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De mulher para mulher: a constituição do feminino em Myrna / Nelson RodriguesBezerra, Raquel Nery Lima January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / Este trabalho, de caráter interpretativo, teve como objetivo investigar de que maneira as relações de gênero repercutem na linguagem, entendida como um fenômeno analisável em sua necessária relação com a Sociedade. Para tanto, e tendo como fundamento teórico a Linha Francesa de Análise do Discurso, buscou-se entender a noção de feminino, não somente enquanto categoria gramatical, mas como formadora de sujeitos intersubjetivos, sujeitos do discurso. Objetivou-se, então, verificar sua constituição numa situação específica de interlocução, tomando como corpus um conjunto de textos compilados no livro “Não se pode amar e ser feliz ao mesmo tempo – o consultório sentimental de Nelson Rodrigues”, formado por cartas escritas pelo autor no jornal carioca Diário da Noite, no ano de 1949. Nesse jornal, Nelson Rodrigues, identificado como um interlocutor feminino - Myrna, respondia a leitores, em sua maioria mulheres, que lhe escreviam para consultas sentimentais. Procedeu-se pela seleção de um conjunto de procedimentos de análise, a partir do aparelho formal da enunciação e de certas categorias sintáticas, textuais e discursivas pelas quais se tentou apreender as marcas históricas, sociais e ideológicas que as dissimetrias relativas às relações de gênero materializaram na língua. Ademais, buscou-se compreender sob que condições (materiais e históricas) o célebre dramaturgo instituiu a singular situação de interlocução com mulheres, e como, por conseguinte, esses textos se inscrevem numa determinada formação discursiva cuja referência à mulher é feita com base na relação do feminino com o amor e os sofrimentos que daí adviriam, remetendo a certas imagens e conceitos germinados no chamado amor romântico, cristalizados em várias práticas culturais ao longo do século XIX até meados do século XX. Assim, tomou-se como princípio de trabalho que as marcas estilísticas do escritor, o caráter ficcional ou estético de seus textos não constituiriam um objetivo para a análise, mas as regularidades temáticas, os procedimentos de abordagem do feminino e os mecanismos gramaticais que, na encenação de Nelson Rodrigues atuando como mulher, materializaram o discursivo, isto é, uma certa formação discursiva. Desse modo, o trabalho assume um posicionamento político e identitário na forma de conceber e abordar o fenômeno lingüístico. / Salvador
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