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Um Estudo sobre a Distribuição Espacial dos Médicos no BrasilPinto, Pablo Aurélio Lacerda de Almeida 12 March 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-03-12 / FACEPE / Esta pesquisa tem o propósito de investigar a distribuição espacial dos médicos no Brasil. Podemos destacar algumas importantes razões pelas quais a comunidade deve se preocupar com a distribuição espacial dos médicos. Na maioria dos países, os serviços de saúde são considerados um bem meritório, ou seja, existe uma questão de equidade e justiça social, principalmente em países onde o acesso à saúde é um direito constitucional e a atuação do setor público na provisão de serviços de saúde é ampla, como no caso do Brasil. Em segundo lugar, há uma estreita relação entre o acesso aos serviços médicos e o status de saúde de uma comunidade. Desta forma, compreender a dinâmica da localização dos médicos tornar-se fundamental para a elaboração de políticas de distribuição dos serviços de saúde. Apontamos algumas evidências empíricas da desigualdade na distribuição espacial dos médicos no Brasil, sendo apresentados fatores que interferem na distribuição dos médicos. Dentre os fatores que serão descritos, pode-se destacar: aspectos demográficos e disponibilidade de médicos, distribuição geográfica dos serviços de saúde, e concentração das escolas de medicina. Por meio dessa análise é possível concluir que a distribuição espacial dos médicos é fortemente influenciada pelos fatores expostos. A forte concentração geográfica dos profissionais e dos serviços impede a concretização dos princípios que regem o Sistema Único de Saúde (SUS), particularmente no que se refere à universalização, à integralidade e à própria descentralização. No quarto capítulo a dinâmica da distribuição espacial dos médicos foi analisada a partir das Cadeias Espaciais de Markov que visa investigar o efeito da boa e da má vizinhança no indicador do número de médicos por mil habitantes, os resultados indicam que a vizinhança afeta o indicador, constatando-se que o efeito da boa vizinhança em estimular o crescimento do indicador é maior do que o efeito da má vizinhança em retraí-lo. O quinto capítulo apresenta uma análise econômica da distribução espacial dos médicos no Brasil, procurando avaliar os principais fatores determinantes da aglomeração da atividade médica. Utilizamos dados sobre o número de médicos em cada município brasileiro do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) de 2010. A partir do instrumental da econometria espacial, temos indicações de que o tamanho da população de um município, a sua renda per capita, a infraestrutura para a prática médica e a presença de faculdades de medicina são importantes fatores explicativos da concentração de médicos nos
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municípios. Estes resultados são consistentes tanto para o modelo de médicos especialistas quanto para o modelo de clínicos gerais. Conclui-se que as economias espaciais influenciam significativamente a distribuição espacial dos médicos. / This research has the aim of investigate the spatial distribution of physicians in Brazil. We highlight some important reasons why the community must concern with the spatial distribution of physicians. In most countries the health care services are considered a meritorious benefit, that is, there is a question of equality and social justice, especially in countries where access to health care is a constitutional right and the performance of the public sector in the provision of health care services is wide, as in the Brazil case. Second, there is a close relationship between the access to medical services and the health status of a community. Thus, understanding the dynamic of the location of physicians becomes fundamental for the development of politics of distribution of health care services. We point to some empirical evidences of the inequality in the spatial distribution of physicians in Brazil, being presented factors that affect the distribution of physicians. Among the factors that will be described, we can highlight: demographic aspects and availability of physicians, geographical distribution of health care services, and concentration of medical schools. Through this analysis it is possible to conclude that the spatial distribution of physicians is strongly influenced by the shown factors. The strong geographical concentration of professionals and services prevents the realization of the principles that govern the Unified Health System (SUS), particularly regarding to universalization, to integrality and to decentralization itself. In the fourth chapter the dynamic of spatial distribution of physicians was analyzed from the Markov’s Spatial Chains which goals to investigate the effect of good and bad neighborhood in the indicator of number of physicians per thousand inhabitants, the results indicate that the neighborhood affects the indicator, verifying that the effect of good neighborhood of stimulating the growth of the indicator is bigger than the effect of the bad neighbor in retract it. The fifth chapter presents an economic analysis of the spatial distribution of physicians in Brazil, seeking to evaluate the main determinant facts of agglomeration of medical activity. We use data about the number of physicians in each Brazilian city from the National Health Facilities Cadastre (CNES) of 2010. From the tools of spatial econometrics, we have indications that the population size of a city, its per capita income, the infrastructure for medical practice and the presence of medical schools are important explanation factors for the concentration of physicians in cities. These results are consistent for both the model of medical specialist as to the
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model of general practitioners. We conclude that the spatial economies significantly influence the spatial distribution of physicians.
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