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Dependência química e juventude: a carreira moral de jovens adictos em instituições de recuperação / Addiction and youth: the moral career of young addicts Institutions Recovery

MONTEIRO, Rita Maria Paiva January 2010 (has links)
MONTEIRO, Rita Maria Paiva. Dependência química e juventude: a carreira moral de jovens adictos em instituições de recuperação. 2010. 130f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Sociologia, Fortaleza (CE), 2010. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2013-10-24T11:43:29Z No. of bitstreams: 1 2010-DIS-RMPMONTEIRO.pdf: 1335986 bytes, checksum: 9b6e07987d88178305e5aa0b990e3429 (MD5) / Approved for entry into archive by Márcia Araújo(marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2013-10-24T12:41:59Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2010-DIS-RMPMONTEIRO.pdf: 1335986 bytes, checksum: 9b6e07987d88178305e5aa0b990e3429 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-10-24T12:41:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2010-DIS-RMPMONTEIRO.pdf: 1335986 bytes, checksum: 9b6e07987d88178305e5aa0b990e3429 (MD5) Previous issue date: 2010 / This dissertation aims at understanding actual intervention and reach of therapeutic practices (medical or religious) involving three private institutions that have establish to themselves the goal of recuperating chemically dependent persons considering as such individuals whose daily activities turn around consumption of one or more drugs rendering them useless by avoiding any other function. Chemically dependent persons who have contributed information to this research are positioned in the age range of 15 to 29 years old, are users of illegal drugs, and all of them are or have been committed to an institution. By exploring their discourses I try to identify possible interference of those practices as they affect those youngsters’ relation with drugs beside the impact caused by the institutional evaluation of their addiction. Others contributors to the research are health-related professionals and members of the clergy who are directly involved with the youngsters. I tried to use the youngsters’ discourse as a methodological tool in relation to their involvement with drugs and subsequent search by them of institutions that help addicts, besides observing and ethnographing the setting in an attempt to weave a “web of meanings” in Clifford Geertz’s perspective aiming at understanding a world that has received a legally scientific stamp and is seen by a construct of a set of social values as a “place” of transformation and recovery. / O presente trabalho de dissertação tem por objetivo compreender a real intervenção e o alcance das práticas terapêuticas (médica ou religiosa) de três instituições fechadas que se propõem a recuperar dependentes químicos, entendendo como tal o indivíduo cujas atividades do cotidiano centram-se no consumo de uma ou mais drogas em detrimento de qualquer outra atividade. Os dependentes químicos informantes dessa pesquisa estão na faixa etária entre 15 e 29 anos, são usuários de drogas ilícitas e, em sua totalidade, estão ou estiveram institucionalizados. Busco, a partir dos seus discursos, alcançar as possíveis interferências daquelas práticas nas suas relações com as drogas, além do impacto do discurso institucional na representação do vício para esses jovens. São também informantes da pesquisa profissionais de saúde e religiosos que lidam diretamente com os jovens. Procurei utilizar como recurso metodológico as narrativas dos jovens a respeito das suas trajetórias com as drogas e com as instituições, além do observar, do etnografar e, assim, tentar tecer uma “teia de significados” na perspectiva de Clifford Geertz, visando entender um universo que é legitimado cientificamente e pelo imaginário social como um “lugar” de transformação e de recuperação.
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Cartografias da cultura e da violência: gangues, galeras e o Movimento Hip Hop / Cartografies of Culture and Violence: Gangs, Grouping and the Hip-Hop Movement

