Resumo: O presente trabalho tem por objetivo analisar criticamente a relação dialógica que se realiza no processo de convergência entre a ficção de Umberto Eco e Ricardo Piglia e a produção tanto teórica quanto ensaística dos mesmos, cujo resultado é a construção de duas imagens de leitores participativos: o leitormodelo, de Eco, e o leitordetetive, de Piglia. Com este intuito, apóiase o trabalho na leitura intertextual dos romances: O pêndulo de Foucault (1988) e Baudolino (2000) de Umberto Eco, Respiración artificial (1980) e La ciudad ausente (1992) de Ricardo Piglia; e mais seis obras de cunho críticoteórico: Obra aberta (1962), Lector in fabula(1979), Seis passeios pelo bosque da ficção (1994) e Sobre a literatura (2002), de Eco, Formas breves (2000) e Crítica y ficción (2000) de Piglia. Destacase o caráter intratextual desta análise, haja vista o processo de apropriação por parte dos autores de seus textos não ficcionais e sua reconfiguração dentro do espaço da ficção, estabelecendo, dessa forma, uma relação dialógica entre ficção e produção críticoteórica. A abordagem intratextual da qual lança mão este estudo parte dos textos críticoteóricos para que a partir deles se ilumine na análise literária o diálogo intertextual para o qual confluem as poéticas de Eco e Piglia, cujas espinhas dorsais estruturamse sob uma narrativa que se volta sobre si mesma em um imbricado jogo dialético de afirmação e negação da tradição literária. / Resumen: El presente trabajo tiene por objetivo analizar críticamente la relación dialógica que se realiza en el proceso de convergencia entre la ficción de Umberto Eco y Ricardo Piglia y la producción tanto teórico como ensaística de éstos, cuyo resultado es la construcción de dos imágenes de lectores participativos: el lectormodelo, de Eco, y el lectordetective, de Piglia. Con este intuito, se apoya el trabajo en la lectura intercruzada de cuatro novelas: O pêndulo de Foucault (1988) y Baudolino (2000) de Umberto Eco, Respiración artificial (1980) y La ciudad ausente (1992) de Ricardo Piglia, y otras seis obras de carácter críticoteórico: Obra aberta (1962), Lector in fabula (1979), Seis passeios pelo bosque da ficção (1994) e Sobre a literatura (2002), de Eco, Formas breves (2000) y Crítica y ficción (2000) de Piglia. Destaca el carácter intratextual de este análisis, dado el proceso de apropiación por parte de los autores de sus textos no ficcionales y su reconfiguración dentro del espacio de la ficción, estableciendo, de esa forma, una relación dialógica entre ficción y producción críticoteórica. El acercamiento intratextual del cual echa mano este estudio parte de los textos crítico teóricos para que a partir de ellos se ilumine en el análisis literario el diálogo intertextual para el cual confluyen las poéticas de Eco y Piglia, cuyas espinas dorsales se estructuran bajo una narrativa que se vuelca sobre sí misma en un imbricado juego dialéctico de afirmación y negación de la tradición literaria. / Orientador: Heloísa Costa Milton / Coorientador: Antonio Roberto Esteves / Banca: Livia de Freitas Reis / Banca: Graciela Ravetti / Banca: Sílvia Maria Azevedo / Banca: Ana Maria Carlos / Doutor