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Renovação poético-musical engajamento e performance artística em Mercedes Sosa e Elis Regina (1960-1970) / Renovación poética-musical, compromiso social y performance artística en Mercedes Sosa y Elis Regina (1960-1970) / Musical and poetical renewal, social commitment and artistic performance in Mercedes Sosa and Elis Regina (1960-1970)Giménez, Andrea Beatriz Wozniak [UNESP] 05 December 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-12-05 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Mercedes Sosa (1935-2009) e Elis Regina (1945-1982) constituíram-se em expressões da música popular latino-americana da segunda metade do século XX, representativas dentro de seus campos musicais, a música folclórica argentina e a música popular brasileira. Tanto Mercedes quanto Elis desenvolveram e reformularam seus projetos artísticos dialogando com os princípios estéticos dinamizados dentro de seus campos musicais assim como tensionaram os paradigmas musicais estabelecidos, contribuindo ativamente na reconfiguração destes espaços. Participantes dos processos de renovação musical e poética que deram origem ao Novo Cancioneiro e a MPB, seus repertórios e performances musicais integraram as lutas por redefinição de representações do nacional e do popular nas décadas de 1960 e 1970. O objetivo principal desta tese consistiu em comparar as trajetórias artísticas, as posturas estético-ideológicas e as obras musicais de Mercedes Sosa e Elis Regina, observando suas inter-relações e apropriações das discussões que aproximavam arte e utopia de transformação social que envolveu as artes nas décadas de 1960 e 1970. Suas trajetórias artísticas aproximam-se na busca por renovação poética e musical, atualizando e ressignificando tradições musicais; na valorização da música popular e nacional; no engajamento com a utopia de transformação social e, a partir dela, na disseminação de representações centradas no ideário nacional-popular; nas relações estabelecidas com a indústria cultural como forma de projeção artística; e nas performances paradigmáticas, as quais transformaram cada uma em referência enquanto intérprete, extrapolando as fronteiras de seus países de origem. No primeiro capítulo buscou-se evidenciar os processos de configuração e reconfiguração dos campos musicais em que tais intérpretes estiveram inseridas, a música folclórica argentina e a música popular brasileira, em especial os processos que originaram o Novo Cancioneiro e a Música Popular Brasileira, frutos do desejo de renovação musical e da simbiose entre arte e política. No segundo capítulo tratou-se de analisar e comparar as trajetórias artísticas de Mercedes Sosa e Elis Regina dentro de seus campos musicais na década de 1960, buscando compreender como suas práticas artísticas ajudaram a compor tais perspectivas musicais, o Novo Cancioneiro e a MPB. A partir da análise de suas produções artísticas, dos processos de reconhecimento e consagração dentro de seus campos musicais, tratou-se de evidenciar as formulações e reformulações de suas concepções, práticas e projetos artísticos. Também realizou-se um inventário das principais representações e identidades sociais mobilizadas através de seus repertórios, em especial as relacionadas ao nacional-popular, as quais integraram as lutas por redefinição de significados dentro da cultura popular na Argentina e no Brasil do período. No terceiro capítulo buscou-se analisar e comparar as trajetórias artísticas das duas intérpretes na década de 1970, em especial, as reformulações que realizaram em seus projetos estéticos e em suas produções artísticas durante o aprofundamento do autoritarismo e da censura após o Ato Institucional N.5 colocado em prática pela Ditadura Militar instaurada no Brasil (1964-1985) e as duas Ditaduras Militares que se sucederam na Argentina (1966-1973 e 1976-1983). Para além de destacar as estratégias colocadas em prática visando a manutenção da crítica social em seus repertórios, buscou-se evidenciar o redimensionamento que cada intérprete deu para o ideário nacional-popular, bem como analisar algumas das representações e identidades mobilizadas através de suas performances mais paradigmáticas. / Mercedes Sosa (1935-2009) and Elis Regina (1945-1982) became remarkable figures of the popular latin american music of the second half of the 20th century, prominent within their respective musical spheres, the Argentinean folk music and the Brazilian popular music. Mercedes and Elis developed and recasted their artistic projects conversing with the aesthetic principles energized in their music domains, straining the established musical paradigms, actively contributing to reconfigure these spaces. Participants of the music and poetry renewal processes that gave birth to the Nuevo Cancionero and the MPB, their repertoire and musical performances where part of the struggles to redefine the representations of the national and the popular in the 1960s and 1970s. The main goal of this thesis is to compare the artistic paths, the aesthetical-ideological postures and the musical works of Mercedes Sosa and Elis Regina, paying attention to approximations and disjunctions in their inter-relations with the social transformation Utopia that pervaded the arts in the 1960s and 1970s. Their artistic paths get closer in the search for a poetical and musical renewal, updating and resignifying music traditions; in the appreciation of national and popular music; in the commitment with the social transformation Utopia and, from it, in the dissemination of representations centered in the national-popular ideas; in the relations they established with the cultural industry as ways to achieve artistic gains; and on the paradigmatic performances that turned each of them into iconic performers, known well beyond the boundaries of their