DIÓGENES, Glória Maria dos Santos January 1998 (has links)
DIOGENES, Glória Maria dos Santos. Cartografias da cultura e da violência: gangues, galeras e o movimento hip hop. 1998. 381f. 124 f. Tese (Doutorado em Sociologia) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Ciências Sociais, Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Fortaleza-CE, 1998. / Submitted by Maria Josineide Góis (josineide@ufc.br) on 2012-11-16T14:14:47Z No. of bitstreams: 1 1998_Tese_GMSDiogenes.pdf: 1284627 bytes, checksum: ca939f653771335bc922134a9d4dd78b (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Josineide Góis(josineide@ufc.br) on 2012-11-16T14:18:10Z (GMT) No. of bitstreams: 1 1998_Tese_GMSDiogenes.pdf: 1284627 bytes, checksum: ca939f653771335bc922134a9d4dd78b (MD5) / Made available in DSpace on 2012-11-16T14:18:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 1998_Tese_GMSDiogenes.pdf: 1284627 bytes, checksum: ca939f653771335bc922134a9d4dd78b (MD5) Previous issue date: 1998 / This thesis presents a study on the relationship between culture and violence within the realm of youngsters’ experiences found in poor areas of Fortaleza. It should be noticed that it is not properly an investigation of violence as an occurrence, but as a straight observation of actual dynamics of social practices and social relations. The central challenge of the investigation was to identify the imaginary world of gangs with relation to violence and their cultural background. The first incursions in search of youngsters’ dynamics within the field of violence itself aimed at identifying tracks which would lead to occurrences of meaningful cultural maps within the environment of targeted areas. The major issue of the observation and construction of an object of investigation was the following: What it is considered violence by poor youngsters who have joined gangs and groupings? How do machinations of violence are articulated and especially which meaning do they take? What is the gangs’ aim when they point to violence-dominated area in the city? What cultural references give support to violence and create the gangs experiences question. The methodological path of this study followed and ethnographic script that was mounted from a previous mapping of the field and a planning for connections and meetings with several territories of the city. Those local mediations were almost always arranged by representatives of “possessions” within the organized hip-hop movement. By the end of the research a specific group (The Courtyard Grouping) was selected as ethnographic landscape. In this fashion, while the research developed, so slowly grew the investigation’s major objective. The gang is the breeding grounds for dynamics related to meetings and actions of groups; it does not have an autonomous existence. The gang is an occurrence, a typical spellbinding manifestation; it reveals itself by action, it names itself according to repetition. Many times, the gang is the other’s perception about a set of juvenile practices. It is at the time of manifestation that youngsters attract the eye of the public in order to translate their social inscription and imprint their status as members of a gang. As a conclusion, it is advanced that violence becomes a voiceless dimension within the discourse produced in the interior of the gang itself; its public manifestation ends up gaining a positive evaluation and establishing differences. It is at this time that those residents of banned areas register their existence, make public their social exclusion grouping and challenge society in search of a new vision and research of their condition. / Esta tese trata de um estudo acerca das relações entre cultura e violência no campo das experiências juvenis de bairros de periferia de Fortaleza. Deve-se ressaltar que não se investigou a violência enquanto acontecimento, enquanto observação direta de uma dinâmica concreta de práticas e relações sociais. O eixo central dessa investigação colocou-se no desafio de identificar o imaginário das gangues acerca da violência e suas construções culturais. As primeiras incursões no âmbito de investigação de dinâmicas juvenis no campo específico da violência, se projetaram sob o objetivo de identificar pistas, recorrências capazes de compor, dentro do contexto cultural desses bairros, mapas de significado cultural. A questão central dessa observação e da construção de um objeto de investigação foi a de pensar o seguinte : o que os jovens de periferia, participantes de gangues e galeras consideram violência? Como se articulam as tramas da violência e, fundamentalmente, que significados elas assumem? o que querem expressar as gangues quando encenam um modo territorializado de violência na cidade? Que referentes culturais dão suporte e produzem a experiência das gangues ? A trajetória metodológica desse estudo seguiu um roteiro etnográfico, constituído a partir de mapeamento prévio do campo e das conexões e encontros com gangues e galeras em múltiplos territórios da cidade. Essas mediações locais quase sempre foram efetuadas por representantes de "posses” do movimento hip hop organizado. No final da pesquisa, escolheu-se uma galera específica (Galera da Quadra) como paisagem etnográfica. Desse modo, à medida em que a pesquisa foi se desenvolvendo, lentamente foi também se delineando o escopo da investigação. A gangue institui-se na dinâmica dos encontros e atuações do grupo; ela não possui uma existência autônoma. A gangue é acontecimento, ato tipicamente mágico de manifestação, ela se traduz na ação, ela nomeia-se na repetição. Sendo muitas vezes a gangue o olhar do outro sobre um conjunto de práticas juvenis. É no momento de manifestação que esses jovens mobilizam o olhar do espectador como meio de traduzir sua inscrição social e instituir-se enquanto gangue. É nessa trilha de ação e produção de sentido, na construção da fenomenologia gangue, que torna-se simplificador o registro de um conceito unificador e totalizador da gangue. Concluímos que se a violência torna-se uma dimensão muda, em nível de discurso produzido no interior da própria gangue, sua manifestação pública acaba ganhando uma positividade e instaurando diferenças. É quando os moradores dos bairros proscritos registram sua existência, tornam públicas as suas redes de exclusão social e desafiam novos olhares e pesquisas.

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