Orientador: Regina Helena Barbosa Tavares da Silva / Banca: Lígia Antunes Pereira Pinelli / Banca: Flávia Magnani Bevilacqua / Resumo: Considerando a importância do controle de infecção cruzada nos consultórios odontológicos, a vasta utilização de fresas de aço inoxidável/carbeto de tungstênio (carbide) e o receio dos cirurgiões dentistas em esterilizar esses instrumentos devido ao risco de danificá-los, o objetivo deste trabalho foi avaliar, comparativamente, o efeito de alguns métodos de esterilização, preconizados pela literatura e pelo Ministério da Saúde, sobre a eficiência de corte de fresas carbide. Os métodos de esterilização empregados foram: estufa, autoclave e forno de microondas; as marcas comerciais das fresas foram: Komet e S.S. White; e o tempo de aplicação desses instrumentos, em esmalte dental bovino, variou de 12 a 60 minutos. Para coleta dos dados, foram realizados testes gravimétricos e acompanhamento visual das fresas, após estas terem sido submetidas às diferentes condições experimentais. A análise dos resultados permitiu observar que ocorreu perda de eficiência de corte ao longo do tempo de utilização. Observou-se também que a partir de 60 minutos de aplicação em esmalte dental bovino, a eficiência de corte reduziu a 50% dos níveis iniciais. O efeito da esterilização foi diferente entre as marcas comerciais, sendo que cada uma se comportou de maneira diversa, em relação à quantidade de ciclos aplicados. Porém, a durabilidade total dos instrumentos não diferiu entre as marcas comerciais ou entre os métodos de esterilização aplicados. Considerando-se a importância e a responsabilidade do cirurgião dentista, quanto ao controle de infecção cruzada no ambiente do consultório odontológico, e comparando-se aos resultados relativos à durabilidade, evidenciados neste trabalho, pode-se afirmar que a utilização de métodos de esterilização, pode e deve ser adotada com segurança para esterilização de fresas carbide. / Abstract: Dental burs inevitably become contaminated and the rotary cutting instruments as well as other instruments used in the treatment of patients must be sterilized after use by means of techniques that assure the asepsis, without damaging the instruments and its effectiveness, thus making possible its reuse. Concerning the importance of the control of infection crossed in the deontological clinicians further than the vast use of tungsten carbide burs and the distrust of the dentists in sterilized these instruments this study evaluated the effect of time usage (60 minutes) and sterilization (dry heat, vapor under pressure and energy for microwaves) over the cutting efficiency of carbide burs of two commercial brands. Gravimetrical tests were used for evaluation of the cutting efficiency and the visual acoompaniment of the burs was made along the test. It could be observed that the sterilization influenced in the cutting efficiency of the instruments, as well as the use time. From 60 minutes of application of the burs in the bovine dental enamel the cut efficiency were reduced at levels 50% minors when compared to the initial levels. These influences were different between instruments of the two commercial brands. Based on these results, it may be concluded that the effects of sterilization on cutting efficiency of carbide burs depends upon the composition of instruments and repeated cycles. / Mestre