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A produção de conhecimento dos lukacsianos brasileiros : 1960-2000Maria Tinoco Barbosa, Gláucia 31 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Nosso trabalho procede a uma análise sobre a produção de conhecimento de sete
intelectuais brasileiros ligados às esquerdas e influenciados pelo filósofo e marxista
húngaro Georg Lukács. Trata, em linhas gerais, da recepção das idéias lukacsianas no
Brasil, iniciada nos anos 1960, por meio dos trabalhos de tradução e de divulgação do
seu pensamento, mediante pesquisas empreendidas pelos marxistas comunistas,
Leandro Konder, Carlos Nelson Coutinho e José Chasin, e das contribuições do
trotskista radicado na França, Michael Löwy. Continuadas nos anos 1970 por José
Paulo Netto e, nos anos 1980, por Celso Frederico e Ricardo Antunes, nossa
investigação está circunscrita, pois, aos anos correlatos ao início da ditadura militar em
1964 até os anos 2000. Objetivamos abranger períodos de negação, preservação e
superação (Aufhebung) das ideias contidas nos exames realizados pelos lukacsianos,
concernentes à realidade concreta contextualizada. Nela, eles aplicam a categoria da
totalidade e concepções do pensador húngaro, mormente algumas refletidas em
História e Consciência de Classe , nos anos 1920, na sua etapa estética posterior à
década de 1930 e em sua obra derradeira, Para uma ontologia do Ser Social ,
interrompida em 1970. Apresentam uma visão mais epistemológica e outra mais
ontológica. Usamos o método histórico-sistemático a fim de apreender a gênese e os
desdobramentos da produção de conhecimento dos lukacsianos em seu processo de
realização, ao longo de, aproximadamente, quarenta anos. Tomados em duas gerações
que apresentam uma maior ou menor proximidade com a instituição universitária
brasileira, e com as ciências sociais, local e disciplina onde a presença da visão de
mundo de Lukács se faz em vários momentos escassa e fragmentada. Foi justamente por
meio da análise da produção dos marxistas supracitados e de suas contribuições para as
ciências sociais que desenvolvemos considerações sobre a relação entre sociologia e
marxismo. O intento por nós posto contribui para repensar o estatuto sociológico, que
carece de uma perspectiva capaz de apreender a realidade na sua concretude e na sua
totalidade
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