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O papel da silaba e da mora na organização ritmica do japonesDoi, Elza Taeko, 1946- 23 July 2018 (has links)
Orientador: Maria Bernadete Marques Abaurre / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-07-23T01:55:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1997 / Resumo: Este trabalho tem como objetivo definir o papel que a sílaba e a mora exercem no japonês, tendo em vista que nas análises dessa língua, as moras são consideradas unidades de ritmo e componentes da sílaba, mas as sílabas não são definidas em termos de ritmo. No desenvolvimento do trabalho, recorremos ao modelo de Fonologia Prosódico. (Nespor e Vogel. 1986) e à Teoria Métrica de Acento (Hayes, 1995) para a determinação do domínio da palavra fonológica e do pé rítmico, tendo como base a noção de bimoraicidade desenvolvida por Bekku (1977) e Poser (1985, 1990). Os dados que utilizados na análise consistem do português falado por japoneses e do japonês falado por brasileiros. Extraídos da fala de não-nativos, estes dados se caracterizam por sua natureza desviante em relação às realizações esperadas em falantes nativos, fornecendo, assim, elementos de interesse para a análise da sílaba e da mora como unidades rítmicas do japonês. A caracterização do ritmo do japonês baseada na isocronia das moras não define propriamente um ritmo lingüístico porque a isocronia não determina uma organização rítmica resultante de uma marcação regular de um elemento proeminente. O recurso ao pé troqtieu moraieo adotado neste trabalho trouxe uma compreensão da natureza da sílaba como uma unidade do pé que marca o ritmo da língua. No caso do japonês, comumente considerado como língua de ritmo de base rnoraica (mora-limed). com acento de altura, em que se conta apenas a duração das moras para a descrição do ritmo, a marcação da proeminência nas sílabas traz uma nova perspectiva para a organização do ritmo da língua. A sílaba pesada definida como acentuada(cf. Hayes, 1995) passa a ter um papel na prosódia da língua como uma unidade pé bimoraieo, ocupando o mesmo status de um pé formado por duas sílabas; leves, duas moras, independente do acento de altura. Com relação às moras plenas, podemos também dizer que, ao serem desvinculadas do acento de altura e incorporadas na unidade pé, adquirem um papel de portadoras de marcação forte ou fraca, definindo o seu papei como sílabas leves dentro do ritmo da língua. As sílabas são unidades constitutivas do pé e organizadoras das moras / Abstract: Traditional analyses of Japanese consider the mora to he both a unit of rhythm and a component of the syllable, although syllables arc not defined in terms of rhythm. Here [he rale of these two elements is investigated. Using the notion of birnoraieky developed by Bekku (1977) and Poser U 985. 1990), the model of Prosodie Phonology (Nespor and Voget, 1986) and the Metric Theory of Accent (Hayes, 1995) were used to determine she domain of the phonological word and the rhythmic foot. The data utilized in the analysis consist of Portuguese spoken by Japanese individuals and Japanese .spoken by Brazilians, Since they are extracted from the speech of ti on-native speakers, they are characterized by deviations from that which is expected for native speakers, thus furnishing elements of interest for the analysis of the syllabi;; and the mora as rhythmic units in Japanese. The characterization of rhythm of Japanese based on the isochrorry of rnorae does not actually define the linguistic rhythm because they do not determine a rhythm resulting from the regular occurrence of a stressed element. The use of the nioraic trochee foot adopted here shed new light on the nature of the syllable as a unii of rhythmic foot of the language. In the case of Japanese, commonly considered a mora-timed language with pitch accent, in which one counts only the duration of the morae to describe the rhythm, the indication of syllable stress brings a new perspective to the organization of the rhythm of the language. The heavy syllable, defined as stressed (cf, Hayes, 1995V takes over a role in the prosody of the language as a unit of bimoraic foot, occupying the same .status as a foot formed b> two light syllables or two morae, independent of pitch accent. By separating morae from pitch accent and incorporating them in the foot unit, they acquire a role as carrier of strong or weak marking, thus defining their role as light syllables in the rhythm of the language. Morae constitute syllables, which in turn constitute the units of foot of the language / Doutorado / Doutor em Linguística
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