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Criatividade em educação popular: um diálogo com Paulo FreireRosas, Agostinho da Silva 29 August 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-08-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Creativity has been object of interest of researchers in many branches of knowledge. However, it was only since the 1950's, with Jean P. Guilford, that creativity became an important concept related to the human capacity of thinking, deciding and producing. Until that moment, it was associated to imagination, divine myths, madness signs, witchcraft, or even to the particularity of the high intelligence of scholars. Nowadays the new technology, which challenges human capacity of solving problems quickly, is driving the discussion about creativity and creative action to the center of human affairs. In this contribution, creativity was (re)defined as part of the popular education. The start point was to show the existence of a singularity when creativity is related to popular education; and the finish one was to demonstrate that creativity in popular education needs a kind of liberating creativity. To do so, the theoretical diversity of creativity, popular education, the grounds and principles that delimit the mediator instrument of social transformation were discussed. In this context two issues emerged: Creativity with Paulo Freire and Creativity in popular education, extracted from the Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa (ANPEd/GT-06). The first one, because it is part of the ideas that led to the origin of popular education; the second one, because of the scientific representativeness as a forum of discussion about education. The way chosen, as an expression of the dialectic method grounded in Marx perspective, followed a triple movement of theoretical construction, stimulated by the interpretation of Limoeiro Cardoso (1990): a) a real (concrete) way to the abstraction; b) the advance in the abstraction field to new abstractions, without disconsidering the focus on the concrete; c) finally, from these abstractions, it is possible to recover the concrete, which may be called a thought concrete. During the research and the final considerations, it is possible to see that creativity does not delimit the political reason of the educational practice by itself, although it demands human work to create the epistemological, theoretical and philosophical limits, which will give the meaning to the relation of men and women with the world, turning the creative action into a more democratic or authoritarian practice. Therefore, it will be both men s and women s actions that will make the creative action more democratic or oppressive. In popular education, the ethical effort which may show solidarity to the human actions and the freedom of the people, needs the liberating creativity. / Criatividade tem sido objeto de interesse de pesquisadores(as) nas várias áreas de conhecimento. Contudo, foi a partir dos anos 1950, com Jean P. Guilford, que criatividade ganhou relevância condicionada à capacidade humana de pensar, decidir e produzir. Até então esteve associada à imaginação, aos mitos divinos, aos sinais de loucura, às práticas de bruxaria, ou mesmo à particularidade de gênios detentores de alta-inteligência. Atualmente, as novas tecnologias, desafiando a capacidade humana de resolver problemas em alta-velocidade e redes complexas, têm trazido para o centro das relações humanas o debate sobre criatividade e ação criativa. No caso desta pesquisa, criatividade foi (re)significada como constituinte da educação popular. O ponto de partida, mostrar que há uma singularidade quando se pensa criatividade em educação popular. O de chegada, demonstrar que criatividade em educação popular pressupõe criatividade libertadora. Para tanto se percorreu pela diversidade teórica de criatividade e pelas trilhas da educação popular, dos fundamentos e princípios que a delimitam instrumento mediador da transformação social. Neste contexto, dois temas emergiram: Criatividade com Paulo Freire e Criatividade em educação popular, um recorte a partir da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa (ANPEd/GT-06). O primeiro por se tratar de pensamento que deu origem à educação popular, o segundo pela representação científica como fórum privilegiado das discussões atualizadas em educação. O caminho seguido, como expressão do método dialético fundamentado na perspectiva marxiana, seguiu um triplo movimento de construção teórica, estimulado pela interpretação de Limoeiro Cardoso (1990): a) um caminho do real (concreto) para a abstração; b) o avanço no campo da abstração para novas abstrações, sem perder o concreto em análise; c) finalmente, dessas abstrações, recuperando-se o novo concreto, ou, o concreto pensado. No decorrer da pesquisa e em suas considerações finais, pode-se perceber que criatividade não delimitando a razão política da prática educativa por si mesma, exige a força de trabalho humana para criar os limites epistemológicos, teórico-filosóficos que vão atribuir sentidos às relações de homens e mulheres com o mundo, tornando a ação criativa uma prática mais democrática ou mais autoritária. Portanto serão as atitudes de homens, de mulheres que tornarão a ação criativa uma prática mais libertadora ou mais opressora. Em educação popular, o esforço ético que solidariza as práticas humanas à libertação das gentes, pressupõe criatividade libertadora.
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