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Relatos, memórias e narrativas na construção do imaginário do povo Kaingang: as estampas de Joaquim José de Miranda na conquista dos Campos de Guarapuava / Reports, memories and narratives in the construction of the Kaingang s imaginary: Joaquim José de Miranda s prints about the conquest of the fields of GuarapuavaBandeira, Toni Juliano 02 September 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-09-02 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / ABSTRACT: In this research we analyze the representation of the native tribe Kaingang presented in a series of 39 illustrations produced by Joaquin José de Miranda about the tenth expedition destined to brave the so called sertões of the area of Tibagi in the Paraná State. This expedition was commanded by Alfonso Botelho in the year of 1771. The native tribe of the Kaingang is the third in number os population in Brazil, with 37,470 individuals. (IBGE, 2010). The integrants of this group live in the three States of the South and also in the west part of the Sate of São Paulo. They speak the Kaingang language which is connected to the linguistic Jê family, from the principal root of Macro-jê. In 1771, Botelho established contact with the Kaingang from the fields of Guarapuava and two weeks later the natives ge to organize an ambush in which they killed seven from Botelhos‟s soldiers. So he had no choice but leaving the area. In this sense, we reflect about the ways of the natives‟ resistance in front of the invasion of their territory and in the same way we reflect also about the idea of the demographic emptiness by which the idea of the existence of groups of natives in the territory of the nowadays State of Paraná is just denied and there is just the reproduction of de discourse that this land was uninhabited until the Portuguese-Brazilian or immigrants from others countries could come and cultivate them. Concerning this thematic, the theoretical studies done by Mota (1994) and Ribeiro (2002) are fundamental. Once we face Miranda‟s illustrations a dialogue with the works by Belluzzo and Piccoli (2003), Amoroso (2003) and Sevcenko (2003) is established, as well as Alfonso Botelho‟s very own report about the happenings of the expedition (SAMPAIO E SOUZA, 1956) which is crucial to the understanding of Miranda‟s drawings. Among the fundamental studies about the Kaingang‟s culture, history and language we highlight those done by Ambrosetti (1895), Baldus, (1937), Borba (1908), D‟Angelis (2002), Lima (1842), Mota (2009) and Veiga (2006). By the analisis os the illustrations we can say that Miranda‟s imagetic narrativeis a material of great value to the history of the Kaingang people once through it it is possible to reflect about the chocks between the colonizers and the Kaingang people in the fields of Gaurapuava. These illustrations also show up the inconsistence of the thesis of a geographical emptiness as well as they reveal the resistance movement of the Kaingang against the invasion of their territory. / RESUMO: Nesta pesquisa, analisamos a representação imagética do povo Kaingang no conjunto de trinta e sete estampas produzidas por Joaquim José de Miranda sobre a décima das expedições destinadas a desbravar os chamados sertões do Tibagi, no Estado do Paraná, expedição esta comandada por Afonso Botelho, no ano de 1771. O povo indígena Kaingang é o terceiro em número de população no Brasil, com 37.470 indivíduos. (IBGE, 2010). Seus integrantes vivem nos três estados da região Sul do país e também no oeste de São Paulo, são falantes da língua Kaingang, a qual se filia à família linguística Jê, do tronco Macro-Jê. Em 1771, Botelho entrou em contato com os Kaingang dos Campos de Guarapuava, duas semanas depois os indígenas prepararam uma emboscada e lograram matar sete soldados de Botelho, o qual não teve outra opção a não ser retirar-se da região. Nesse sentido, refletimos sobre as formas de resistência indígena ante a invasão de seu território, bem como sobre a ideia do vazio demográfico , na qual a existência de grupos indígenas no atual estado do Paraná simplesmente é negada, reproduzindo-se o discurso de que essas terras eram desabitadas, até que os luso-brasileiros ou imigrantes de outros países viessem cultivá-las. Em relação a essa temática, são fundamentais como base teórica os estudos de Mota (1994) e Ribeiro (2002). Ao abordarmos as estampas de Miranda, dialogamos com os trabalhos de Belluzzo e Piccoli (2003), Amoroso (2003) e Sevcenko (2003), além do relatório do próprio Afonso Botelho sobre os acontecimentos da expedição (SAMPAIO E SOUZA, 1956), o qual é crucial para a compreensão dos desenhos de Miranda. Dos estudos fundamentais para a cultura, história e língua Kaingang destacamos os de Ambrosetti (1895), Baldus, (1937), Borba (1908), D‟Angelis (2002), Lima (1842), Mota (2009) e Veiga (2006). Por meio da análise das estampas, podemos dizer que a narrativa imagética de Miranda é um material de grande valor para a história do povo Kaingang, por meio do qual é possível refletir sobre o embate entre os colonizadores e os indígenas nos Campos de Guarapuava, notando-se a inconsistência da tese do vazio demográfico , bem como a resistência Kaingang à invasão de seu território.
