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Deus ajuda quem cedo madruga? História do valor do trabalho como discurso: uma descontrução biológica. / The early Bird catches the worm? History of the value of work as speech: A biological deconstructioFerreira Filho, Carlos Alberto de Cicco 07 July 2016 (has links)
A constituição de estudo acerca da ritmicidade biológica do indivíduo, e sua expressão social no mundo contemporâneo foi objetivo desta dissertação, ela integra as Ciências Humanas com as Ciências Biológicas. Estuda-se a construção cultural da virtude relacionada ao trabalho intenso e extenuante, faz-se isso analisando inicialmente o processo histórico na transição do feudalismo para o capitalismo mercantil até o capitalismo contemporâneo. No decorrer desta construção histórica, observa-se a inversão de valores voltados ao trabalho, que de castigo torna-se virtude. Essa transformação está associada a conflitos e revoluções de ordem religiosa e econômica. A relação trabalho-tempo se transforma de um modo de produção tradicional, no feudalismo, no qual o tempo do trabalho é o tempo da terra, é o tempo do plantar e do colher, é o tempo da natureza para uma relação trabalho-tempo ditada por salários, pelo sincronismo das máquinas, pela doutrinação religiosa, pelo controle dos horários e pela coação da lei. Essa relação trabalho-tempo que emerge no capitalismo mercantil reverbera nos dias atuais através do fenômeno ideológico moldado nos últimos quatro séculos por meio de mecanismos semelhantes, econômicos, religiosos e legais. De forma que contemporaneamente, de forma geral, se entende que quanto mais tempo se dedica ao trabalho, quanto mais cedo se acorda para trabalhar mais virtuoso é o indivíduo. Por lado quanto mais tarde se acorda para trabalhar e quanto mais se invade a noite para o lazer mais vagabundo. No entanto de uma área da Biologia surgida nos meados do século XX; a Cronobiologia, emerge o conhecimento sobre o tempo biológico que surge então como elemento adicional para se pensar o tempo e o trabalho. O tempo na cronobiologia é a integração entre o tempo dos organismos e o tempo da natureza, do dia e da noite, é o dia interior ajustado ao dia exterior. É, portanto individual, é genético e ontogênico. Os horários sociais nos quais se exerce as rotinas de trabalho nem sempre estão em harmonia com o tempo biológico o que leva parte da população a uma espécie de desarranjo temporal ou a pratica de horários não triviais como acordar nas primeiras horas da tarde, por exemplo. Imposições temporais como o horário de verão, horário de aula para alunos, turnos de trabalhos invertidos, não levam em consideração resultados de estudos de grande parte da literatura na área de cronobiologia, e resultam em consequências para a saúde da população. Assim concluímos que estigmatizar quem pratica horários incomuns ou estabelecer uma rigidez de horários nos quais se deve exercer atividades como trabalho ou dormir são construções ideológicas historicamente determinadas, as quais o saber cronobiológico descontrói, pois a compreensão do tempo biológico resulta em entender sua adaptabilidade no contexto dos horários sociais. Além disso, entende se que são necessárias Políticas Públicas relacionadas a intervenções nos horários de trabalho e educação do quotidiano que levem em consideração estes novos conhecimentos surgidos no final do século XX que terão papel preventivo em doenças contemporâneas como câncer e doenças psiquiátricas / The study of individual biological rhythmicity and its social expression in the contemporary world was objective of this dissertation, which integrates Human and Biological sciences. We have studied the cultural construction of virtue related to intense and hard work. We analyzed initially the historical process of the transition from feudalism to the mercantile capitalism and to contemporary capitalism. During this process there were an inversion of values; the work from punishment becomes virtue. This transformation is associated with conflicts and revolutions of religious and economic order. The relationship \"work-time\" changes from a traditionalist production method, in feudalism, in which working time is the time of the land, is the time of planting and harvest, is the time of nature, to a temporal relationship dictated by wages, the timing of machines, by religious indoctrination, by schedule control and enforcement of the law. This working time relationship that emerges in mercantile capitalism reverberates today through an ideological phenomenon in the last four centuries, through similar, economic, religious and legal mechanisms. Contemporaneously, in general, it is understood that the more time is devoted to work, the sooner one agrees to work more virtuous he is. On the other side who wakes up to work at noon and breaks the night for leisure is a vagabond . However an area of Biology that emerged in the mid-twentieth century, the Chronobiology, brings knowledge about the biological timing as an additional element to think about the time and work. Time in chronobiology is the integration between the time of nature day and night, and time of body , is the day inside adjusted to the day outside. It is, therefore, individual, it is genetic and ontogenetic. Social schedules and work routines are not always in harmony with the biological timing what leads people either to a kind of temporal misalignment or to practice nontrivial temporal schedules like waking up in the afternoon, for example. Time impositions for daylight saving time, class time for students, inverted shifts to workers, do not take into account the results of most studies of chronobiology literature and result in consequences for the health of the population. Thus, we can conclude that stigmatize those who practice unusual times or set a rigid schedule to carrying out activities such as work or to sleep are ideological constructions historically determined, which the knowledge in Chronobiology deconstructs since it can interpreted that the understanding of biological timing allows to understand its adaptability to social context. We also considered that public policies related to interventions in working hours and education that take into account this new knowledge that emerged in the late twentieth century in Biology will have a role in preventive medicine in contemporary diseases such as cancer and psychiatric disorders
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Dualism and the worldview of second-generation Korean American college studentsYun, Young Shik, January 1900 (has links)
Thesis (Ph. D. in Missiology)--Concordia Theological Seminary, Fort Wayne, 2006. / Abstract and vita. Includes bibliographical references (leaves 443-451) and index.
