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Influência da infecção viral por Epstein-Barr na atividade do Lúpus Eritematoso Sistêmico, avaliada pelo teste de Enzimaimunoensaio para avidezKosminsky, Samuel January 2004 (has links)
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Previous issue date: 2004 / INTRODUÇÃO: O vírus Epstein-Barr, um herpesvírus que infecta mais de 90% da
população mundial, pode desencadear ou agravar alterações auto-imunes, assim
como pode anteceder o aparecimento das manifestações clínicas e imunológicas
do Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES). Como os auto-anticorpos parecem
exercer papel central na patogênese do LES, é importante correlacionar a
presença e o título de anticorpos anti-EBV com a atividade do LES. OBJETIVO:
Verificar a associação entre atividade do Lúpus Eritematoso Sistêmico, por meio
dos critérios do SLEDAI, e a avidez das imunoglobulinas IgG anti-EBV.
PACIENTES E MÉTODOS: Foi realizado estudo tipo caso-controle, envolvendo
66 pacientes, atendidos no ambulatório de Reumatologia do Hospital das Clínicas
da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE), no período janeiro de 2002
a fevereiro de 2003, distribuídos em dois grupos: caso, composto por 22
pacientes com LES em atividade e SLEDAI > 4, e controle, integrado por 44
pacientes com doença inativa, diagnosticada por SLEDAI ? 4. A presença e o
índice de avidez de anticorpos IgG anti-EBV foram determinados pela técnica de
ELISA. (Enzygnost? anti-ebv Dade Behring), no Setor de Virologia do
Laboratório de Imunologia Keizo Asami (LIKA). Os índices de avidez e respectivas
classificações da infecção foram: < 20, infecção reativada; entre 20 e 40, infecção
indeterminada, > 40, infecção passada. RESULTADOS: Identificou-se positividade
no teste de detecção de IgG para EBV em 21 (95,5%) casos e em 40 (90,9%)
controles. O índice de avidez alcançou valores ?40 em 54 (88,5%) pacientes,
sendo 34 (85%) do grupo controle e 20 (95,2%) do grupo caso; esteve entre 20 e
40 exclusivamente em 5 (12,5%) pacientes do grupo controle, e foi inferior a 20
em 2 (3,3%) pacientes. Adotando-se 20, 30 ou 40 como ponto de corte do índice
de avidez, para diagnóstico de reativação da infecção por EBV, detectou-se terem
sido classificados como infecção reativada, respectivamente, 1 (4,8%) paciente do
grupo caso e 1 (2,5%) do grupo controle; 1 (4,8%) do grupo caso e 4 (10%) do
grupo controle, 1 (4,8%) no grupo caso e 5 (12,5%) no grupo controle.
CONCLUSÃO: A modificação do ponto de corte não alterou a distribuição dos
pacientes com infecção ativa do grupo caso, mas o fez no grupo controle. Não ter
sido possível demonstrar, no presente trabalho, associação entre a atividade do
EBV e a do LES corroborou relatos semelhantes na literatura consultada. Esse
fato parece indicar que a não eliminação dos linfócitos B infectados se deve a
falha no mecanismo de apoptose ou na ação de linfócitos T citotóxicos permitindo
a progressão do LES
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