizada com o marcador mitocondrial demonstrou
que apesar de existirem indícios de separação entre os indivíduos do Norte e do Sul da Mata
Atlântica, não houve significância estatística para separação dos indivíduos em populações
diferentes. Os resultados das duas abordagens são congruentes e indicativos de que
Itapotihyla langsdorffii é uma única espécie de ampla distribuição na Mata Atlântica e não um
complexo de espécies crípticas, como poderia se supor. / We have studied the geographical variation of Itapotihyla langsdorffii based on
morphological and molecular approaches. A total of 246 individuals from 59 localities were
studied for morphology, and 76 tissue samples from 25 localities were used for phylogenetic
analysis with three molecular markers, the recombination activation gene 1 (Rag-1) and
Rhodopsin (Rod) encoding nuclear genes, and the mitochondrial Cytochrome b (Cyt b)
encoding gene. Our results are indicative of a conservative morphology throughout the
distributional range with a cline variation in snout-vent length more prominent in males than
in females, with larger specimens apparently living in more humid areas (Northern Atlantic
forest or Southern coastal Atlantic forest versus Continental Southern Atlantic Forest). The
results obtained with phylogenetic analysis by Bayesian inference or Parsimony were
congruent to those of morphology, with no population structure found among nuclear markers and a very weak supported structure within the mitochondrial marker. So far, it seems that Itapotihyla langsdorffii operates as a large metapopulation representing a single widely
distributed species, and not a complex of cryptic species as commonly expected for
Neotropical widely distributed frogs.
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