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Aqui esta se fazendo muy grande nação: estar + gerúndio versus estar + infinitivo preposicionado no português brasileiro oitocentista / Here a mighty nation is in the making: gerund versus prepositioned infinite in 19th century Brazilian PortugueseMartins, Gustavo Micael Gomes 10 June 2019 (has links)
Introdução: Essa pesquisa averiguou a utilização de estruturas estar + a + infinitivo e estar + gerúndio no português brasileiro de cinco regiões e suas relações com a construção da identidade linguística brasileira. As estruturas acima descritas são tomadas como variantes altamente representativas de seus respectivos dialetos do português, o europeu e o brasileiro. Objetivo: Analisar o uso das referidas formas no português brasileiro oitocentista em relação ao discurso linguístico então vigente. Método: Se iniciou o trabalho pela observação do discurso linguístico do período através da leitura de textos sobre história e língua portuguesa publicados no período imperial. Tendo sido essa parte feita, dados foram extraídos de romances de quinze autores nascidos no período imperial, três de cada uma das cinco regiões de interesse (Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo). Uma vez extraídos, os dados foram classificados de acordo com critérios linguísticos e sociais e analisados estatisticamente. Resultados: O uso das variantes se mostrou altamente diverso, com taxas de uso significativamente diferentes sendo apresentadas por autores da mesma região ou afiliação política. Aspectos geográficos, por outro lado, apresentaram uma correlação significativa com o uso da variável, ocorrendo um maior emprego de estar + a + infinitivo no sudeste, e particularmente no Rio de Janeiro, do que no nordeste. Fatores linguísticos como a presença de interpolação e a presença de certos tipos de palavras nos arredores do termo também apresentaram uma correlação significativa com o uso da variável. Conclusões: Em termos gerais, o discurso e a prática linguística parecem diferir, sendo o uso da variável mais fortemente ligado a aspectos regionais e linguísticos. / Introduction: This research dove into the variation between estar + gerund and estar + a + infinitive in the 19th century Brazilian Portuguese of five major Imperial Provinces (Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro and São Paulo) and its relations with the Imperial nation building project. The two aforementioned constructions are understood by native speakers to be highly pronounced markers of the Brazilian and European varieties of Portuguese, respectively, a situation which was at least partially mirrored during the Brazilian Empire era. Objectives: To investigate whether the above mentioned constructions where as strongly associated with a \"Brazilian identity\" during Imperial Times as they are now. Methodology: A conceptualization of the XIXth century mindset on nationhood and language was built through the Reading of contemporary discourses on history, culture and language published by key figures of Brazilian intellectuality. From this, fifteen of authors split among the five regions where elected as \"model speakers\" and some of their work taken as material basis for the corpus. The data acquired from this was then categorized according to social and linguistic criteria and the results were then analyzed statistically analyzed. Results: The actual usage of the two variants has shown itself to be highly diversified, its usage rates varyingly significantly even among author of the same region or political affiliation. Regional variation, however, when taken by itself was found out to be significant both when taken in the larger macro regional level (southeast versus northeast) but also among provinces, with a higher rate of usage of estar + a +infinitive in the southeast and especially in the province of Rio de Janeiro. Linguistic factors like the presence of interpolation or certain types of surrounding words have also been be significantly correlated to the variable albeit the reason for that remains inconclusive. Conclusions: In a general sense, linguistic discourse and linguistic praxis strongly differ from each other and the variation between the two constructions appears to be more strongly tied to regional and linguistic factors than social factors.
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