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Relatos, memórias e narrativas na construção do imaginário do povo Kaingang: as estampas de Joaquim José de Miranda na conquista dos Campos de Guarapuava / Relatos, memórias e narrativas na construção do imaginário do povo Kaingang: as estampas de Joaquim José de Miranda na conquista dos Campos de GuarapuavaBandeirab, Toni Juliano 02 June 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-06-02 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / ABSTRACT: In this research we analyze the representation of the native tribe Kaingang presented in a series of 39 illustrations produced by Joaquin José de Miranda about the tenth expedition destined to brave the so called sertões of the area of Tibagi in the Paraná State. This expedition was commanded by Alfonso Botelho in the year of 1771. The native tribe of the Kaingang is the third in number os population in Brazil, with 37,470 individuals. (IBGE, 2010). The integrants of this group live in the three States of the South and also in the west part of the Sate of São Paulo. They speak the Kaingang language which is connected to the linguistic Jê family, from the principal root of Macro-jê. In 1771, Botelho established contact with the Kaingang from the fields of Guarapuava and two weeks later the natives ge to organize an ambush in which they killed seven from Botelhos‟s soldiers. So he had no choice but leaving the area. In this sense, we reflect about the ways of the natives‟ resistance in front of the invasion of their territory and in the same way we reflect also about the idea of the demographic emptiness by which the idea of the existence of groups of natives in the territory of the nowadays State of Paraná is just denied and there is just the reproduction of de discourse that this land was uninhabited until the Portuguese-Brazilian or immigrants from others countries could come and cultivate them. Concerning this thematic, the theoretical studies done by Mota (1994) and Ribeiro (2002) are fundamental. Once we face Miranda‟s illustrations a dialogue with the works by Belluzzo and Piccoli (2003), Amoroso (2003) and Sevcenko (2003) is established, as well as Alfonso Botelho‟s very own report about the happenings of the expedition (SAMPAIO E SOUZA, 1956) which is crucial to the understanding of Miranda‟s drawings. Among the fundamental studies about the Kaingang‟s culture, history and language we highlight those done by Ambrosetti (1895), Baldus, (1937), Borba (1908), D‟Angelis (2002), Lima (1842), Mota (2009) and Veiga (2006). By the analisis os the illustrations we can say that Miranda‟s imagetic narrativeis a material of great value to the history of the Kaingang people once through it it is possible to reflect about the chocks between the colonizers and the Kaingang people in the fields of Gaurapuava. These illustrations also show up the inconsistence of the thesis of a geographical emptiness as well as they reveal the resistance movement of the Kaingang against the invasion of their territory. / RESUMO: Nesta pesquisa, analisamos a representação imagética do povo Kaingang no conjunto de trinta e sete estampas produzidas por Joaquim José de Miranda sobre a décima das expedições destinadas a desbravar os chamados sertões do Tibagi, no Estado do Paraná, expedição esta comandada por Afonso Botelho, no ano de 1771. O povo indígena Kaingang é o terceiro em número de população no Brasil, com 37.470 indivíduos. (IBGE, 2010). Seus integrantes vivem nos três estados da região Sul do país e também no oeste de São Paulo, são falantes da língua Kaingang, a qual se filia à família linguística Jê, do tronco Macro-Jê. Em 1771, Botelho entrou em contato com os Kaingang dos Campos de Guarapuava, duas semanas depois os indígenas prepararam uma emboscada e lograram matar sete soldados de Botelho, o qual não teve outra opção a não ser retirar-se da região. Nesse sentido, refletimos sobre as formas de resistência indígena ante a invasão de seu território, bem como sobre a ideia do vazio demográfico , na qual a existência de grupos indígenas no atual estado do Paraná simplesmente é negada, reproduzindo-se o discurso de que essas terras eram desabitadas, até que os luso-brasileiros ou imigrantes de outros países viessem cultivá-las. Em relação a essa temática, são fundamentais como base teórica os estudos de Mota (1994) e Ribeiro (2002). Ao abordarmos as estampas de Miranda, dialogamos com os trabalhos de Belluzzo e Piccoli (2003), Amoroso (2003) e Sevcenko (2003), além do relatório do próprio Afonso Botelho sobre os acontecimentos da expedição (SAMPAIO E SOUZA, 1956), o qual é crucial para a compreensão dos desenhos de Miranda. Dos estudos fundamentais para a cultura, história e língua Kaingang destacamos os de Ambrosetti (1895), Baldus, (1937), Borba (1908), D‟Angelis (2002), Lima (1842), Mota (2009) e Veiga (2006). Por meio da análise das estampas, podemos dizer que a narrativa imagética de Miranda é um material de grande valor para a história do povo Kaingang, por meio do qual é possível refletir sobre o embate entre os colonizadores e os indígenas nos Campos de Guarapuava, notando-se a inconsistência da tese do vazio demográfico , bem como a resistência Kaingang à invasão de seu território
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