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Mobilidade de capital no Brasil no período de 1970-2007: análise pela abordagem intertemporal da conta correnteSilva, Júlia Goes da 19 December 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-12-19 / A discussão teórica em torno da mobilidade do capital pode ser divida em dois pontos de
referência: um conduzido pela mensuração da relação entre poupança e investimento
domésticos, conforme Feldstein e Horioka (1980); o outro pela análise das variâncias da conta
corrente teórica e observada, como propõe Ghosh (1995). Ambos trouxeram importantes
contribuições para testar suposições sobre o fluxo de capital entre nações, entretanto, o
presente trabalho segue a linha de Ghosh (1995), se preocupando com a análise da conta
corrente sob as hipóteses de equilíbrio intertemporal, limitando-se ao caso brasileiro no
período de 1970 a 2007. Com o fim de encontrar evidências sobre o grau de mobilidade
internacional do capital para o país, e sobre o comportamento suavizador da conta corrente,
seguiu-se em boa medida a metodologia utilizada em Huang (2010), que levanta a hipótese da
importância de incluir as variáveis taxa real de juros mundial e termos de troca no modelo
básico de Ghosh (1995). Utilizando o método de Variável Instrumental, não foi possível
estabelecer o grau de mobilidade de capital para o Brasil entre 1970-2007, pois o parâmetro
que capta a relação entre produto líquido e conta corrente mostrou-se estatisticamente não
diferente de zero. Todavia, a inclusão dos termos de troca e da taxa de juros ao modelo,
resultou em melhor ajustamento das estimativas, confirmando a importância dessas para
explicar os movimentos da conta corrente. Os resultados obtidos pelo VAR mostraram que a
série gerada para a conta corrente teórica não se ajusta à observada. Entretanto, os resultados
reafirmam a importância de incluir aquelas variáveis, e conduzem à constatação de excesso de
mobilidade do capital entre 1970-2007. Mas, quando se observa a série teórica em
subperíodos, de 1970-1989, de 1990-2007 e de 1994-2007, verifica-se que, para o modelo
expandido (que inclui as variáveis propostas),o excesso de mobilidade não ocorre após 1994. / The theoretical debate on capital mobility can be divided into two strands in the literature: one
based on measuring the saving-investment correlation following Feldstein and Horioka (1980)
seminal paper; the other one comparing the variance of the theoretical current account derived
from an intertemporal equilibrium model with its actual counterpart, as proposed by Ghosh
(1995). In the present work it is analyzed the Brazilian case from 1970 to 2007 following the
line of Ghosh (1995) who focuses on the analysis of the current account under the hypothesis
of intertemporal equilibrium. In order to find evidence of the degree of international capital
mobility, and of the behavior of smoothing current account, it is followed largely the model
developed in Huang (2010) who investigated the importance of including world real interest
rate and terms of trade in the basic model of Ghosh (1995). Using the method of Instrumental
Variable as proposed in Huang (2010) the degree of capital mobility for Brazil between 1970
and 2007 could not be correctly evaluated because the key parameter that measures the degree
of capital mobility was not statistically different from zero in all models estimated. However,
it is found that the inclusion of terms of trade and interest rate in the estimated models
improve the model fit to the actual current account, confirming the importance of these
variables to explain its movements. Comparing the variances it is found that the generated
theoretical current account does not match the volatility of the observed one leading to the
finding of “excess mobility” as defined in Ghosh (1995) in the whole sample. Nevertheless,
when we divide the theoretical series in three periods, namely, 1970-1989, 1990-2007 and
1994-2007, a different result emerges for the complete model (comprising all the variables
proposed) with the “excess mobility” no longer holding after 1994.
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