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Etnozoneamento, etnomapeamento e diagnóstico etnoambiental : representações cartográficas e gestão territorial em terras indígenas no estado do Acre

Correia, Cloude de Souza 02 1900 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia, Programa de Pós-graduação em Antropologia Social, 2007. / Submitted by Luis Felipe Souza (luis_felas@globo.com) on 2008-11-27T16:59:17Z No. of bitstreams: 1 Tese_2007_CloudeCorreia.pdf: 2852023 bytes, checksum: acd83479d88c677112895274a8d9a287 (MD5) / Approved for entry into archive by Georgia Fernandes(georgia@bce.unb.br) on 2009-02-10T18:16:22Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese_2007_CloudeCorreia.pdf: 2852023 bytes, checksum: acd83479d88c677112895274a8d9a287 (MD5) / Made available in DSpace on 2009-02-10T18:16:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese_2007_CloudeCorreia.pdf: 2852023 bytes, checksum: acd83479d88c677112895274a8d9a287 (MD5) / Ao longo de séculos os mapas foram produzidos e utilizados por grupos dominantes como componentes intrínsecos de processos de conquistas territorial e social. Isto fica visível na história da cartografia acreana que produziu diversos mapas para a delimitação das fronteiras internacionais e estaduais. Apenas recentemente, o amplo conhecimento dos povos indígenas que habitavam a região passou a ser contemplado nos mapas, por meio de mapeamentos participativos, como o etnozoneamento da Terra Indígena Mamoadate, o etnomapeamento da Terra Indígena Kampa do Rio Amônia e o diagnóstico etnoambiental da Terra Indígena Nawa. Esses instrumentos de planejamento procuram fornecer subsídios para a gestão territorial em terras indígenas a partir da produção e uso de informações descritivas e mapas temáticos hidrografia, vegetação, caça, pesca, extrativismo, invasão, histórico, ocupação humana, entre outros. A partir da minha implicação nessas três iniciativas e das diversas fontes acessadas e informações produzidas, efetuo neste trabalho uma abordagem antropológica das três experiências suprareferidas - etnozoneamento, etnomapeamento e diagnóstico etnoambiental - com o intuito de compreender o processo de produção e uso de mapas – tidos como instrumentos de saber-poder - para a gestão territorial em terras indígenas. Concluo que os mapas continuam atrelados a formas de dominação, mas agora como componentes da ideologia do desenvolvimento sustentável. Não obstante, nesse contexto, mesmo os mapas compondo tecnologias disciplinares e regulamentadoras, os povos indígenas são alçados a condição de sujeitos da sua produção utilizando-os como mecanismos liberatórios em dadas circunstâncias. _____________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Over the centuries maps have been produced and used by dominant groups as intrinsic components of the processes of territorial and social conquest. This can be seen in the history of cartography in Acre which produced a diverse range of maps to delimit international and state boundaries. Only recently has the wide knowledge of the indigenous people that inhabit the region become incorporated in maps such as the ethno-zoning of the Mamoadate Indigenous Land, the ethno-mapping of the Kampa do Rio Amônia Indigenous Land and the ethno-environmental survey of the Nawa Indigenous Land. These planning tools aim to provide inputs to territorial management in indigenous lands through the production and use of descriptive information and thematic maps - hydrology, vegetation, hunting, fishing, extractivism, invasion, history, human occupation, among others. Based on my involvement in these three initiatives and from the diverse sources consulted and information produced, I have applied an anthropological approach to the three above mentioned experiences – ethno-zoning, ethno-mapping and thnoenvironmental survey – with the intention of understanding the process involved in the production and use of maps – as instruments of knowledge-power – for territorial management in indigenous lands. I conclude that the maps continue to be linked with forms of domination, but now as components of sustainable development ideology. However, in this context, even with maps using disciplinary and regulatory technologies, the indigenous peoples can rise above the status of subjects in their production and use them as liberating mechanisms in some circumstances.

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