countries of origin. The first chapter tries to untangle the configuration and reconfiguration processes of the musical fields in which they were immerse, the Argentinean folk music and the Brazilian popular music, in particular the Novo Cancionero and the Música Popular Brasileira, born from the desire for musical renewal and the symbiosis between art and politics. The second chapter brings an analysis and comparison of the artistic paths of Mercedes Sosa and Elis Regina within their musical fields in the 1960s, trying to comprehend how their artistic practices helped in the constitution of such musical perspectives, the Nuevo Cancionero and the MPB. Their artistic productions, the process of being acknowledged and acclaimed within their musical fields are analyzed to identify the formulations and reformuations of their conceptions, practices and artistic projects. An inventory is also made of the main representations and social identities mobilized through their repertoires, specially those related to the national-popular, as they were part of the struggles for redefining the meanings inside the popular culture in Argentina and Brasil at the time. The third chapter targets the analysis and comparison of the artistic paths of both performers in the 1970s, especially the reformulations they introduced in their aesthetic projects and in their artistic productions during the deepening of the authoritarianism and censorship after the Institutional Act number 5 implemented by the Military Dictatorship in Brazil (1964-1985) and the two Military Dictatorships in Argentina (1966-1973 and 1976-1983). More than showing the strategies that were put into practice to uphold the social criticism in their repertoires, there is an effort to make evident the way that each peformer recasts the national-popular ideas, as well as to analyze some of the representations and identities mobilized through their most paradigmatic peformances. / Mercedes Sosa (1935-2009) y Elis Regina (1945-1982) se constituyeron em íconos de la música popular latinoamericana de la segunda mitad del siglo XX, siendo representativas en sus campos musicales, la música folclórica argentina y la música popular brasileña. Tanto Mercedes cuanto Elis desarrollaron y reformularon sus proyectos artísticos dialogando con los principios estéticos dinamizados dentro de sus campos musicales, tensionando los paradigmas musicales establecidos, contribuyendo activamente en la reconfiguración de estos espacios. Participantes de los procesos de renovación musical y poética que originaron el Nuevo Cancionero y la MPB, sus repertorios y performances musicales integraron las luchas por redefinir representaciones de lo nacional y lo popular en las décadas de 1960 y 1970. El objetivo principal de la presente tesis es comparar las trayectorias artísticas, las posturas estético-ideológicas y las obras musicales de Mercedes Sosa y Elis Regina, observando aproximaciones y distanciamientos entre sus interrelaciones con la utopía de transformación social que envolvió a las artes en las décadas de 1960 y 1970. Sus trayectorias artísticas se aproximaron en la búsqueda por renovación poética y musical, actualizando y resignificando tradiciones musicales; en la valorización de la música popular y nacional; en el compromiso con la utopía de transformación social y a partir de ella, en la diseminación de representaciones centradas en el ideario nacional-popular; en las relaciones establecidas con la industria cultural como forma de proyección artística; y en las performances paradigmáticas, que transformaron a cada una en referencias como intérpretes, extrapolando las fronteras de sus países de origen. En el primer capítulo se ha buscado evidenciar los procesos de configuración y reconfiguración de los campos musicales en que tales intérpretes estuvieron insertas, la música folclórica argentina y la música popular brasileña, en especial los procesos que originaron el Nuevo Cancionero y la Música Popular Brasileña, frutos del deseo de renovación musical y de la simbiosis entre arte y política. En el segundo capítulo se ha intentado analizar y comparar las trayectorias artísticas de Mercedes Sosa y Elis Regina dentro de sus campos musicales en la década de 1960, buscando comprender de qué manera sus prácticas artísticas ayudaron a componer tales perspectivas musicales, el Nuevo Cancionero y la MPB. A partir del análisis de sus producciones artísticas, de los procesos de reconocimiento y consagración dentro de sus campos musicales, se han tratado de evidenciar las formulaciones y reformulaciones de sus concepciones, prácticas y proyectos artísticos. También se ha realizado un inventario de las principales representaciones e identidades sociales movilizadas a través de sus repertorios, en especial las relacionadas a lo nacional-popular, las cuales integraron las luchas por redefinición de significados dentro de la cultura popular en la Argentina y en el Brasil de ese periodo. En el tercer capítulo se ha pretendido analizar y comparar las trayectorias de ambas intérpretes en la década de 1970, en especial las reformulaciones que realizaron en sus proyectos estéticos y en sus producciones artísticas durante la profundización del autoritarismo y de la censura luego del Acto Institucional No. 5 puesto en práctica por la Dictadura Militar instaurada en el Brasil (1964-1985) y las dos Dictaduras Militares que se sucedieron en la Argentina (1966-1973 y 1976-1983). Más allá de destacar las estrategias puestas en práctica para la manutención de la crítica social en sus repertorios, se ha tratado de denotar el redimensionamiento que cada intérprete ha dado para el ideario nacional-popular, así como analizar algunas representaciones e identidades movilizadas a través de sus performances más paradigmáticas.
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