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Atividade anti-inflamatória, anti-nociceptiva e pro-cicatrizante de uma nova lectina purificada do muco do caramujo Achatina fulica Bowdith 1822 / Anti -inflammatory , anti - nociceptive and pro - healing of a novel lectin purified from snail Achatina fulica mucus Bowdith 1822Bezerra, Maria Júlia Barbosa January 2015 (has links)
Bezerra, Maria Julia Barbosa. Atividade anti-inflamatória, anti-nociceptiva e pro-cicatrizante de uma nova lectina purificada do muco do caramujo Achatina fulica Bowdith 1822. 2015. 131 f. Tese (Doutorado em Bioquímica)-Universidade Federal do Ceará, Fortaleza-CE, 2015. / Submitted by Aline Mendes (alinemendes.ufc@gmail.com) on 2016-08-04T16:37:46Z
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Previous issue date: 2015 / The land snail Achatina fulica Bowditch 1822, also known as African giant snail, is an invasive exotic species that was introduced in Brazil for gastronomic purposes. Although considered a plague by destroying plantations, having no predator and being on the list of the 100 most invasive species in the world, studies have shown that mucus of A. fulica has medicinal purposes and also has bactericidal properties, fungicidal activity and proven healing activity. In animals the mucus has immune protection functions, prevents dehydration and helps in movement and reproduction. Such functions are possible by the presence of various mucus macromolecules, including glycoproteins and lectins. Some works have shown the presence of different lectins in Achatina fulica mucus, but since purification a few biological activities were performed with this protein. In this context the present study describes the purification, characterization and evaluation of biotechnological potential of a lectin present in Achatina fulica mucus. The protein was purified on hydrophobic interaction column PhenilSepharose and strongly agglutinated rabbit erythrocytes treated and untreated enzymatically. The purified lectin was called the AFL and shown to be dependent on calcium ions, and remain active between pH 6 to10 and 8 is the optimal pH and its stable over the temperature range of 30 to 40, gradually losing its activity to the temperature 70 ° C and become inactive. It has been demonstrated that the lectin AFL recognizes sialic acid having strong affinity to N-acetylneuraminic acid and KDN, glycan expressed in greater quantity on tumor cells. In the evaluation of biotechnological potential of this lectin, this work shows that the AFL does not have toxicity in a test against Artemia sp. The purified lectin has anti-nociceptive activity, it inhibited the number of writhes induced by acetic acid, the licking time of paw induced by formalin but was not able to inhibited thermal nociception induced by hot plate. Furthermore, it showed potent anti-inflammatory action by inhibition of edema induced by formalin and peritonitis induced by acetic acid. These activities are associated with the carbohydrate binding site. The lectin AFL also showed potent activity in healing wounds surgically induced in mouse model being the first animal lectin to demonstrate these biological activities, which opens a wide field for research for molecules of biotechnological interest. / O molusco terrestre Achatina fulica Bowditch 1822, também conhecido como caramujo-gigante-africano, é uma espécie exótica invasora que foi introduzida no Brasil para fins gastronômicos. Apesar de ser considerada uma praga por destruir plantações, não possuir predador e estar na lista das 100 espécies mais invasivas do mundo, estudos mostram que o muco da Achatina fulica possui fins medicinais além de possuir propriedades bactericidas, atividade fungicida e comprovada atividade cicatrizante. Nos animais o muco tem funções de proteção imunológica, evita a desidratação e auxilia na locomoção e reprodução. Tais funções são possíveis pela presença de diversas macromoléculas no muco, entre elas glicoproteínas e lectinas. Alguns trabalhos já mostraram a presença de diferentes lectinas no muco de Achatina fulica, mas desde sua purificação poucas atividades biológicas foram realizadas com essa proteína. Neste contexto o presente trabalho descreve a purificação, caracterização e avaliação do potencial biotecnológico de uma lectina presente no muco de Achatina fulica. A proteína foi purificada em coluna de interação hidrofóbica de PhenilSepharose e aglutinou fortemente eritrócitos de coelho tratados e não tratados enzimáticamente. A lectina purificada foi chamada de AFL e mostrou ser dependente do íon cálcio, além de se manter ativa entre os pHs 6 a 10 sendo 8 seu pH ótimo e ser estável entre as temperaturas de 30º a 40º, perdendo gradativamente sua atividade até atingir a temperatura de 70ºC e se tornar inativa. Foi comprovado que a lectina AFL reconhece ácido siálico possuindo afinidade fina ao ácido N-acetilneuramínico e ao KDN, glicano expresso em maior quantidade em células tumorais. Na avaliação do potencial biotecnológico desta lectina, este trabalho mostra que a AFL não possui toxidade em teste contra Artemia sp. A lectina purificada possui atividade anti-nociceptiva, pois inibiu o número de contorções induzidas por ácido acético, o tempo de lambida da pata induzido por formalina, no entanto não inibiu a nocicepção térmica induzida pela placa quente. Além disso, apresentou potente ação anti-inflamatória pela inibição do edema induzido por formalina e peritonite induzida por ácido acético. Estas atividades estão associadas ao sítio de ligação a carboidratos. A lectina AFL apresentou também potente atividade cicatrizante em feridas cutâneas cirurgicamente induzidas em modelo murino sendo a primeira lectina animal a demonstrar essas atividades biológicas, o que abre um vasto campo para a pesquisa de moléculas de interesse biotecnológico.
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