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Modelo preditivo para intervenção com injeção intravítrea de anti-VEGF em pacientes com edema macular diabético

Faria, Aline Roseane Queiroz de Paiva 24 February 2017 (has links)
Submitted by Viviane Lima da Cunha (viviane@biblioteca.ufpb.br) on 2017-06-16T12:44:17Z No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1568113 bytes, checksum: 143c994d6a632a3c81bc4c4e5d8557f6 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-06-16T12:44:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1568113 bytes, checksum: 143c994d6a632a3c81bc4c4e5d8557f6 (MD5) Previous issue date: 2017-02-24 / Diabetic macular edema (DME) is the main cause of visual impairment in patients with diabetes mellitus. The most widely used treatment today is intravitreal injection (IIV) of anti-VEGF (vascular endothelial growth factor). Optical coherence tomography (OCT) is the gold-standard diagnostic test, however it is expensive and inaccessible. Some risk factors are strongly associated with development of DME and its response to treatment. There is few surveys that analyzes the impact and risk percentages of these factors in the probability of developing EMD and, therefore, in the necessity of early therapeutic intervention, which motivated the accomplishment of this research. This study aimed to achieve a Predictive Model to guide the decision in the early treatment with intravitreal injection in patients with EMD, by quantifying and ranking the risk factors impact on the chance of a diabetic patient need this therapy. It is a cross-sectional, observational, descriptive and analytical study. The data were collected at the Ophthalmology Department of the Lauro Wanderley University Hospital - UFPB and at the Hospital Visão, both in João Pessoa, and at the Genival Barbosa de Lucena Vision Center, located in Guarabira-PB, from July 2015 to September 2016. Individuals with type 1 or 2 diabetes and older than 18 years were included, after signing the informed consent form. The logistic regression model was used to obtain and adapt the predictive model and all the data were analyzed in statistical software R®, version 3.2.0. Eighty diabetic patients were evaluated: 57.5% had no indication of IIV and 42.5% needed this treatment. Of those who had EMD and needed anti-VEGF injection, the mean age was 60.65 years, 47.05% male and 52.94% female. In the group without macular edema, the mean age was 58.02 years, 26.06% male and 73.91% female. Among the individuals who had no indication of intravitreal injection of anti-VEGF, most had no mild retinopathy or non-proliferative diabetic retinopathy (NPDR) (69.56%). Among the patients who needed the treatment, the majority had severe NPDR or proliferative retinopathy (79.41%). Were identified as risk factors to EMD and intravitreal anti-VEGF: be retired (OR = 5.22, p-value0.05), had a personal history of diabetic retinopathy (OR = 20.27; P-value 0.006) and positive history for previous treatment with anti-VEGF (OR = 23.23; p-value 0.002). From the results of this study, we conclude that a diabetic individual has low visual acuity and presents these three factors, should be referred as soon as possible to the specialist, since he has a risk of presenting DME with need for anti-VEGF IIV, with 91.17% of accuracy. In summary, an evaluative and predictive model was proposed to serve as a supporting tool in therapeutic decision, mainly to the non-retinal physician, to refer to the specialist the patients with diabetic retinopathy and its main cause of low visual acuity - diabetic macular edema - to early diagnosis and treatment, which may be decisive to preventing irreversible visual loss in these patients. / A injeção intravítrea (IIV) de anti-VEGF (fator de crescimento vascular endotelial) constitui a modalidade terapêutica mais utilizada nos dias de hoje para o tratamento do edema macular diabético (EMD), sendo esta a principal causa de baixa visual em pacientes portadores de diabetes mellitus. O exame padrão – ouro para o diagnóstico é a tomografia de coerência óptica (TCO) da mácula, no entanto possui alto custo e difícil acesso. O desenvolvimento de EMD e a resposta ao tratamento são fortemente associados a determinados fatores de risco. Na literatura especializada há uma escassez de estudos que estabeleçam uma quantificação dos percentuais de risco desses fatores, a fim de verificar aqueles que possuem maior impacto na probabilidade de desenvolver EMD e, portanto, na necessidade de intervenção terapêutica precoce, o que motivou a realização desta pesquisa. O estudo teve por objetivo a propositura de um Modelo Preditivo para auxiliar na decisão de realização de uma injeção intravítrea de anti-VEGF, a partir da quantificação e hierarquização dos fatores de risco que compõem o perfil dos indivíduos adultos diabéticos. Trata-se de um estudo transversal, observacional, descritivo e inferencial. Os dados foram coletados na Unidade da Visão do Hospital Universitário Lauro Wanderley – UFPB e no Hospital Visão, ambos em João Pessoa, e no Centro da Visão Genival Barbosa de Lucena, localizado na cidade de Guarabira-PB, no período de julho de 2015 a setembro de 2016. Foram incluídos indivíduos com diabetes tipo 1 ou 2 e idade acima de 18 anos, após assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. O modelo de regressão logística foi utilizado para obtenção e adequação do modelo preditivo e todos os dados foram analisados no software estatístico R®, versão 3.2.0. Foram avaliados 80 pacientes diabéticos, dos quais 57,5% não tiveram indicação de IIV e 42,5% receberam indicação do tratamento em questão. Dos que tiveram EMD e indicação do tratamento com injeção de anti-VEGF, a média de idade foi de 60,65 anos, sendo 47,05% do sexo masculino e 52,94% do sexo feminino. Em relação àqueles sem edema macular, a média de idade foi de 58,02 anos, sendo 26,06% do sexo masculino e 73,91% do sexo feminino. Dentre os indivíduos que não tiveram indicação de injeção intravítrea de anti-VEGF, a maioria apresentou ausência de retinopatia ou retinopatia diabética não- proliferativa (RDNP) leve (69,56%). Já dentre os pacientes que necessitaram do tratamento, a maioria apresentou RDNP severa ou retinopatia proliferativa (79,41%). Foram identificados como fatores de risco para o edema macular diabético e, portanto, necessidade de IIV, o indivíduo ser aposentado (OR=5,22; p-valor0,05), ter histórico pessoal de retinopatia diabética (OR=20,27; p-valor 0,006) e histórico positivo para tratamento prévio com anti-VEGF (OR=23,23; p-valor 0,002). Concluímos, a partir dos resultados desta pesquisa, que um indivíduo diabético tenha baixa visual e apresente esses três fatores, deve ser encaminhado o quanto antes ao especialista, pois possui risco de apresentar EMD com necessidade de IIV de anti-VEGF, com 91,17% de acerto. Em suma, foi proposto um modelo de avaliação e de predição para servir como ferramenta coadjuvante na tomada de decisão, sobretudo do médico não-retinólogo, a fim de encaminhar para o diagnóstico e tratamento precoces os pacientes com retinopatia diabética e sua principal causa de baixa acuidade visual – o edema macular diabético –, o que pode ser decisivo na prevenção da perda visual irreversível nesses pacientes.

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