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AI AI AI... SERÁ QUE MEU BOI MORREU? O pensamento abissal presente na dança brasileira e suas implicações a partir de um pedaço de terra denominado Teresina/Piauí.Lira, Andréia Barreto 30 May 2017 (has links)
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DISSERTAÇÃO ANDREIA.pdf: 1699651 bytes, checksum: fdc45836df3a5a615fe90cb0276dee9b (MD5) / Esta pesquisa emerge de inquietações no campo da produção da dança
contemporânea brasileira que implicam reexaminar a epistemologia dominante,
diante de novos olhares ancorados nas experiências emergentes do Sul. Apresentase,
como problema, a visibilidade de algumas produções e discursos que se
configuram hegemonicamente na dança contemporânea produzida no Brasil,
promovendo a invisibilidade de outros saberes e fazeres em dança. Serão
analisadas, como questão crucial, algumas produções de conhecimento e discursos
de dança, a partir das experiências de alguns artistas piauienses que se encontram
inseridos neste contexto, permeado por saberes hegemônicos e que terminam
causando o surgimento de linhas abissais. Vale destacar a importância em identificar
dispositivos que se mantêm como sustentáculos de pensamentos hegemônicos e
que promovem a invisibilidade de conhecimentos que se encontram forjados pela
visibilidade. Também será discutida a importância de conhecer e dar visibilidade à
diversidade de conhecimento de alguns discursos e conhecimentos danças
populares que, sistematicamente, são associados a um contexto exótico e que não
são contemplados, nem nos circuitos da dança contemporânea, nem com
programas específicos. Tal conceito se fundamenta nas ideias de Santos (2007),
que analisa as linhas abissais e que sugere pensar em epistemologias do Sul em
contraponto aos saberes eurocêntricos, com vistas a refletirmos sobre a importância
de investigar as experiências desperdiçadas, construindo novas posturas e modos
de refletir a produção de conhecimento em dança contemporânea. E será diante da
ecologia de saberes e de seus discursos de possibilidades, que transitaremos pelas
epistemologias do Sul na construção argumentativa dessa dissertação. Estarão
conosco também, Agamben (2009), com o conceito de contemporâneo, Bittencourt
(2012), que aborda o acontecimento, auxiliando o nosso diálogo em trânsito e Moura
(2000) que, nesta pesquisa, contribuiu com a construção e a discussão sobre os
modos de pensar dança e sua atuação política e artística no mundo.
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