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Avaliação da condição bucal de idosos portadores de demência leve assistidos no Centro de Medicina do Idoso (CMI) do Hospital Universitário de BrasíliaMiranda, Alexandre Franco 31 August 2010 (has links)
Dissertação (mestrado)-Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, 2010. / Submitted by Shayane Marques Zica (marquacizh@uol.com.br) on 2011-03-04T18:55:49Z
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2010_AlexandreFrancoMiranda.pdf: 454358 bytes, checksum: dfa086ce1df1be85bae22d1b16ce5333 (MD5) / Objetivo: comparar o estado de saúde bucal, tendo como referência o índice CPOD, de idosos com demência leve e sem demência e avaliar o impacto da saúde bucal na qualidade de vida destes idosos a partir do OHIP-14 (“The oral Health Quality Profile”). Materiais e Métodos: A amostra foi composta por 15 idosos dementes leves e 25 idosos sem demência, entre 60 e 85 anos de idade, assistidos no Hospital Universitário de Brasília. Os dados gerais e as informações referentes ao quadro de saúde foram obtidos através de prontuários e entrevistas. O questionário OHIP-14 foi aplicado a todos os idosos sem demência e aos cuidadores dos idosos com demência. Em seguida, foi realizado levantamento do CPOD e a utilização de próteses dentárias, através do exame físico intra-bucal por um único examinador calibrado. O teste ANOVA foi utilizado para comparação das médias de CPOD entre os grupos em função das covariáveis renda e escolaridade. Comparações múltiplas com ajustamento de Bonferroni foram empregadas quando diferenças entre os grupos eram detectadas. Para avaliar o efeito da demência e dos componentes do CPOD sobre os valores totais do OHIP e em especial, sobre a dificuldade na alimentação, regressões múltiplas foram utilizadas. Resultados: Valores médios elevados de CPOD foram encontrados para os idosos sem e com demência, 25,48 e 21,73, respectivamente. Ajustando-se os efeitos da renda e da escolaridade a diferença dos valores do CPOD foi estatisticamente significante (p= 0,0351). O componente P foi mais prevalente entre os idosos sem demência, o que refletiu num número de desdentados totais maior neste grupo. Entretanto, a utilização de próteses foi semelhante entre os idosos com e sem demência. Em ambos os grupos, a hipertensão arterial foi a doença sistêmica mais prevalente. A variável grupo - sem e com demência leve - não foi estatisticamente relacionada com os valores de OHIP-14 (p=0,5299). Entretanto, a variável número de dentes obturados mostrou-se marginalmente relacionada com o OHIP de forma inversa. A dificuldade na alimentação foi analisada de forma separada e os resultados mostraram, mais uma vez, não haver diferença estatística entre idosos com e sem demência (p=0,5879). Porém, o número de dentes obturados foi estatisticamente associado a um menor incômodo durante a alimentação (p=0,0351). Conclusão: Os valores altos de CPOD encontrados tanto para idosos com e sem demência reflete a história pregressa dos indivíduos, na qual predominou opções de tratamentos mutiladores. Fatores sócio-econômicos interferiram na prevalência e distribuição dos componentes do CPOD entre os idosos. Tal fato pode ser reflexo da dificuldade de acesso destes indivíduos aos serviços odontológicos A percepção da qualidade de vida em relação à saúde bucal foi semelhante para ambos os grupos. Embora, o número de dentes obturados não tenha interferido na percepção dos idosos sobre o impacto da saúde bucal na qualidade de vida, esta variável foi inversamente associada à dificuldade na alimentação dos sujeitos avaliados. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT / Aim: to compare the oral health status through the DMF-T index, from elderly people with slight dementia and without dementia and to assess the impact of oral health at the quality of life of these people, using the OHIP-14 (The oral Health Quality Profile). Material and Methods: The sample was comprised of 15 elderly with slight dementia and 25 elderly without dementia, between 60 and 85 years-old, referred to the Brasília University Hospital. The general information and those regarding the general health were retrieved from the medical records and through interviews. The OHIP-14 questionnaire was applied to all elderly without dementia and to the caregivers of the elderly with dementia. In the sequence, the DMFT and the use of prosthesis were recorded by the same calibrated examiner. The ANOVA test was used to compare the mean DMFT between the groups considering the co-variables income and school level. Multiple comparisons with Bonferroni adjustment were applied when differences between the groups were detected. To assess the dementia and the DMFT components effect on the total values of the OHIP, and in special, on eating difficulty, multiple regressions were used. Results: High mean DMFT were found for the two elderly groups, 25.48 and 21.73, respectively. The difference between the mean DMFT was statistically significant (p= 0.0351) after adjusting the model, considering the variables income and school level. The M component was more prevalent amongst the elderly without dementia, what can explain the highest number of total edentulous in this group. However, the use of prosthesis was similar in both groups. The hypertension was the most prevalent disease for all elderly. The group variable - with or without slight dementia - was not statistically related to the OHIP-14 values (p=0.5299). Nevertheless, the variable number of restored teeth showed a tendency to be inversely related to the OHIP. The eating difficult was analyzed separately and the results showed, once more, that there was no statically difference between the elderly with and without dementia (p=0.5879). However, the number of restored teeth was statistically associated with less difficulty in eating (p=0.0351). Conclusions: The high values of DMFT found for both groups are a consequence of their dental history, in which drastic options of treatment were selected. Socio-economic factors interfered on the DMFT prevalence and distribution of its components. This fact can be the consequence of having problems in getting access to the dental services. The perception of life quality in regard to oral health was similar for both groups. Though the number of restored teeth did not interfere on the perception of the impact of oral health on quality of life, this variable was inversely associated with difficulty in eating.
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