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Sensibilização de profissionais do Programa Saúde da Família (PSF) para notificação de violência contra criança e adolescente: um estudo de caso / Awareness of professionals from the Family Health Team (PSF) for reporting child abuse: a case study

Bannwart, Thais Helena 10 March 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T20:30:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 4112.pdf: 3256147 bytes, checksum: ab0051c5eeb3000ae0d1e0238e824f52 (MD5) Previous issue date: 2011-03-10 / Universidade Federal de Minas Gerais / Studies show that when dealing with cases of abuse, health professionals have difficulties in identification and reporting. These difficulties are related to a gap on this topic on their professional training, the reproduction of cultural patterns of noninvolvement in matters concerning the family, the disbelief in the effectiveness of Child Protection Services, negative past experiences and other personal issues. Other studies have indicated the need for training programs for these professionals, pointing suggestions on what such program should contain, as well as its format, scope and professionals levels involved for this type of audience. The goal of this study was to raise awareness among professionals of the Family Health Program (PSF) about child abuse by developing, proposing and evaluating a training course to identify and report child maltreatment. The training was developed based on the guidelines described by the literature. The objectives of the training were that the professionals should be able to: a) identify the phenomenon of violence, b) identify the types of violence against children and adolescents, c) identify the signs and symptoms associated with such violence; d) identify risk and protective factors; e) analyze the myths surrounding the subject; f) analyse appropriate ways to approach victimized children; g) identify the Protective Network in the city; h) identify and analyze factors that promote resilience; i) establish a dialogue between staff and the agencies responsible for children and youth and j) correctly complete the reporting form. The study was approved by the University´s Ethics Committee. The study included two teams of reference from two distinct Family Health Units. Initially only team participed in the intervention group and a the second remained as control. The study took place in a mid size city of the State of São Paulo, Brazil. The training lasted 15 hours, divided into 10 alternative week meeting. At the end of the first intervention, the control group took part of the training, as well. Each team had 11 health professionals. The assessment instruments used were: Questionnaire on Hypothetical Cases, Child Maltreatment Evaluations in Pediatric Primary Care and Questionnaire on Family Violence against Children and Adolescents. After the health teams training a positive changes on the procedures adopted in a situation of suspected or confirmed child maltreatment, were found as well considering incresining to reporting to Protective Services. Moreover, according to participants evaluation, the training made them aware of the care involved in such cases, which went unnoticed before. In conclusion the training of health professionals to identify and report Protective Services cases of child abuse is an efficient way to maximize reporting behavior. It would be important to have Public Polities to improve services to children as a mean to prevent violence, as well as strengthening Child Protection Services. / Estudos mostram que, ao lidarem com casos de maus tratos, os profissionais de saúde enfrentam dificuldades, tanto para identificar, quanto para notificar. Essas dificuldades estão relacionadas à lacuna desse tema na formação profissional, à reprodução de padrões culturais no não envolvimento em assuntos que seriam familiares, à descrença na efetividade dos órgãos competentes, como Conselhos Tutelares, às experiências negativas anteriores e a aspectos pessoais. Outros estudos indicaram a necessidade de programas de capacitação para esses profissionais e apontam algumas sugestões sobre o que um programa deveria conter, assim como sua forma, abrangência e níveis profissionais envolvidos com esse público. O objetivo deste trabalho consistiu em sensibilizar profissionais do Programa Saúde da Família (PSF) para a temática da prevenção da violência contra a criança e o adolescente ao elaborar, propor e avaliar um curso de capacitação para identificar e notificar maus-tratos contra crianças e adolescentes. A capacitação foi desenvolvida com base em diretrizes descritas na literatura. Os objetivos da capacitação foi que, ao final do curso, os profissionais fossem capazes de: a) identificar o fenômeno da violência; b) identificar os tipos de violência contra crianças e adolescentes; c) identificar os sinais e sintomas associados; d) identificar fatores de risco e proteção; e) analisar mitos envolvendo a temática; f) analisar a forma de abordar vítimas de maus-tratos; g) identificar a rede de proteção na cidade; h) identificar e analisar os fatores que promovem resiliência; i) estabelecer diálogo entre a equipe e as entidades responsáveis pela infância e juventude e j) preencher corretamente a ficha de notificação. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da UFSCar. Participaram deste estudo duas equipes de referência de Unidades Saúde da Família distintas, sendo inicialmente uma equipe participante do grupo A e outra do grupo B, em uma cidade do interior de São Paulo. A duração da capacitação foi de 15 horas divididas em 10 encontros quinzenais. Ao final da primeira intervenção, replicou-se a capacitação com o grupo B. As equipes eram compostas de 11 profissionais de saúde cada. Os instrumentos de avaliação utilizados foram: Questionário sobre Casos Hipotéticos, Escala sobre Avaliação de Maus-tratos contra Crianças e Adolescentes na Atenção Básica e Questionário sobre Violência Intrafamiliar contra Crianças e Adolescentes. Após a capacitação das equipes houve uma variação positiva quantos a procedimentos adotados diante de uma situação de suspeita ou confirmação de maus-tratos considerando-se o cumprimento da legislação de comunicar ao Conselho Tutelar casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos. Ademais, segundo avaliação dos participantes, a capacitação sensibilizou-os quanto ao cuidado desses casos que antes passavam despercebidos. Conclui-se que a capacitação de profissionais de saúde para identificar e comunicar à autoridade competente sobre casos de violência contra crianças e adolescentes, pode ser eficiente para o objetivo proposto e, seria de suma importância, aplicá-las como Política Pública para melhorar o atendimento à população e, principalmente, prevenir a violência., bem como fortalecer a rede de proteção à criança e adolescente.

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