Orientador: Prof. Dr. Klaus Frey / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do ABC, Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Gestão do Território, 2014. / The territorial logistics has gained prominence in Latin America in recent decades as a paradigm of territorial management and planning. This gave centrality to different aspects related to policies of reforms to liberalize circulation of goods and money, and investments in regional infrastructure connectivity. Territorial logistics is indebted to a reconstruction of spatial strategies of capital, which came from a novel spatial central paradigm of competitive type. Particularly in Latin America it is expressed in the promotion and proliferation of extractive enclaves, and the consequent establishment of logistics territories systems that provide circulation to these. Extractive logistics territories in Latin America involve processes of expropriation of land by monopoly-finance capital, create and reproduce forms of sociospatial inequality and constitute a policy framework where the state plays a subsidiary role to international capital. The case of Eastern Paraguay, as one of the most publicized logistics territories of South America, is particularly exemplary of the way in which territorial logistics falls within the State, the implications of regional bias in spatial planning and the role played by international organizations (global and regional). / A logística territorial tem ganhado relevância na América Latina nas últimas décadas como paradigma de gestão e planejamento territorial. Assim, os aspectos referidos aos investimentos em infraestrutura de conexão regional e as reformas normativas de liberação da circulação de mercadorias e dinheiro ganham centralidade. A logística territorial tem sua origem na reconstrução das estratégias espaciais do capital, as quais têm como elemento central um novo paradigma: a competitividade territorial. Particularmente na América Latina este paradigma se expressa na promoção e proliferação de enclaves extrativos, e na instauração dos consequentes territórios logísticos que são responsáveis pelos sistemas de circulação que os mesmos requerem. Os territórios logísticos extrativos em América Latina (1) trazem consigo processos de expropriação do território por parte do capital monopolista-financeiro; (2) criam e reproduzem formas sócio-espaciais de desigualdade; e (3) configuram um complexo político onde o Estado cumpre um rol subsidiário do grande capital internacional. O caso do Paraguai Oriental, além de ser um dos mais publicitados territórios logísticos da América do Sul, é particularmente exemplificador da forma na qual a logística territorial se insere no Estado, das implicâncias do sesgo regional no planejamento territorial e no papel das organizações internacionais e das potências globais e regionais.