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Dualism and the worldview of second-generation Korean American college studentsYun, Young Shik, January 1900 (has links)
Thesis (Ph. D. in Missiology)--Concordia Theological Seminary, Fort Wayne, 2006. / Abstract and vita. Includes bibliographical references (leaves 443-451) and index.
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Deus ajuda quem cedo madruga? História do valor do trabalho como discurso: uma descontrução biológica. / The early Bird catches the worm? History of the value of work as speech: A biological deconstructioCarlos Alberto de Cicco Ferreira Filho 07 July 2016 (has links)
A constituição de estudo acerca da ritmicidade biológica do indivíduo, e sua expressão social no mundo contemporâneo foi objetivo desta dissertação, ela integra as Ciências Humanas com as Ciências Biológicas. Estuda-se a construção cultural da virtude relacionada ao trabalho intenso e extenuante, faz-se isso analisando inicialmente o processo histórico na transição do feudalismo para o capitalismo mercantil até o capitalismo contemporâneo. No decorrer desta construção histórica, observa-se a inversão de valores voltados ao trabalho, que de castigo torna-se virtude. Essa transformação está associada a conflitos e revoluções de ordem religiosa e econômica. A relação trabalho-tempo se transforma de um modo de produção tradicional, no feudalismo, no qual o tempo do trabalho é o tempo da terra, é o tempo do plantar e do colher, é o tempo da natureza para uma relação trabalho-tempo ditada por salários, pelo sincronismo das máquinas, pela doutrinação religiosa, pelo controle dos horários e pela coação da lei. Essa relação trabalho-tempo que emerge no capitalismo mercantil reverbera nos dias atuais através do fenômeno ideológico moldado nos últimos quatro séculos por meio de mecanismos semelhantes, econômicos, religiosos e legais. De forma que contemporaneamente, de forma geral, se entende que quanto mais tempo se dedica ao trabalho, quanto mais cedo se acorda para trabalhar mais virtuoso é o indivíduo. Por lado quanto mais tarde se acorda para trabalhar e quanto mais se invade a noite para o lazer mais vagabundo. No entanto de uma área da Biologia surgida nos meados do século XX; a Cronobiologia, emerge o conhecimento sobre o tempo biológico que surge então como elemento adicional para se pensar o tempo e o trabalho. O tempo na cronobiologia é a integração entre o tempo dos organismos e o tempo da natureza, do dia e da noite, é o dia interior ajustado ao dia exterior. É, portanto individual, é genético e ontogênico. Os horários sociais nos quais se exerce as rotinas de trabalho nem sempre estão em harmonia com o tempo biológico o que leva parte da população a uma espécie de desarranjo temporal ou a pratica de horários não triviais como acordar nas primeiras horas da tarde, por exemplo. Imposições temporais como o horário de verão, horário de aula para alunos, turnos de trabalhos invertidos, não levam em consideração resultados de estudos de grande parte da literatura na área de cronobiologia, e resultam em consequências para a saúde da população. Assim concluímos que estigmatizar quem pratica horários incomuns ou estabelecer uma rigidez de horários nos quais se deve exercer atividades como trabalho ou dormir são construções ideológicas historicamente determinadas, as quais o saber cronobiológico descontrói, pois a compreensão do tempo biológico resulta em entender sua adaptabilidade no contexto dos horários sociais. Além disso, entende se que são necessárias Políticas Públicas relacionadas a intervenções nos horários de trabalho e educação do quotidiano que levem em consideração estes novos conhecimentos surgidos no final do século XX que terão papel preventivo em doenças contemporâneas como câncer e doenças psiquiátricas / The study of individual biological rhythmicity and its social expression in the contemporary world was objective of this dissertation, which integrates Human and Biological sciences. We have studied the cultural construction of virtue related to intense and hard work. We analyzed initially the historical process of the transition from feudalism to the mercantile capitalism and to contemporary capitalism. During this process there were an inversion of values; the work from punishment becomes virtue. This transformation is associated with conflicts and revolutions of religious and economic order. The relationship \"work-time\" changes from a traditionalist production method, in feudalism, in which working time is the time of the land, is the time of planting and harvest, is the time of nature, to a temporal relationship dictated by wages, the timing of machines, by religious indoctrination, by schedule control and enforcement of the law. This working time relationship that emerges in mercantile capitalism reverberates today through an ideological phenomenon in the last four centuries, through similar, economic, religious and legal mechanisms. Contemporaneously, in general, it is understood that the more time is devoted to work, the sooner one agrees to work more virtuous he is. On the other side who wakes up to work at noon and breaks the night for leisure is a vagabond . However an area of Biology that emerged in the mid-twentieth century, the Chronobiology, brings knowledge about the biological timing as an additional element to think about the time and work. Time in chronobiology is the integration between the time of nature day and night, and time of body , is the day inside adjusted to the day outside. It is, therefore, individual, it is genetic and ontogenetic. Social schedules and work routines are not always in harmony with the biological timing what leads people either to a kind of temporal misalignment or to practice nontrivial temporal schedules like waking up in the afternoon, for example. Time impositions for daylight saving time, class time for students, inverted shifts to workers, do not take into account the results of most studies of chronobiology literature and result in consequences for the health of the population. Thus, we can conclude that stigmatize those who practice unusual times or set a rigid schedule to carrying out activities such as work or to sleep are ideological constructions historically determined, which the knowledge in Chronobiology deconstructs since it can interpreted that the understanding of biological timing allows to understand its adaptability to social context. We also considered that public policies related to interventions in working hours and education that take into account this new knowledge that emerged in the late twentieth century in Biology will have a role in preventive medicine in contemporary diseases such as cancer and psychiatric disorders
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