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Mulheres e crianças na imprensa paulista (1920-1940) : representação e história /Campos, Raquel Discini de. January 2007 (has links)
Orientador: Rosa Fátima de Souza / Banca: Antonio Celso Ferreira / Banca: Carlota Josefina Malta Cardoso dos Reis Boto / Banca: Bruno Bontempi Júnior / Banca: Wrnceslau Gonçalves Neto / Resumo: Nas primeiras décadas do século XX, a região que atualmente é conhecida como Noroeste Paulista, à época chamada de Oeste Paulista ou Araraquarense, constituía-se como uma das últimas grandes porções de terras ainda parcialmente intocadas do Estado de São Paulo. Particularmente nas décadas de 1920 e 1930, essa zona viveu um verdadeiro surto de desenvolvimento econômico, cultural e social impulsionado, sobretudo, pelas levas maciças de migrantes e imigrantes que aportavam nas estações de trens atraídos pela prosperidade e progresso, que parecia tocar a todos indistintamente. A economia se diversificava para além da cafeicultura, as ruas se alargavam para a convivência muitas vezes conflituosa entre automóveis, pedestres de diversas etnias e classes sociais, carros-deboi e jardineiras; emergiam inéditos padrões de comportamento e sociabilidade até então inexistentes por essas plagas. No meio desse complexo conjunto de mudanças que então caracterizava a Araraquarense, também passaram a circular diversos jornais produzidos regionalmente e que colaboravam de maneira decisiva para que esse turbilhão de novidades e estilos de vida ecoasse - ou mesmo acontecesse - por entre os pujantes municípios, pequenas cidadezinhas e vilarejos da região. Da análise minuciosa dos jornais A Cidade, de Catanduva; O Municipio, A Noticia, Folha de Rio Preto e Diario da Araraquarense, de São José do Rio Preto; além do Correio de Mirasol, da cidade Mirassol, todos recentemente redescobertos nesta derradeira zona pioneira paulista, duas temáticas em especial foram perscrutadas em função da importância que adquiriram no imaginário regional do período: a contraditória apropriação feminina dos espaços públicos, que naqueles tempos ganhava grande publicidade; e a preservação, educação, exaltação, assistência e ordenação das crianças do sertão. / Abstract: In the first decades of the 20th century, a region currently known as Noroeste Paulista, at the time named Oeste Paulista or Araraquarense, was one of the last large portion of partially untouched land of the State of São Paulo. Specially in the 1920þs and 1930þs, this area faced a fast economic, cultural e social development driven, in major part, by the immigrants attracted by prosperity and progress, which seemed to reach everyone indistinctly. The economy was being diversified at that moment beyond coffee, the streets became wider so that pedestrian from every ethnic background and social classes, cars, carts as well as open buses could live together; There would emerge unknown patterns of behavior and sociability non - existent at the place then In middle of these complex changes that featured Araraquarense at that time, several newspapers published in the region began their distribution, which helped greatly to new life style in towns and villages in the region. From a detailed analysis of newspapers named A Cidade, from Catanduva; O Municipio, A Noticia, Folha de Rio Preto and Diario da Araraquarense, from São José do Rio Preto; as well as Correio de Mirasol, from Mirassol, all recently rediscovered in this pioneer land of São Paulo, two themes in special were studied due to the importance in the imagination of the region at the time: a contradictory seizure of public spaces by women, which at that time gained publicity; as well as the preservation, education, exaltation, assistance and order of the children from the backwoods. / Doutor
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